Sem liberdade

2 1 0
                                    

Já se passaram dois dias... o sumiço deles está tomando conta de nós. Nos reunimos sobre o que fazer, isso não pode ser tratado como normal. Mimi, Thomas, Ulisses e eu nos disponibilizamos para irmos até a Igreja. Vamos em grupo para nos protegermos. Vou levar o rifle do Led, pode ser útil, e também pistola, a mesma do papel.
RAFAELA- *anda junto comigo* Vai até lá? Posso ir?
MARTIN- *carrego algumas coisas* É perigoso!
RAFAELA- Eu vou saber me virar, e uma pessoa a mais é bom. *sorri* O que acha que aconteceu com eles?
MARTIN- Não parecia ter um grupo lá, e Zumbis não teriam acabado com eles assim... *pensativo* Se foi uma luta, alguém armado, forte, robusto e alto.
RAFAELA- É uma briga boa. Eles não são altos, alguém do mesmo nível pode dificultar.
Chegamos até o ponto, todos estão lá, eles nos desejam sorte e partimos para a nossa missão.
"RODOLFO- Eu devia ter ido...
DENISE- Não, fique aqui nos protegendo. *cabisbaixa*
RODOLFO- O que foi, querida?
DENISE- Os gêmeos pequenos, estão com hematomas e amedrontados. *preocupada* Não falei com Ulisses..."
MARTIN- Mimi, você fica com o rifle quando chegarmos. Nos deem cobertura, você, Diego e Rafaela, que ficarão perto da van na escola. *eles concordam*
THOMAS- Martin, Ulisses e eu vamos até a Igreja. Conforme avançamos vocês podem vir.
Fazemos isso conforme o combinado. Caminhando no asfalto, no começo do gramado perto das escadas, vemos um binóculos com um papel escrito, "Olhe para o sino". Me espanto ao ver, um corpo pendurado. Largo assustado o binóculos, os outros não entendem.
MIMI- O que deu? *estranham* O que ele viu lá? *mira com o rifle na igreja* Ok... *vê o corpo* Madre mia...
Todos se espantam. O único contente é o Ser observando tudo. Decidimos continuar, agora com uma pulga atrás da orelha. Ulisses dá a volta e sobe pelo asfalto, Thomas e eu subimos agachados degrau por degrau a escadaria da Igreja.
"O Ser entra dentro da igreja, abre as portas laterais e vai até o coro libertar os Policiais Zumbis.
RAFAELA- Posso ver de novo? *mira* Espera... é o Policial Mariano! *se espantam* O que? *algo se movimenta e solta o corpo* Tem alguém lá! Tem gente lá, precisamos avisá-los."
THOMAS- Hora de dar as caras. *olhamos* Vazio... *Ulisses vem* Viu algo? *algo sai da igreja* Ulisses!
ULISSES- Nada! *o Policial Pereira salta em cima dele* Merda! *é mordido* AAAH! *mordidas* AAHHAAAHA.
THOMAS- NÃO! *atira* Ulisses! *mata Pereira*
MARTIN- Mas que merda! *gritos* Mas o que?
RAFAELA- PESSOAL! *vem correndo* VOLTEM! VAMOS SAIR DAQUI. *assustada*
THOMAS- Precisamos ajudá-lo. *acude*
ULISSES- *dor* Thomas, não... *sangra*
RAFAELA- Tem alguém aqui, ele libertou os Zumbis.
MARTIN- O que? *assustados* Thomas, vamos! *ele ajuda Ulisses* Ele é um homem morto!
ULISSES- Vai, Thomas. *Mariano aparece* Eu abusava dos meus sobrinhos. *Thomas fica em silêncio* Eu mereço...
MARTIN- VAMOS! *eu o puxo* Corre!
ULISSES- *Mariano o consome* AAHAHAAAHAAA!
THOMAS- Acabou minhas balas. *nas escadas*
SER- ONDE VÃO? *mira em cima do telhado*
MARTIN- *paramos* POR QUE? *ele tira o capuz* Você? *pula do telhado* Sua VAGAB...
HELENA- Sua vez! *Mimi atira na mão dela* MERDA!
MIMI/DIEGO- CORRAM, VENHAM! *corremos*
MARTIN- *correndo* Desgraçada! *ela atira de longe em nós* Corre, Thomas! *pulamos dentro da van*
DIEGO- *atira com o rifle* VAI, PAI! *tiro na van*
MIMI- Cadê o Ulisses? *olho para Thomas* ...
RAFAELA- Eu vi que é ela. Ela voltou, está entre nós. *espantados* Ela irá hoje de noite, amanhã...
Com toda a tristeza e ódio, Thomas informou seu grupo sobre a morte de Ulisses. Ele pediu para morrer, disse que merecia, o motivo deixou todos enfurecidos. Thomas disse que cuidará dos gêmeos e Nicolas.
Todos estamos com os olhos arregalados, não podemos dar brechas. Cada canto é perigoso agora.
RAFAELA- Você tem medo do escuro?
MARTIN- Sempre tive. Tenho medo do que o escuro pode ter. Agora mais ainda... ela, os mortos...
RAFAELA- Acha que ela vai nos caçar e matar?
MARTIN- É o desejo dela. É tudo culpa minha.
RAFAELA- Não se culpe, não ponha esse peso em você.
MARTIN- Eu matei a família dela. Ela está com sede de vingança. Ela só vai parar quando morrer, e tomara que o sangue dela escorra pelas minhas mãos.
Todos estão em perigo. Trancamos cada canto da casa. Acordamos com a faca em mãos, já armados esperando um ataque. É horrível essa sensação. O ruim é se apegar as pessoas, e saber que a qualquer momento elas podem morrer. Como uma pessoa pode causar tanto estrago e angústia? Ela deve estar por aí, nos vigiando e rindo. A qualquer momento pode nos matar, mas quando? Preciso me afastar e proteger Rafaela, perder ela seria um furo no coração. Todos com quem me importo é assim. Eu preciso sumir, o alvo sou eu. Todos estão em perigo por causa de mim.
MARTIN- *vejo Maycon indo para a roça* Vai sozinho?
MAYCON- O plantio precisa ser mantido. *carrega a foice* Estou bem equipado. A Helena é forte, esperta e quieta, não é atoa o que fez com os caras fardados. *me preocupo* Se ela vier, vai ter que lutar. *afia a foice*
MARTIN- Boa sorte. *desço até a casa* Você e a Naty estão aí, é? *balançam na cadeira*
RAFAELA- Lindo dia de céu azul, não acha?
MARTIN- Cinza com nuvens, igual meus pensamentos, tá tudo uma merda. Perdi minhas esperanças.
RAFAELA- Ei... *me abraça* Sabe que não gosto de te ver assim. *me olha com os olhos de esmeralda*
MARTIN- Eu tô cansado... *olho para ela* Cansado de ver pessoas morrendo, de matar...
RAFAELA- Você matou pessoas para se proteger.
MARTIN- E o que veio depois? Você sabe quantas vidas custaram?!? Minhas mãos estão imundas. Tem sangue puro nas minhas mãos... porque, porque EU MATEI AQUELES CARAS. Não só a família dela, outros... foi por isso que o Instituto veio, e... *lacrimejo*
RAFAELA- Não acredite no que o Gueven falou.
MARTIN- Eu parei de acreditar nas pessoas. *ela questiona* EU PAREI PORQUÊ DEIXEI UM PEDÓFILO VIVER JUNTOS COM TODOS NÓS.
RAFAELA- Pare de se maltratar. *lacrimeja*
MARTIN- Eu preciso sair. Eu vou embora.
RAFAELA- *confusa* Não! E eu? A Naty, seu irmão...
MARTIN- Eu preciso libertar vocês e me libertar.
RAFAELA- Não... *chora* Eu preciso de você aqui. Não pode fazer isso comigo, com os outros... *me abraça* Eu gosto de você, eu me importo com você.
MARTIN- Não se importe comigo. *saio do abraço*

Renascer dos Mortos PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora