Apenas os dois

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"Massaranduba, Santa Catarina, Brasil. Cinco de Março, o globo inteiro ainda se recupera do mal-estar repentino, já havia alguns casos de ataques furiosos, mas neste dia, aproximadamente pelas quatro e meia da tarde, um surto catastrófico aconteceu, começando pelo hospital e se espalhando por tudo. Pessoas voltando à vida, por todo o lugar, os noticiários falam disso em todos os estados. Os loucos agressivos se espalharam por tudo. Lavínia, filha do Policial Marrone, se prendeu em casa durante o surto, seu Pai falou para esperar, mas ele nunca voltou. Pela noite, andou pelas sombras, e em silêncio, se refugiou em um lugar mais seguro. Sendo perseguida por doidos pela manhã, ela atravessa calçadas e edifícios, tentando fugir deles, enquanto civis inocentes eram pegos.

Em um pátio particular, ela ouve um grande berro vindo por uma janela quebrada. Dentro dessa janela, estavam os Pais de Martin e Maycon, onde Ernani, havia acabado de enfincar a faca em sua mulher e a matado, era a única opção que tinha. Após o berro, ele tenta fazer o mesmo em si mesmo, mas torna sua morte dolorosa, cortando sua cabeça, mas não atingindo seu cérebro. Vendo que o berro estava deixando-a cercada, ela pulou o muro, andou pelo mato, e viu pelo morro, a cidade sendo tomada, pessoas correndo, fugindo e sofrendo fatalidades.

Presente, Massaranduba. Lavínia e Rhael estão comendo lagarto assado.

RHAEL- A gente está em um trevo. Continuar pela Rodovia principal, ou ir por essa outra?

LAVÍNIA- Para lá fica sua casa? *fala do outro caminho*

RHAEL- Tudo está morto, não há nada, e nem ninguém me esperando.

LAVÍNIA- Pense positivo, você só achou dois, dos cinco amigos. Eles ainda podem estar por aí.

RHAEL- E estarão lá? Sem chance. Quando pararmos de ir atrás daquele carro, eu talvez vá para lá. E outra, depois de tudo... *ri* Acha que eles estarão vivos? Todos se foram, guria. *come*

Joinville, Rodovia SC-280, Doze de Março, cinco horas da tarde. A família de Rhael está presa no trânsito, diante do caos, esperando a liberação para ir até o Centro de Refugiados, pela janela, ele vê seu amigo Giulio, e decide conversar com ele, os dois conversam, até que cada um sai do carro, já que o tráfego está parado faz minutos. Tudo estava bem, quando gritos vieram da frente deles, logo após de trás, em questão de instantes, maníacos vieram até eles, junto, tiros dos policiais, onde atingiram a família de cada um, diante a correria, Giulio é mordido, mas foge junto com Rhael, que viu seus pais e irmão pequeno, serem mortos e devorados. Enquanto eles corriam, um policial é tomado por doidos, e deixa sua arma cair, Lavínia a pega, e vê Rhael e Giulio fugindo, mas para um lado onde seriam tomados, ela chama a atenção deles, e eles vem até ela. Eles se esconderam nas pedras, no matagal, na beira da estrada.

RHAEL- Merda! *da um soco na pedra e chora*

GIULIO- Eu não sei quem é você, mas... obrigada. Tudo foi tão rápido...

LAVÍNIA- Desde o começo, é horrível viver esses últimos dias.

RHAEL- *chora* Que merda, o que está acontecendo?!?

GIULIO- O que falávamos, Apocalipse, uma nova vida, está começando...

RHAEL- Está acabando! Minha família, o Centro de Refugiados, o Mundo... Precisamos sair daqui, vamos morrer nessa loucura. QUE MERDA.

Renascer dos Mortos PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora