25. Diamante de sangue

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A Império estava passando por mais um divisor de águas, e em uma boa parte isso se devia ao mais novo sócio da Império, Santiago, que mesmo sendo filho de um dos donos, que aliás era o fundador da empresa de um modo geral, ele tinha ideias que não se conciliavam com as dos demais sócios da Império. Só que Santiago não era do tipo de cara que desistia facilmente do que queria, ele ia a luta assim como o seu pai.

E por ser tão parecido com ele, era que Zé Alfredo não suportava o mais novo, que ao seu ver não passava de um garoto mimado e deslumbrado.

- Escute aqui - Começa Zé, ambos estavam na sala dele na Império - Não pense que por ser meu filho e um dos sócios da Império, que você pode fazer o que bem lhe dar na veneta.

- Pouco me importa o que você pensa ou deixa de pensar - Diz Santiago - As minhas ideias dá o boas, vocês que são conservadores demais pra admitir Isso, principalmente Você.

- Já ouviu falar dos diamantes de sangue? - Ele nega - Claro que não, esses são os mais valiosos e difíceis de serem encontrados, e eles não são chamados de diamantes de sangue só pé lá cor deles não. Tem toda uma história por trás disso.

- Acho que não tô afim de escutar suas historietas sem a menor graça - Diz Santiago - O maquinário pesado é a melhor opção para que possamos explorar melhor aquela gruta recém adquirida pela Império.

- Você não entende, não é, aquelas pedras tem de ser retiradas quase que manualmente - Diz Zé Alfredo, sendo sensato, algo que aprendeu com a sua esposa quando tinha a idade de Santiago - Caso contrário, muitas vidas serão perdidas à toa, seu moleque ignorante, e isso vale principalmente para a busca pelos diamantes de sangue que existem nessa tal gruta junto com as tubalinas Paraíba, seu moleque burro.

- Quem me vendeu a gruta, um primo seu, um tal de Tico Leonel me disse a mesma coisa que você, mas na Boa, não acreditei nele - Santiago o olhava de maneira desafiadora - Assim como também não acredito em você.

- Mas você é mesmo uma mula teimosa e chucra.

- E você não é também?

Algumas décadas antes...

A Império estava prestes a ser criada, a cabeça de tudo, Maria Marta que havia se casado com Zé Alfredo lhe dando o seu sobrenome e tudo o mais, tentava convencer o mesmo que a sua maneira de gerir os negócios era muito melhor do que a dele.

Só que Zé Alfredo era muito teimoso e não queria escutar a sua esposa de maneira nenhuma, ele queria fazer tudo do seu jeito. Mesmo o seu jeito não sendo o melhor.

- Mas você é mesmo uma mula chucra e teimosa - Começa Maria Marta, irritada - Você não me escuta, mas que droga! E se me escuta, finge não escutar, como sempre.

- Eu só quero fazer as coisas do meu jeito - Eles estavam na sala dele, recém decorada - Afinal, estamos tirando do papel uma ideia minha, e não sua, Marta.

- Sem mim e o meu sobrenome você não seria nada - Diz ela - As minhas ideias e iniciativas me trouxeram até aqui, e isso não tem nada haver com você, suas crenças e muiti menos com aquela droga de monte que você adora tanto.

- Você não me fale do monte Roraime, Maria Marta - Ele já estava bem irritado - Que isso eu não admito.

- Está bem, como quiser - Tenta se manter calma - Só me escute mais com relação a maneira que vamos apresentar a loja para os nossos possíveis sócios e acionistas, e também para nossos avalistas com relação aos empréstimos que ainda precisamos fazer em prol da Império.

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