Capítulo 1: O Avatar

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Acordo com todo o meu corpo suando e o quarto todo pegando fogo, mesmo que ele queime tudo, não serei atingindo, a verdade é que ninguém será.

   Sento na cama, acalmando o fogo à minha volta junto com os batimentos cardíacos do meu coração, minha respiração está ofegante e, por mais que eu tente me acalmar, as lembranças do pesadelo me atormentam.

   Penso seriamente em saber mais sobre esses sonhos que eu ando tendo, mais quando penso em falar sobre eles, parece que arde um medo em meu peito, fazendo me sentir sufocado.

   Solto um bafo de fogo que espirra para frente, queimando algumas coisas ali, a porta do meu quarto se abre, olho para a frente, meu tio, com sua barriga e altura mediana, entra no quarto. A barba branca se destacava, se juntando com o cabelo de mesmo tom, dessa fez, amarrado no topo da cabeça.

    - Sobrinho! - ele chama. - Você deveria ver uma coisa!

   Olho para frente.

    - Já estou indo! - digo seco e ríspido.

Coloco minha camisa com a couraça por cima, calço as botas, a verdade é que eu não irei a lugar nenhum. Respiro fundo e caminho até minha mesa, observo cada detalhe, inclusive a estante ao lado da mesa, cada um com o seu avatar, todos os avatares.

Me sento e volto a escrever no caderno, com os desenhos que eu mesmo desenhei para representar cada avatar, com suas histórias, táticas e como descobriram ser o avatar, o último, foi da Nação do Fogo, uma nação que agora comando tudo e a todos, e eu sou o Herdeiro disso.

Arrumo alguns detalhes do corpo do último avatar, escrevo mais sobre o que eu sei sobre ele, sobre o seu passado e pensar que, talvez eu seja descendente dele, é um pouco estranho. Anoto as últimas palavras, é estranho você saber mais sobre os avatares do que os próprios avatares, saber suas histórias e descobrir que agora, o novo avatar está na Nação do Ar, devido a isso, meu avô destruiu todos, com tanto, a boatos que um dobrador do ar sobreviveu, achá-lo é a parte fácil, difícil é voltar para casa.

Pensar nisso é como pensar no dia que tudo aconteceu, mais meu pai me designou isso, com o intuito que eu volte para casa, tenho que fazer isso, para o meu trono.

O navio treme, paro de desenhar e olho para a estante, os olhos das estátuas dos outros avatares brilham um por vez, começando pelo último e indo até o primeiro avatar, solto o lápis e me levanto, abro a porta do quarto e corro para fora, passando por alguns soldados que se afastavam para que eu pudesse passar.

Corro pelo corredor, esbarro em outros soldados, saio e corro até a beirada do barco, paro e recupero o ar olhando para o enorme luz que ia até o céu, meu coração acelera, surgi um sorriso rápido nos lábios, olhos para a luz, onde me guia agora a onde eu tenho que ir. A luz fica no céu por alguns segundos.

- Finalmente! - digo a mim mesmo.

A luz desce lentamente, acompanho a luz e ela some por completo, olho para trás, viro meu corpo e ando até a sala de mapas, entro, meu tio não está ali, pego o primeiro mapa que vejo e analiso, procuro onde estamos e logo acho, o nome do possível e único vilarejo do lugar surge.

O general está parado a porta, com o corpo ereto, sem olhar para ele, aponto para o nome do vilarejo.

- Vamos para cá! - digo, ergo o olhar.

Ele me olha, confirma e sai, saio logo dele, desço para o corredor dos quartos, meu tio surge na minha frente, paro de andar.

- Você viu, não foi? - me questiona, com os braços na frente do corpo.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora