Capítulo 20: Uma Ajuda Inesperada.

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   A única pessoa que poderia me levar até o Avatar, deixei que fosse embora.

Quando a vi indo embora, não fiquei com raiva por ter que caçar o Avatar novamente, no entanto, não entendi o que estava sentindo quando ela saiu de perto.

- Novidades? - me aproximo, questionando o trio de soldados que estava de frente a um tambor.

O Tenente ficou ereto, assim como os outros dois guardas ao seu lado.

- Não, senhor. - ele respondeu desmotivado.

- Nada? - pergunto novamente.

Quando as coisas saiam do meu controle, eu ficava com raiva, ou quando soldados incompetentes não fazem o trabalho deles.

- Como é possível um bisão voador se esconder? - questiono, olhando para o horizonte, com meu tom de voz saindo com ironia, volto a encarar os três. - Não recebemos denúncias incomuns?

- Nada. - volta a responder. - Exceto... - ele faz uma pausa.

- Exceto o quê? - minha raiva estava começando a ficar visível.

Ele olhou de relance para o meu tio, olhou para seus companheiros.

- Um dos comerciantes disse que viu umas crianças brincando com gelo perto da Passagem de Senlin. - ele volta a me olhar. - Mas deve ter sido engano.

Pensei em Miyuke, e em seu poder. Se crianças estavam brincando de gelo, provavelmente eles pararam para descansar nesse lugar.

Meus lábios estavam entreabertos, olhava para ele como se aquilo que ele estava me dizendo era realmente algo que eu não deveria ser notificado.

- Quer dizer que viram gelo num lugar que não deveria ter gelo? - pergunto, mordendo os lábios.

Ele me olha como se entendesse o que eu estava querendo dizer.

- Muitos diriam que isso é incomum. Concorda, Tenente Jee? - questiono novamente, ele pisca rapidamente várias vezes. - A não ser que sejam idiotas. - completo.

Ele me olha, mostrando o olhar de raiva, conhecia aquele olhar, muitos olhavam assim para mim, sempre que eu abria a boca.

- Vou mandar soldados pra investigar. - ele diz.

Nego com a cabeça, ainda o olhando.

- Não, eu vou pessoalmente. - faço uma pausa. - Como sempre.

Ignoro o seu olhar, assim como o olhar de todos ali. Sempre ignorei e sempre vou ignorar, era assim que eu passava sem prestar atenção no que pensavam de mim.

Dou as costas, travando a mandíbula enquanto ia em direção ao meu quarto, piscando, tentando não pensar no quanto eles eram idiotas e,ou burros o suficiente para não fazer o que era necessário.

**********************************

Caminho com o meu tio ao meu lado.

O lugar era completo de lama e decadência, se havia vestígio de Miyuke naquele lugar, eles deveriam estar desesperados demais para parar ali e descansar.

- Não fala do Avatar. - me aproximo do meu tio para que ele me esculte. - Eu não quero que isso se espalhe. - peço.

Depois da infusão de ervas que meu tio tomou e do cuidado que tomou, ele ficou melhor rapidamente, as feridas ainda não estavam fechadas, mas estavam melhores a cada dia.

O vermelho do sangue de Miyuke me veio a mente, com ele, sua ferida no braço, o jeito que ela fazia força mesmo não podendo, ou como ela me ajudou em achar meu tio a e libertá-lo. Mais aquilo havia um preço, se os amigos dela descobrissem que ela me ajudou, provavelmente perderiam a confiança nela, aquilo poderia acabar causando uma dor nela, já que ela passou a maior parte da vida com o Avatar, por mim, eles nunca vão descobrir, isso, a partir daquele dia, dependeria dela.

A PROTETORA DO AVATAR - [ZUKO]Onde histórias criam vida. Descubra agora