Capítulo 12 ~ Miyuke

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- Omashu foi construída em uma montanha. - Aang explica para Katara e Sokka. - É uma das maravilhas do Reino da Terra, do mundo, na verdade. - ele continua.

- Não é verdade! - os três me olham. - Sabe que o meu reino era a melhor, o lugar mais lindo que qualquer um já viu.

- Verdade! - Aang concorda, logo em seguida.

Reviro os olhos. Estamos andando lado a lado, Aang era o menor de nós três, ele usava as mesmas roupas da Nação do Ar, o mesmo era dito de Sokka e Katara, com as roupas da Nação do Fogo.

- E tem um sistema de entregas incrível que passa por toda a cidade. - ele continua falando de Omashu.

Olho sobre o ombro, por entre as pessoas, olhando para ver se não tinha ninguém da nação do fogo nos seguindo, volto a olhar para frente quando vejo que não há ninguém nos seguindo.

Penso no Príncipe Herdeiro, em Zuko, ele luta bem, melhor do que qualquer guerreiro da nação dele, e a forma em como segurou meu pulso, mesmo depois de ter gritado, a verdade é que entrei em choque, pois as memórias daquele dia me vieram a mente quando ele começou a esquentar o meu pulso, não queria mostrar o meu ponto fraco, mais com o medo me invadindo e a sensação da minha pele ser queimada novamente, me fez gritar, e Zuko, bem, ele me olhou como se tivesse interesse em mim, olhou como se não entendesse o que estava acontecendo e ele não poderia saber, ninguém sabia, na verdade.

Pisco, mesmo assim, meus pensamentos me levam novamente ao Príncipe, assim que Kyoshi apareceu, ambos nos assustamos, mais ele foi idiota em querer atacar ela, assim, acabamos nos machucando e desmaiando, acordei alguns minutos depois, com ele ainda segurando o meu pulso, me soltei dele e me levantei, poderia ter congelado ele, já que ele estava na defensiva, mais não pude, meu pai me ensinou em nunca atacar outra pessoa pelas costas, mesmo que essa pessoa seja o seu maior inimigo.

Se Aang continuou explicando para os irmãos sobre Omashu, não prestei atenção, mas minha mente voltou à realidade quando ele segurou meu pulso e me fez parar de frente para a entrada, que antes era aberta e livre para qualquer um passar, agora estava fechada e com guardas em todo o lugar.

- De novo? O que falei da última vez? - um dos guardas falava de um jeito autoritário com uma senhora de idade.

Pisco várias vezes, tentando lembrar em que momento eu cheguei ali, mas minha mente estava focada em outra coisa.

Os três olham para o guarda assim como eu, percebo que eu não sou a única que estava achando aquilo estranho, Aang me olha, olhando para cima, olho para ele, ambos com o mesmo olhar de confusão.

- Não era assim que eu me lembrava. - cochicho para ele, ele concorda com a cabeça.

O guarda lança o carrinho do filho da senhora para longe, usando o poder de Terra, dou alguns passos para frente, mais Aang me segura, olho para ele sobre o ombro e ele nega com a cabeça, volto a olhar para a família mais a frente, a senhora com um olhar triste e o filho, com um olhar de raiva.

- A Nação da Terra não é assim. - comento.

- Não gostam muito de gente de fora em Omashu. - um rapaz, um pouco mais velho que eu, surge em uma carroça ao lado da Katara, todos nos olhamos para ele.

Seu olhar vaga por cada um, mas é em mim que ele para e encara por bastante tempo.

- Por que você acha que somos de fora? - Aang questiona a ele.

Ele volta sua atenção para Aang que o encara como se aquela pergunta fosse obvia demais. O sorriso que Aang transmitia sumiu quando ele, Katara e Sokka olham a roupa que estão usando, Aang concorda com a cabeça, como se concordasse com alguns de seus pensamentos.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora