Viatura

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POLICIAL- Pereira, vai checá-los! *ele nos checa*
PEREIRA- Limpos! Apenas facas e Rádio. Ficaremos com isso por enquanto. São todos seus, Mariano.
MARIANO/POLICIAL- Ok... Está de noite, perigoso, não sei se poderemos ter um conversa boa agora, então...
THOMAS- Somos do bem! Queremos apenas sobreviver, não moramos longe. *nervoso com as mãos levantadas*
MARIANO- E o que fazem aqui nessa escola?
MIMI- Queremos fazer daqui um refúgio. Para quando haver um perigo grande, podermos vir para cá.
PEREIRA- Estão fazendo certo...
THOMAS- *silêncio* O que irão fazer com a gente?
MARIANO- Não se preocupem. Estamos para ajudar.
MARTIN- Sei de um lugar para passarem a noite, e onde podemos conversar outra hora.
MARIANO- E por que devo confiar em você? *nos olhamos* Nos levem até sua casa, nos guie com a van.
Mimi dirige até em casa, os Policiais estão vindo atrás cautelosamente, e com nossas coisas.
THOMAS- *nervoso* Deve... Devemos confiar neles?
MARTIN- Claro que sim! Eles são Policiais de verdade, e os únicos que podem nos dar as resposta que queremos.
MIMI- Tirar nossas dúvidas. Eles sabem bastante.
THOMAS- Vai levá-los na sua casa, Martin?
MARTIN- Sim. Avisem o seu pessoal, eu cuido deles.
MIMI- Boa sorte! Você é muito corajoso. Fale com eles tranquilamente, sabe como eles agem.
Mimi para no ponto de ônibus, os Policiais estranham e saem da viatura. Bem devagar, Thomas e eu descemos da van, com armas apontadas para nós.
PEREIRA- Por que pararam?!? *pistola apontada*
MARTIN- Ele mora por aqui, e o motorista no morro.
MARIANO- Como podemos confiar em todos separados?
MARTIN- Por que a casa onde passarão a noite estará apenas eu, e ninguém do meu grupo irá oferecer perigo algum para vocês. Vocês tem eu e minha palavra.
MARIANO- *olha para seu companheiro* Está bem... Vão para suas casas! E você garoto... Entra na viatura.
PEREIRA- Entra logo! *me empurra e bato a cabeça*
MARTIN- Minha cabeça!
MARIANO- Haha. Boa noite para vocês! Vamos, Pereira!
Mimi e Thomas contam para sua família e amigos, eles se surpreendem, mas sempre há uma repressão. Em casa, apresento o sofá onde os irmão dormiam...
MARIANO- O que pretende?
MARTIN- Como assim?
MARIANO- Deixar a gente dormir aqui, nos dar liberdade, o que vai querer depois?
MARTIN- Informações, resposta e segurança.
PEREIRA- Tem certeza que é importante para exigir?
MARIANO- *interrompe* Pereira... não! Faz tempo que não conversamos com civis, bom... hoje em dia todos são iguais. Mas amanhã, precisamos descansar, as últimas semanas foram corridas e cansativas.
Quando acordo, não vejo eles, os pertences ainda estão aqui. Saio para fora de casa, e vejo os dois conversando com Fabrício e Maycon, rindo e conversando.
MARIANO- Estávamos te esperando. Legal o seu pessoal. Então, o que querem saber?
MAYCON- Vamos até em casa conversar melhor.
FABRÍCIO- *sentamos à mesa da minha casa* Antes, durante e depois do caos, é o que nos intriga.
PEREIRA- Já haviam casos quase um mês antes. Uma Semana antes, o governo, os militares, estavam levando um Zumbi, mas algo aconteceu, e ele caiu da aeronave, em uma mata, o último indicio dele antes de cair foi nessa região. *fico com os olhos arregalados* As coisas saíram do controle depois disso.
MARIANO- A Semana antes do caos, o governo estava sem saber o que fazer, mas todos mantemos sigilo da população. Infelizmente... Aconteceu o que aconteceu.
FABRÍCIO- Tinha como ser evitado? O que é tudo isso?
MARIANO- As últimas notícias sobre experimentos e descobertas foi há três meses atrás, onde os Centro de Refugiados, de vários lugares, caíram sequencialmente.
PEREIRA- Não sabemos o que está dentro de nós, uma infecção... bactéria. Quando morremos sem ter o cérebro atingido, voltamos como essas coisas.
MARIANO- Isso não deve ser surpresa. Segundo alguns estudos que ouvimos, o cérebro é desligado, exceto a motivação de se locomover, andar, ouvir e olhar.
FABRÍCIO- Isso é muito interessante. Uma pena essa grande descoberta, ter mudado tudo para pior.
MAYCON- Por que o mundo colapsou? Tudo caiu?
PEREIRA- Era uma coisa nova, a transmissão por mordidas e ferimentos... Teve rebeliões, matamos os loucos, as pessoas pensavam que eram vivos, foi por causa disso também, grandes multidões morreram.
MARIANO- Tentamos salvar o máximo de pessoas possíveis, mas a incerteza dos fatos era enorme.
FABRÍCIO- E por que os Centros de Refugiados caíram?
MARIANO- Sujeira. Hierarquias, poderes e tensão, isso causou revoltas e mortes, trazendo o caos.
PEREIRA- Estava tudo planejado, levar os sobreviventes até os aeroportos e portos, e extraditá-los para países e ilhas que estavam controlados até o momento.
MARIANO- Houve mortes durante. O Sul do Brasil foi o pior, transmissão rápida, queda rápida...
PEREIRA- Cinco aviões e sete embarcações saíram da região com sobreviventes. *espantados* A maioria elite e políticos. O resto... ficou para morrer. *cabisbaixos*
FABRÍCIO- Por onde andaram esse tempo todo?
MARIANO- No caos cada um na cidade do seu batalhão, as semanas foram passando e perambulamos de Centros em Centros, até que... tudo acabou. *inspira* Sobrou nós e alguns policiais... subimos até São Paulo.
PEREIRA- Por que paramos ali? *os policiais se olham* Nem queiram imaginar o tamanho da horda desses bichos... perdemos o nosso pessoal para eles.
MARIANO- Até nosso último contato com grupos de lá, a horda vem descendo, e vai aumentando e aumentando. *assustados* Como estão vivos até agora?
MARTIN- *olho para Fabrício e Maycon* Bom, eu falo... Temos um lugar bom, tem plantio, convivíamos com pessoas boas e fortes, que junto com nós, fazia esse lugar prosperar. Tivemos sorte. Infelizmente se foram...
MARIANO- *cabisbaixos* Zumbis?
MARTIN- Pessoas! Pessoas de uma sociedade forte.
PEREIRA- Espera, sociedade?
MARTIN- Instituto era o nome, comandado por um tirano, que estorquia e liderou pessoas para nos matar, felizmente nós os vencemos, mas com muitas cicatrizes.
PEREIRA- Qual era o nome dele... do tirano?
MARTIN- Claudemar. Antigo Vereador.
MARIANO- Po... Acreditaram na palavra dele? Ele é bom em manipular. Ele foi um dos culpados do jogo de poderes do Centro de Refugiados, roubou pessoas...
MARTIN- O que importa é que tá feito, e ele tá morto.
PEREIRA- Você o matou?
MARTIN- Nós matamos eles. E outras pessoas que se meteram no meu caminho e do grupo. *todos se olham* Nós vamos ser presos? *levanto as mãos*
MARIANO- Não existe mais isso. *se levantam*
Terminamos a conversa, eles foram pegar um ar, mas decidi falar novamente com o Policial Mariano.
MARTIN- Oi... Você era daqui, não é? Eu conhecia a sua filha, mas não sei o paradeiro dela.
MARIANO- *sério* Sinto muita falta dela, eu não estive com ela em nenhum momento dessa merda toda, mas sei que está viva. Eu nunca fui um Pai presente...
MARTIN- Quero encontrar a Lavínia, eu prometo.
MARIANO- Obrigado! *sorri* Só veio falar isso?
MARTIN- Não... onde irão agora?
MARIANO- Continuar na estrada, sem rumo.
MARTIN- Bem que vocês podiam ficar e viver por aqui. Lá no ponto, há casas boas por lá, perto das pessoas do grupo do cara que conheceu ontem à noite.
MARIANO- É uma proposta muito interessante, mas o Pereira também precisa ouvir e aceitar.
MARTIN- Então por você tudo bem?
MARIANO- *pensa* Sim! Não há mais saídas, ou o que fazer. E o lugar é ótimo e as pessoas são boas.
MARTIN- Temos um acordo então. *apertamos as mãos* Fale com Pereira sobre, vocês são uma equipe.
Os Policiais devolveram nossas coisas. Tudo que nos contaram, eles disseram o mesmo para o resto.
"PEREIRA- Ficar aqui? *pensa* Não é fácil assim. O mundo acabou, não tem lugar ou pessoas para achar.
MARIANO- Tem a minha filha.
PEREIRA- Olha cara... Eu acho que devia esquecer ela.
MARIANO- Está dizendo que ela está morta?!?
PEREIRA- Só estou dizendo para sermos mais realistas.
MARIANO- Eu não tô entendo o que o senhor está querendo dizer. *olha bravo* Quer saber, Pereira, dane-se você! Eu vou ficar. *sai andando*
PEREIRA- Mariano, Mariano! TENENTE MARRONE. *ele para* A gente está junto nessa desde o começo.
MARIANO- *pensa* Eu vou ficar!"

Renascer dos Mortos PESADELOOnde histórias criam vida. Descubra agora