(Des) Confiança

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Segunda, hoje terá novamente o Instituto. Vou até o galpão e subo no forro da parte dos produtos, lá estava DVD's e revistas de conteúdo adulto, eram do meu pai. Pego quase todas e guardo na mochila. Desço a rua em direção ao ponto. Rafaela me vê indo.
RAFAELA- Sem mim?
MARTIN- Hoje sim, mas... Amanhã venha comigo, irei precisar de você. *saio andando*
No caminho, vejo galinhas soltas, pareciam magras e fracas, talvez eram do vizinho e conseguiram escapar. Algumas de certeza morreram, outras se alimentaram com matos e bichos de dentro do cercado, elas serão uma boa adição ao nosso galinheiro. Surgiu a ideia de varrer os animais da região.
MARTIN- *pego as revistas* Demorei uns dias, aqui está! *entrego* Tem DVD's também. Agora você é meu.
MED- *abre* Isso! Hahaha. Olha só essa b... aqui. Eu já tava cobrando... Ok, você já entregou as bebidas e as revistas, está faltando algo... *olha as imagens*
MARTIN- Olha, Med... Amanhã, não se preocupe.
MED- Está me enrolando? *olhar sério*
MARTIN- *vê a Van chegando* Não, Med... Amanhã!
MED- *entro na van* Mas o que?!? *surpreso*
Ele olha boquiaberto para a van sem entender nada, mas sabe que não deve contar, já que fez um trato...
MIMI- Finalmente contou, é. *olha para Med* Eu não sabia que ele anda armado na cueca...
"Enquanto Med está confuso, Lem chega ao ponto.
LEM- Olha só... está aqui. Martin não enganou você de novo. Que foi, cara? Viu uma fantasma?
MED- Não, não... nada.
LEM- Tem certeza? Você está estranho!
MED- Tenho, cacete! Me deixa em paz, volta pros porcos. VAI! *Lem anda bravo* Que diabo é isso... *ainda surpreso* Bom, bebidas e mulheres... *bebe e abaixa as calças* Como é bom relaxar nesse lugar..."
MIMI- Você soube? Alguns grupos entregaram apenas cinco quilos de comida e foram punidos.
MARTIN- Eu e Maycon pensamos nesta situação, entregamos um pouco mais de cinco, que estranho...
O Instrutor fala das contribuições, agradece as entregas feitas e atualiza o peso da entrega, quem contribuir com peso infeiror ao solicitado, não será recompensado.
"Em reunião, Claudemar e LetraM estão se beijando e conversando na sala dos professores.
LETRAM- *beijo* Não podemos fazer isso, sua mulher...
CLAUDEMAR- Minha mulher morreu, aquela acabada não merecia o luxo que estas pobres pessoas dão.
LETRAM- O que? *para de beijar* Como assim morreu? Como pode estar tão tranquilo assim?
CLAUDEMAR- Não é de hoje que ela estragava minha vida, achando que podia, brigava comigo...
LETRAM- Como... como ela morreu? *preocupada*
CLAUDEMAR- *bebe* Do mesmo jeito das pessoas que contribuíram errado. *Josiane se espanta*
LETRAM- Com um tiro?!?
CLAUDEMAR- Cala a boca! *tampa a boca dela com a mão* Dei um tiro na cabeça dela, nas outras pessoas foi nos membros. *ela se rebate com tapas*
LETRAM- Tire suas mãos de mim! Seu louco! *veste a camisa e põe os botões* Cretino, nojento!
CLAUDEMAR- *abre a porta* Saia! Teve sua chance de sobreviver neste mundo, se vire. Você não faz mais parte desta Instituição. Vadia!
LETRAM- Porco! *cospe na cara dele*"
Ao acabar a reunião de hoje, vejo outra pessoa fazendo o papel da LetraM., ela está chorando no banheiro.
MARTIN- Você está bem?
SEGURANÇA2- Afaste-se e vá para casa!
"Josiane tenta ligar o carro, mas não pega. Ela se rebate no volante, até que vê alguém se arrastando.
ESTRANHO- Me ajuda! Eles atiraram em... *agoniza*
LETRAM- *o homem sangra bastante* Ele terá o que merece, não hoje... Mas um dia, juro por mim, Josiane."
Desembarquei e me despedi. Tranquilamente ando, até que Med abaixa o vidro do carro.
MED- Vai me contar?
MARTIN- Eu falei amanhã!
MED- Fiquei pensando sobre isso a noite toda. *sai do carro* Vai me contar quando? *segura meu braço*
MARTIN- Você está bêbado?!? Me solta!
MED- Só vou te soltar quando me falar!
MARTIN- *dou um chute na perna e saco a faca* Vai para casa dormir ou fique aqui!
MED- Me fura! Vai me ajudar muito. *estranho*
MARTIN- O álcool te deixou doido. Durma bem aí.
Vou para casa assustado, com o braço doendo. Led me vê e pergunta sobre Med não ter vindo para casa, respondo que ele preferiu ficar lá hoje. Percebo luz na casa de Maycon. Gueven conseguiu fazer funcionar, eles vão sábado ou domingo pegar as placas restantes. Dou a ideia de irem de trator e buscarem animais.
Amanhece o dia, agradecemos Gueven. Todos usaram o chuveiro, com água quente, umas das melhores sensações que há. As horas passam, chamo Rafaela para irmos. Vejo Lem com um olhar sério para mim.
DANIELE- Vai com seu namorado?
RAFAELA- Cala a boca, Dani! *abraça ela* Tchau!
MARTIN- Oi... que cheiro bom.
RAFAELA- *sorri* Isso se chama banho! *cheira* É... só eu estou cheirosa. *andamos*
MARTIN- É... você vai me ajudar com o Med, ok? *ela concorda* Olá... Você está bem hoje?
MED- Sim... Me desculpa por ontem.
MARTIN- A van... nos leva até a escola, onde nos reunimos com outros sobreviventes.
MED- Escondeu isso do grupo?!?
RAFAELA- Calma, tudo começou a mais de duas semanas atrás. É melhor não saberem por enquanto...
MARTIN- É uma sociedade, pagamos impostos e recebemos depois, nos reunimos com todos os sobreviventes da região, é uma saída que temos.
MED- Parece como antes. Como entrou e os descobriu?
MARTIN- É... *nervoso* Conheci com o pessoal da van. RAFAELA- E como entrou? Não me falou sobre isso... MARTIN- Você falou que iria ajudar... *cochicho para Rafaela* Tive que responder umas perguntas...
MED- Que perguntas?
MARTIN- Sobre o grupo e o lugar, agora você já sabe de tudo. Colabore, é a sua obrigação.
Continuamos conversando e a van chega, apresento Med ao pessoal da van. Eu e Rafaela entramos e fomos. Nada de interessante na escola, a não ser Rafaela que ouviu algo estranho quando foi ao banheiro.
- *dentro do toileit* Mandar aquela horda naquele grupo foi a melhor coisa que foi feita. *mija* Assim limpamos aqui e estamos ganhando a vida.
Uma semana se passa, Gueven, Led e Lem trouxeram as placas restantes, junto com vacas e galinhas. Med ainda está guardando o segredo e a vida aqui continua. Rafaela está agindo um pouco estranho ultimamente, não sei se está naqueles dias, ou viu e ouviu algo...
"LEM- *Rafaela passa por ele* Devia deixar de andar com ele. É um mentiroso e perigoso. *afia a faca*
RAFAELA- Está falando do Martin? Sabe de algo?
LEM- Eu percebi como se afastou dele, eu sei que está desconfiada também. E eu tenho certeza que esse bosta tá aprotando alguma. *Rafaela pensa* Você sabe mais dele, devia sugar informações, eu não confio nele...
Rafaela decide então, saber o que acontece nos dias que não vamos. Cautelosamente, entrou na escola e se escondeu nas paredes. Há pessoas lá, pareciam ser Claudemar, Instrutor e os dois Seguranças, ela chegou o mais perto possível para ouvir.
SEGURANÇA2- Eu não vou muito com o cara dele. SEGURANÇA1- Aquele Martin? Número 17?
CLAUDEMAR- Ah... esse garoto. Ele foi um ouro para nós. Eu fiz a proposta de mandar todos os Zumbis que estavam aqui, para lá. E ele aceitou. *risos*
RAFAELA- Não é possível *fala para si mesma*
SEGURANÇA1- O dia que levamos a horda foi louco.
CLAUDEMAR- Garoto ingênuo... Sorte que é branco. INSTRUTOR- Foi preciso muito para levar aquela horda.
SEGURANÇA1- Atraí-los com bombinhas e carne de pessoas que não se aliaram com nós... Foi a coisa mais louca que fizemos nas nossas vidas.
CLAUDEMAR- Bom, senhores, vamos para nossas casas, estamos crescendo em cima de otários, não é?
Desesperada, Rafaela sai correndo, faz barulho e os outros ouvem. Ela vai pelo mato, eufórica e com medo. Eles vão atrás do barulho, mas não acham nada. Rafaela corre até em casa, pensando sobre o que ouviu. Não sabendo o que fazer, muito preocupada, ela não consegue dormir. Ela pega sua bolsa e coloca algumas coisas dentro, e acha uma imagem de um garoto.
RAFAELA- Enrique! Eu vou voltar, meu amor. *chora*
Ela guarda a imagem do garoto na bolsa. Pega uma folha e escreve nela, e deixa no raque da TV.
RAFAELA- *anda até a porta do quarto de seus pais* Mãe, Pai! *fala baixo* Eu preciso fazer uma coisa... eu irei voltar! *anda até a sala* Lucas e Dani... cuidem do Papai e da Mamãe. *lacrimeja*
Ela sai pela porta e vai até a casa de Martin, onde ele está dormindo, com a faca em mãos, cautelosamente anda até o quarto. Ela abre a porta e fica parada.
RAFAELA- *pega a Taurus* Me aguarde. *sai da casa*
Reus late, e Rafaela vai embora chorando."
Acordo assustado, olhando para trás, como se alguém estivesse me observando. Levanto, a porta está aberta.
LED- *chega de surpresa* Ei, viu a Rafaela?
MARTIN- Não! O que aconteceu com ela?!?
LED- Ela sumiu, já são quase nove horas da manhã...
No galpão, faltam apenas Maristela, as crianças e Med. Lucas chega de surpresa em nós. Ele chama por "Papai", mas Fabrício fala ingnora. Lucas retruca mostrando um papel. Fabrício pega e lê na nossa frente.
FABRÍCIO- "Eu fugi, não irei mencionar onde, mas tive que fazer isso. *Maristela chega e ouve chocada* Descobri algo que terão certeza que estou certa. A horda... Martin estava por trás. *todos olham surpresos para mim* Não confiem nele, há um Instituto que a maioria não sabe. *Med chega* Cuidem com eles e com ele. Eu irei voltar, não vão atrás de mim."

Renascer dos Mortos PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora