Juntos novamente

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“Pensando sobre a situação de Martin, Thomas decide fazer contato com Mimi.
LUAN- Alô! Quem?
THOMAS- Sou Thomas, do grupo do ponto, estou com o Rádio de Martin. Eu quero falar com o Mimi.
LUAN- Ah.. Ok! Irei chamá-lo. *silêncio*
MIMI- Oi, Thomas?
THOMAS- Sim! Martin pediu para eu falar com você.
MIMI- Ele está aí? É sobre o que?
THOMAS- Ele foi se sacrificar por nós, dar um fim nela.
MIMI- O que?!? Sozinho? *nervoso*
THOMAS- Sim... Espero poder vê-lo de novo.
MIMI- Não precisava ser assim... É só isso?
THOMAS- Não... Ele falou com muita convicção que podemos voltar para escola.
MIMI- Espero mesmo que ele esteja bem e certo."
Fujo dali, devo voltar para casa? Espero que Helena esteja tendo morte dolorosa e lenta. Estou com a cabeça cheia, à caminho, adentro a rua até a casa do Will. Alguns carros trancam a rua, alguns mortos vagam por ali, vejo alguns parentes dele dentro dos muros.
A família do Will que me perdoe, comecei a explorar a casa dele, e o sangue do meu braço acabou pingando pelo piso. Não há nada ali, além de uma casa abandonada e suja, ela é extensa, atravessei ela para passar pelos mortos no caminho.
MARTIN- *entro na área de festa* O Chevette da mãe dele... Está aberto, o portão também. *alguém me ataca por trás* Merda! *caímos no chão* Mas que...
É a Mãe do Will, porém morta. Ela se jogou em mim, caímos, e o sangue do meu braço pingou no chão do pátio, ela me ignorou, e começou a lamber o sangue.
MARTIN- O que...? *tonturas* Eu preciso tratar isso...
Alguns parentes começam a ir até mim, eu saio dali até a chácara, sangrando e já sem a luz do sol, está escurecendo, estou em perigo. E o sangue escorre...
Estou perdendo sangue, paro em um valo, a água não parece ser limpa, mas eu lavo meu braço, rasgo uma manga da camisa e amarro no ferimento, preciso estancar para não perder mais sangue, enquanto caminho pelo escuro caminho.
Me vem na lembrança nossos momentos de criança, vinhamos aqui em todos os aniversários do Will. Estou com medo, tem barulhos estranhos vindo do matagal, está escuro, estou fraco, um simples Zumbi aparece e eu me apavoro, acelero o passo, até que finalmente chego aos pés de amora e a chácara, o totem de macumba está todo quebrado.
- *gritos* PARA TRÁS! *tiros* VOLTEM!
MARTIN- Mas o que?!? *corro até o galpão* Tem gente aqui. *Zumbis os cercam* Fiquem atrás! *atiro*
BRENO-*se prende em algumas cordas* Não! *um Zumbi o ataca, e os dois caem na grota*
WILL- IRMÃO! *atiro* NÃO!
PHILIP- Fica aqui, Bryam! *enfinca a faca em um* Me ajuda aqui! *Will mata outro* Tá quase...
MARTIN- *atiro no último* Parados! *Philip pega o Bryam no colo* Fiquem tranquilos.
WILL- *chorando* Não queremos problema...
MARTIN- Will? *nos olhamos* Philip? *sorrio* Ah, sem chance! *nos abraçamos* Vocês voltaram!
PHILIP- Você conseguiu também?!? *sorri*
WILL- Bom te ver... *cabisbaixo* Precisamos sair daqui.
MARTIN- Sinto muito... *andamos* Tem alguns parentes seus espalhados, está escuro e perigoso.
WILL- Fica no meio, Philip, já que tá com o Bryam no colo. *voltamos* Por que veio aqui? *gritos de Breno*
MARTIN- É... eu terminei um serviço, e eu precisava esvaziar a cabeça aqui, ela estava explodindo. *Zumbis* Ah, ótimo! Além de me seguirem, os tiros os atraíram.
WILL- É melhor pegar a arrozeira, é suicídio ir no escuro nesse caminho. *entramos na arrozeira*
MARTIN- Sabe que tem parentes seus, não é?
WILL- Todos estão aqui. *afundamos nossos pés* Todos morreram aqui. *os mortos nos seguem e atolam*
PHILIP- Maldita época úmida... *andamos devagar*
Foi uma luta passar pelos arrozais cheios de lamas, afundamos, perdemos o par do tênis, mas enfim chegamos todos acabados e sujos no asfalto.
PHILIP- *olha para trás* Dá pra descansar... eles vão demorar. *nos sentamos* Tá com fome, Bryam?
MARTIN- *ele chora* É melhor fazer ele parar. *Philip o acalma* Eu não tô entendendo.
WILL- Eu também não. Que baita ironia, quando voltamos, todos estão mortos, você aparece justamente lá e meu irmão morre. É difícil entender essa sátira.
MARTIN- Sinto muito, mas... *confuso* Nos separamos em Curitiba, capital de outro estado.
PHILIP- Foi uma longa jornada, é surreal mesmo.
MARTIN- Como voltaram? Conseguiram e ainda... com seus irmãos? Como foi? *eles se olham*
"Cinco de março, Shopping em Curitiba.
WILL- NÃO DEIXA A GENTE AQUI. *Martin e Rhael partem* NÃO! *os seguranças empurram eles* Seus idiotas! *um bando de loucos vem até eles* Merda, corre!
PHILIP- Pra onde? Tudo tá uma loucura. *os loucos consomem o térreo* A gente tá morto aqui, Will! Entendeu? *correm* MORTOS.
WILL- Fica quieto. *muitas pessoas correm* Como a gente vai saber quem vai nos matar no meio dessa gente toda?!? *pisoteio e esmagamento* Senhor...
PHILIP- *se escondem em uma lanchonete* A gente precisa achar o estacionamento, é a única saída.
WILL- Tá louco?!? É onde todos vão ir, deve estar lotados de carros e vai ter um multidão.
PHILIP- ME DIZ UMA IDEIA MELHOR. *passos* Tem alguém aqui. *grunhidos* Puta m... *sussurra*
WILL- *pega um cutelo e uma faca de cortar pão* A gente tem que se proteger desses maníacos.
PHILIP- O que? Fazer o mesmo que eles?
WILL- Ou eles ou a gente! *um louco ataca* Segura ele! *Philip o empurra* Filho... *ataca com o cutelo no pescoço, mas ele continua vivo* Que? *tira o cutelo* Segura! *sangue escorre das artérias*
PHILIP- *segurando* Mas que merda. *eles se sujam sangue* Ah, cara... *o louco se solta* Caralho! *o fura com a faca de cortar pão* Apagou? *ele cai com a faca na mandíbula*
WILL- *trémulo* Ok... *se olham* O que tá acontencendo?
PHILIP- Uma epidemia de doidos, mortes, sangue... pessoas correndo e gritando. *lacrimeja* Como vamos voltar para casa? Eles já foram?
WILL- É tarde para pensar nisso. Tem uma multidão aqui dentro e lá fora. *sentam no sangue* Entrada principal, estacionamento... todos cheios, a saída de emergência deve ser o corredor da morte. *gritaria e correria* A área de serviço! Mas precisamos achar...
Eles continuam ali, calados e escondidos. A gritaria e correria acabou, o pátio está totalmente bagunçado, com corpos e sangue. Algumas pessoas estão comendo outras, alguns vagam por ali, está cheio.
PHILIP- Que nojo. *náusea* Canibais? *enojados*
WILL- Tem cara de Zumbis, vamos. *andam pelos cantos* Tranquilo... *medo* Sem chamar a atenção.
PHILIP- *sussuram* Eles estão ocupados comendo pessoas. *andam devagar* É longe essa merda?
WILL- *suando* Eu nem sei onde é. *grunhidos* Que horrível isso... *alguns os seguem lentamente* Não olha pra trás! Só anda. *chegam na entrada do estacionamento* P... merda, tá lotado! Que cheiro forte... *tampam o nariz* Philip, olha no chão na esquerda.
PHILIP- Um dos seguranças, seu desgraçado! *ele abre os olhos* Merda, droga... *ele grunhe alto chegando a gritar* Fu... *chama atenção dos loucos* Já era, CORRE!
WILL- *correm* Onde agora? Po... *loucos os seguem*
PHILIP- ALI! *lê* Somente funcionários. *entram* Fecha! Eles conseguem arrombar? *batem na porta*
WILL- E agora? *andam pelos corredores* Dispensa, cozinha... banheiro. *procuram a saída* Lavanderia.
SEGURANÇA- Parados, seus maníacos! *aponta a arma*
WILL- O outro segurança... *mãos levantadas*
SEGURANÇA- O que? Vocês falam?
PHILIP- Somos normais, babaca! *ele abaixa a arma*
WILL- CUZ... *corta o pescoço dele com o cutelo* Seu merda! *ele se ajoelha com o sangue jorando*
PHILIP- Will... *se olham* Vamos. *saem* Beleza... tem alguns vagando nas ruas, mas o caminho até o portão tá livre. *andam* Aquilo foi seu ódio acumulado?
WILL- Aquele filho da... cagou tudo. *na rua* Para onde agora? Não conhecemos nada daqui. *helicópteros sobrevoam* A mídia e as forças estão chegando. *olha para o shopping* Tem uma escada nessa parte traseira, quer subir até o telhado para ter uma ideia?
Eles voltam para os arredores do shopping, sobem pela escada lateral, e andam pelos extremos do telhado, e dão as caras para a entrada e a praça principal.
PHILIP- Meu caral... *espantado* Parece cena de filme! *chocados* Tá lotado de... pessoas? *o trevo inteiro e a entrada do shopping está com pessoas* Bom... pra aquele lado é a rodovia. *olham* Se seguirmos o sol e irmos para o sul, podemos ir para casa. *cansados*
WILL- O foda vai ser chegar até lá... *olham a multidão* Que merda aconteceu... *a polícia chega, mas logo é consumida* Nem o exército vai dar conta..."
MARTIN- *suspiro* Deve ter sido horrível essas horas até conseguirem... Caraca. *deitamos*
WILL- Por mim eu dormiria aqui mesmo.
MARTIN- Tenho uma ideia melhor, vamos para casa, a minha. *surpresos* Estou lá. *nos levantamos*
PHILIP- E como foi a sua fuga? Aconteceu muita coisa?
MARTIN- *risos* Muita coisa... *andamos* A Elie e o guia morreram logo em seguida, sobraram poucos... *respiro fundo* Tava tudo... um caos. A Professora e o Motorista brigaram... ele deixou ela para morrer.
PHILIP- *espantados* Meu Deus! E... ele?
MARTIN- Morreu um tempo depois, nos deparamos. Bom... chegamos na escola, Rhael se separou, eu não o vi desde então. Após isso meus pais morreram, um grupo se juntou lá em casa... teve uma sociedade por aqui, mas ela morreu, lutamos contra eles..  vencemos.
WILL- Nossa... Enfrentou conflitos? Muitos morreram?
MARTIN- Muitos... o tempo passou, apareceu uma bebê, policiais, um novo grupo... e a Helena nos infernizou.
WILL- Sempre ela... Mas como assim infernizou?
MARTIN- A família dela nos emboscou, eu os matei.
PHILIP/WILL- VOCÊ O QUE? MATOU ELES?

Renascer dos Mortos PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora