35. Mais segredos

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De volta ao Rio, Santiago ainda que lidar com os chiliques de Maria Ísis e os mistérios de Cora, isso sem contar o sumiço de seu amuleto da sorte do qual ele raramente se apartava. As conversas que teve com o seu pai biológico o faziam questionar muitas coisas, incluindo os seus planos de vingança e sua resolução em o destruir sem o menor pudor, ele fazia isso pela sua mãe. Como se mão bastasse tudo isso, Ana Rita estava um pouco estranha, o evitava por tudo e brigava com ele por nada.

Maria Ísis estava sendo uma verdadeira pedra no sapato de Santiago, e não só do dele. Ninguém aguentava mais ela, sobretudo os seus aliados, a mesma estava na mira até mesmo do Escorpião.

- Você não deveria ter ido pro monte Roraima - Começa ela com a sua habitual implicância de sempre - Não foi esse o nosso combinado, e você sabe disso muito bem.

- E desde quando eu te devo obediência? Você aqui não é nada, aliás, pra mim você é menos que nada.

- Você tá brincando com fogo. Cuidado pra não se queimar.

- Ah, é mesmo? Não me diga, mas olha só que meda que eu tô de você.

- Você me subestima demais, Santiago. Sou mais perigosa do que você imagina. Mais perigosa do que todos imaginam.

- E você tá se achando demais.

- Você me deve algumas explicações.

- Não te devo nada, ô vagaba, nem mesmo favor - Diz ele - Então só para de pegar no meu pé, que eu não tô com paciência pros teus chiliques hoje não. Só me erra, que o que eu faço ou deixo de fazer simplesmente não te interessa nem um pouco, sacou?

- Isso é o que vamos ver. Isso é o que você pensa.

Não demorou muito para Zé Alfredo perceber que tinha alguma coisa errada com a sua esposa, isso sem falar nas matérias sensacionalistas de Téo Pereira com relação a Império e a sua família. Tudo o que Zé queria era que Marta tivesse uma gravidez tranquila e desejava o mesmo para Cristina e Amanda, embora isso parecesse cada vez mais impossível, levando em conta os últimos acontecimentos, em especial a morte de Danielle, que por si só era pra lá de suspeita, no mínimo.

Maria Marta estava feliz de ver o seu marido de volta e bem, mesmo tendo ficado incomunicavel durante o período em que esteve no monte Roraima, fazendo - se sabe - se lá o que por lá.

- Você não deveria ter desligado o seu celular - Diz ela tirando os seus brincos para dormir - E também não deveria ter ficado longe de lugares onde pega sinal de celular, eu fiquei preocupada com você, sabia?

- Pois não precisava, eu sei me virar muito bem sozinho - Diz ele começando a tirar suas roupas e sapatos - E de mas a mas, Josué estava comigo o tempo inteiro, e não saiu do meu lado um só minuto sequer.

- Ah é mesmo, esqueci - me que você levou consigo o seu capacho, o seu cão de guarda - Revira os olhos - Ou melhor dizendo, a sua sombra.

- Mas por quê tanta implicância com o pobre do Josué agora, hein?

- Pobre? Com o dinheiro que você paga a ele, bem capaz dele ser mais rico do que nós dois juntos.

- Também não exagere, Marta. Pois não é pra tanto.

- O que esteve fazendo pros lados do Pantanal?

- Negócios.

- Que tipo de negócios?

- Aí você já tá querendo saber demais.

- Eu exijo saber o que você esteve fazendo no Pantanal durante todos esses meses.

Novamente ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora