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Gabriela Farias / Paris, 26 anos 

No banho conversei com Tókio sobre o que eu estava sentindo em relação ao meu término com Rio, finalmente estava entrando na minha cabeça. Ela falou coisas como "conversa com ele" "Não deixa ele escapar" mas também falou coisas como "podemos sair daqui e curtir solteiras gostosonas no Brasil" "curtir uns gatos bombados" Mas o único gato que eu me interesso é Rio. 

Me mandaram vigiar os reféns. Resumo enquanto eu dormia: Mônica e Denver terminaram, Arturo está com menos 1 olho, Palermo agora é refém. As coisas aqui são explosivas. 

Quando cheguei na sala vi Rio apontando a arma para Palermo. 

– Vai dormir. – Rio disse apontando a arma para Palermo

– calma fofo. – Palermo – Não é porque a ''Princesa Paris'' levou um tirozinho que você tem que se estressar. 

Rio engatilhou a arma e enfiou na boca dele.

– se falar qualquer coisa dela de novo, juro que eu mesmo te mato. Agora dorme. Que meu dia não foi bom hoje. 

Dei passos barulhentos para que possam notar minha presença. Rio estava com uma cara péssima por conta de Palermo, mas assim que me viu, seus nervos desabrocharam.

– Oi..Paris..Está melhor? – Ele disse tirando a arma da boca de Palermo e olhando nos meus olhos, ele está sem jeito, parece envergonhado.

– Estou. E você está bem? 

– Cansado. 

– Vai dormir, eu cuido aqui. Boa noite. – dei um beijo lento, porém rápido, na bochecha dele. Ele fechou os olhos sentindo meus lábios em seu rosto e respirou fundo. 

– Boa noite. 

Todos dormiram. 

De manhã cedo, eu e Rio já estávamos em pé e mais uma vez, vigiando os reféns.

O Bonito do Palermo acordou para infernizar nossas vidas. 

– Rio, pode me trazer um cafézinho puro? – Rio apenas o ignorou – Eu que bolei este plano. Está seguro graças a mim. Um pouco de gratidão? 

– Está preso. Por que não descansa e me deixa em paz? – Rio disse sem paciência

– Posso ao menos beber água? – Rio me olhou com um olhar de "você cuida deles?" E eu assenti com a cabeça. Eu e ele, sempre nos comunicamos apenas com o olhar, e sempre nos entendemos. Conexão? Amor de outras vidas?Não sei. Ele saiu e eu fiquei cuidando dos reféns.

2 horas depois...

Fui ao banheiro  do terceiro andar cuidar do tiro que levei. Quando saí, vi Denver olhando Rio e Mônica conversarem. Estavam no primeiro andar conversando. 

– o que será que estão conversando? – Denver perguntou assim que notou minha presença.

– "e aí, gatinha. Se quiser te chamo para a minha ilha. Desde que você não faça muitas festas. Para ser sincero não gosto de barulho." – brinquei e Denver me acompanhou 

– " Se você quiser, vou com o meu melhor bíquini" 

Eu e Denver rimos, mas logo o riso acabou, quando rio e Estocolmo se abraçaram. Eu fiquei com ciúmes e Denver também. Saímos de lá. Voltei para o meu turno de cuidar dos reféns. Vi Palermo conversando com Gandía e mandei pararem a conversa. Quando me virei, Gandía estava em pé, não sei como se soltou. Mas agora eu estou sozinha. 

– Ei parado! Não se mexa! – disse apontando a metralhadora para ele 

e ele parou e levantou as mãos 

– Relaxa, princesa. Sou apenas um segurança. 

– No chão. – mandei e ele não obedeceu – PARA O CHÃO AGORA!

– O que vai fazer? Atirar num homem desarmado? – Engatilhei a arma

– Se precisar, sim. 

– Você vai atirar num pai de família, Paris? Você sabe como é a dor. Não é? – Filho da puta. 

Ele foi subindo a escada devagar 

– QUIETO! 

– Você não tem coragem. 

Não. Não tive coragem para atirar e ele saiu andando. Avisei aos outros o mais rápido que pude. 

Todos ficaram desapontados por eu não ter conseguido atirar. Palermo ficava dizendo que sou traíra.

– Ela era refém, claro que é melhor amarrarmos ela. – Palermo 

– Você estava de conversinha com o Gandía antes dele se soltar. Estava amarrado o traidor aqui é você, seu pedacinho de merda. – Disse irritada

– Paris não é traidora. – Helsinki 

– Vamos pegar o desgraçado. – Tókio.

𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora