Renascer dos Mortos PESADELO

Um por um

O que é sorrir? Essa semana está tensa, totalmente. O clima ficou horrível, estamos mal. Maycon esfriou a cabeça e vai passar essa quinta-feira toda fora. Eu já disse que tudo está mal? Porque não consigo descrever o quão ruim estamos, tudo foi por água abaixo.

"Quarta-feira, Diego e Luan, filhos de Mimi, saíram em busca de suprimentos. Eles foram até um extremo da cidade Luís Alves, vizinha de Massaranduba. Carregando os galões de gasolina, eles descansam em um banco, no bairro de onde estavam. Conversam um pouco, até que ouvem algo, o barulho aumenta conforme os segundos passam. Eles olham, e veem inúmeros e incontáveis Zumbis vindo até eles, na tentativa de ir até o carro, eles são cercados por andarilhos vindo de outra direção. Com dificuldades de chegar e entrar no carro, eles matam os Zumbis que estavam atrapalhando eles, quando Luan mata o último que estava à sua frente, a horda chega e o consome, os mortos o devoram completamente em segundos.

Sangrando e agonizando, ele olha, todo vermelho, seja pelo sangue ou pela dor, para Diego, que entra no carro chocado com a cena do seu irmão, ele acaba sendo mordido no pulso, na região onde há muitas veias, vasos sanguíneos e artérias. Ele some em segundos dali, e todos os Zumbis que estavam ali, vão até Luan para comê-lo, e o restante anda em círculos. Encima do telhado, observando toda a cena agoniante, Túlio e Jeremias esperam o momento para continuaram à levar a horda até o local planejado.

TÚLIO- Sorte que usamos máscaras, não é?

JEREMIAS- É, e nos maquiamos com o cheiro...

TÚLIO- Estamos quase lá, até estamos em nossa cidade natal.

JEREMIAS- Quando chegarmos lá, vou arrebentar com aquele moleque. *Zumbis percebem*

TÚLIO- *se esconde* Cala a boca, idiota! Quer virar osso puro, que nem aquele otário?

JEREMIAS- Foi mal... Mas eu vou arregaçar aquele garoto.

Voltando fraco e quente para casa, já quase ao entardecer, Diego tenta se manter acordado até chegar em sua moradia, mas ele quase desmaia quatro vezes durante o caminho. Ele chega em casa suando e caindo no chão, seus pais ficam preocupados e assustados, principalmente quando veem o braço mordido, cheio de sangue.

Eles o põem rapidamente na cama, levam panos e água, e decidem cortar o braço dele, enquanto estava meio desmaiado, eles começam a cortar com um facão, mesmo fraco e praticamente desmaiado, ele sofre e sente bastante a dor. Diego não falou sequer uma palavra, mas era óbvio que Luan havia morrido para Mimi e Cláudia, eles rezam e observam Diego, eles não estão com muita esperança que ele sobreviva. O observando a noite toda, eles trancam o quarto dele e vão dormir, apenas aguardando o próximo dia."

Faço o papel de Eloisa, ando pela mesmo rota da ronda que ela fazia, desconfio de cada canto, e analiso todo o perímetro da morte dela, estamos ficando malucos.

PHILIP- *vejo os rastros de sangue* Ei, cara! Não podemos fazer nada. *olho para o rio* Ela já foi.

MARTIN- Não faz sentido. COMO? *encaro o sangue seco*

WILL- Aí... vamos descansar um pouco, isso só vai te remoer. *agarro ele*

MARTIN- ONDE VOCÊS ESTAVAM?!? *Philip me puxa* Como alguém igual a Elo pode morrer assim? E CADÊ O ZUMBI QUE A PEGOU?!?

WILL- EU TAMBÉM QUERIA SABER! Tá tudo uma merda.

PHILIP- Vamos na cachoeira. Precisamos de paz.

Fomos em um caminho calado e úmido, subimos o leito do rio pelas pedras e o córrego, até que subimos até a cachoeira por uma grande raiz de uma árvore. É lindo aqui, a vista é maravilhosa. E um baita lugar para um suicídio.

WILL- Alto aqui, não é?

PHILIP- É morte na certa... *silêncio, apenas o som da água*

WILL- O que vai ser daqui pra frente? Está tudo desandando.

MARTIN- Vamos continuar, prosseguir... não podemos abaixar a cabeça agora.

WILL- Percebeu como tudo tá estranho? Tudo dando errado.

PHILIP- As plantações morrendo, só tá sobrando as palmeiras e a banana. Mas é uma infestação?

MARTIN- Um pouco do frio, insetos... não são apenas os mortos que destroem.

WILL- Tudo continua do mesmo jeito. As pessoas podem morrer devoradas, ou até de câncer... Que bela ironia. *molha as mãos*

PHILIP- A comida não vai durar muito desse jeito, os enlatados estão acabando, aqui e e em outros lugares, temos negócios com o grupo do Thomas.

WILL- Cada um por si, então.

MARTIN- Não! O acordo com eles continua, vamos aguentar... vamos sobreviver!

"Trancado dentro do quarto a madrugada inteira, eles decidem ver como Diego está. Antes de entrarem, silêncio, eles imaginam que ele está parado ou deitado.

Devagar e com a faca em mãos, eles entram silenciosamente no quarto. Diego está deitado, molhado e fervendo na cama, ainda respirando. Eles sentam na cama, e tentam acordá-lo, ele pula para trás, pois estava sonhando com sangue e mordidas. Eles o acalmam, ele todo dolorido e fraco, se tranquiliza. Sem saberem nada sobre o que aconteceu no dia anterior, eles tentam conversar com Diego, mas ele está com grande dificuldade em se comunicar.

CLÁUDIA- Filho! *pranteia* O que aconteceu com seu irmão?

DIEGO- *tosse* E... ele fo...Foi mordi... *tenta respirar* Mordido e... *tosse sangue* estripado!

MIMI- *põe as mãos no próprio rosto* E você?

DIEGO- Eu... fui mordido, enquanto eu... fug... fugia! *abre e fecha os olhos*

MIMI- Ei, cara! *Diego fecha os olhos e não abre* Fica acordado, fica com a gente!

DIEGO- *Mimi o balança* Mortos! *abre os olhos* Muitos... Centenas! Sangue... morte. *crise*

CLÁUDIA- O que, filho?

DIEGO- Estão vindo! *sangue sai pela sua boca* Pegue as coisas... no armazenamento... Fuja!

CLÁUDIA- A temperatura... dobrou! *boquiaberta*

DIEGO- Sangue e morte. Acorda! Mordid... *paralisado*

MIMI- Filho! *balança ele* DIEGO! *sente a pulsação* Não! *se desespera e ouve o coração* NÃO.

CLÁUDIA- Não! *chora* NÃO! *surta*

MIMI- *enfinca a faca* Filho! *chora no peito dele*

Após surtos e lágrimas, eles pegam o corpo de Diego, e levam até o local onde irão enterrá-lo. Os dois cavam juntos o buraco, Cláudia traz lençóis e outras coisas para tampa-lo. Eles o colocam dentro do buraco, e tampam com barro, rezam e choram, e vão para dentro de casa."