24 - Girassóis

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 - Quando você chegou? - ele diz dando a volta na sua mostra de moto e vindo me abraçar. - Porque não falou comigo? - eu o abraço e logo ele sai. 

-  Eu cheguei na sexta, tem pouco tempo. Nem consegui ver todo mundo ainda. - eu digo e ele pega o celular no bolso. 

- Eu to atrasado agora, a gente se vê por ai. - ele diz.

- Claro. - digo abrindo a porta do meu carro, me sentando no banco. 

- Olha pros dois lados ein lindona. - ele diz divertido e sai acelerando na minha frente antes mesmo que eu pudesse dar alguma resposta.

 Respiro fundo no banco antes de partir, que coincidência isso. Acelero na minha rua, já estou atrasada. Estou há uns 5 min da casa de Sarah quando ela me liga, eu atendo e ainda falo pelo carro. 

- Oi amiga, desculpa me atrasei né? - pergunto com os dentes cerrados.

- Eu reparei, ta tudo bem? Quer que eu leve o café pra tomar no carro? - ela pergunta e eu agradeço a deus pela minha amiga proativa. 

- Sim por favor, você não vai acreditar em quem eu esbarrei na saída do prédio. Na verdade quase que ele esbarra em mim né. - olho para os lados no cruzamento lembrando dele e rindo. 

- Ai meu deus, ex é? 

- Sim, ex ficante amiga. - eu digo rindo. 

- Ai meu deus! Quem? - ela pergunta curiosa. 

- Desce que eu te conto, tô na sua rua. - eu digo e ela diz um "ui, to indo" e desliga. 

 Estaciono em frente sua casa e já a vejo descendo com uma bolsa esportiva de lado e uma bandejinha de papelão na mão com copinhos e potinhos. Ela abre a porta do carona e entra com cuidado, eu pego a bandeia de papelão colocando minha bolsa no banco de trás, e ela põe sua bolsa lá também. 

- Hmmm oque é tudo isso? - eu pergunto e ela pega a bandeja de mim depois de colocar o cinto. 

- Calma que eu vou te dando, cada informação que você me passar é um pãozinho de queijo. - ela diz e eu rio. 

- Ta, quem eu vi fiou comigo a primeira vez no Paradise. - digo saindo com o carro e quando olho tem uma mão segurando um pão de queijo na minha frente, eu mastigo e engulo ele. - Ele tem uma moto e já trouxe milk shake pra gente. 

- Ahhh aquele João que trabalhava no hambúrguer? - ela diz animada sorrindo. 

- Ei, cadê meu pão de queijo? - digo brava. 

- Ai desculpa, aqui. - ela me da sorrindo e eu como. 

  Conto todo o ocorrido para ela, que escuta atentamente tudo oque eu digo. Revesa entra "sim", "claro", "hmm" toda hora me tirando uma risada. Ela perguntou porque eu passei o numero já que eu estava com João, e eu respirei fundo pra contar tudo. 

- Mas mesmo assim acho que fui simpática demais, ele que me deu o pé antes. - eu digo parando em frente a imobiliária. 

- Ah qual é, não é como se ele tivesse te traído, até com quem te traio você deu segunda chance.  - ela diz e eu a olho quando estou pegando minha bolsa no banco de trás. 

- Golpe baixo. - eu digo e saio do carro. 

- Sério amiga, você fez certo. Foi só um esbarrão, relaxa. Não é como se tivesse sido um beijo. - ela diz quando dou a volta no carro suspirando.

 Asim que entramos na imobiliária já vem a recepcionista nos atender. 

- Bom dia senhora Menezes. - diz a atendente bem arrumada. 

- Bom dia. Eu vim pegar as chaves e acertar tudo do imóvel á venda na rua comary. 

- Perfeito, podem me acompanhar. - ela nos chama até uma mesa grande. 

 Aguardamos uns 5 minutos só e logo chega a moça que me atendeu pelo telefone enquanto eu ainda não tinha chego. 

- Letícia! - ela diz chegando ao meu lado, e eu levanto para cumprimenta-la. 

- Alyne! Bom dia. - eu retribuo os beijinhos na bochecha e Sarah se levanta. 

- Imagino que seja sua amiga. Prazer Alyne. - ela diz para Sarah que a cumprimenta também. 

- Sarah, prazer. - todas nos sentamos. 

 Conversamos sobre o imóvel e ela me mostra mais fotos, ela me mostra também como ficou o financiamento com a entrada que minha mãe deu, eu mando para a coroa em PDF e ela aprova. 

- Perfeito, só me dê os documentos que eu vou tirar xerox, e assinar onde eu marquei o x. - ela diz e vira para a impressora enquanto eu assino. 

- Pronto. - digo quando termino. 

- Ótimo, aqui os documentos. - ela me entrega. - A chave esta com a Ângela na recepção ta bem? - ela diz e eu concordo me levantando. - Um prazer fazer negócio com você, qualquer coisa é só me contatar ta bem?

- Perfeito, obrigada Alyne. Um bom dia! - digo e me direciono á recepção para pegar a chave. 

 Pego a chave e já saio de lá direto para o escritório de Gyovanna, ela tem muito pouco tempo para montar tudo na casa da minha mãe, o projeto já esta pronto e os móveis chegam hoje a tarde. Estamos saindo do escritório e são exatas 10:30 quando eu avisto um homem escorado no meu carro que esta parado no acostamento. 

 Nos aproximamos e vejo o homem, ele esta todo de verde, e parece estar de uniforme, ele me vê indo na direção do carro e vai até uma moto parada no acostamento. 

- Você é Letícia? - ele pergunta pra mim tirando um buquê da caixa de entrega. 

- Sou. - digo e ele me da o buque de flores, são girassóis. 

- Entrega pra você. Ele pediu que lesse o bilhetinho. - ele diz e vai embora. 

 Olho pra Sarah que esta com os olhos arregalados ansiosa esperando que eu veja logo. 

- Vai! Olha logo! - ela diz sorrindo e eu pego o bilhete no meio das flores. 

"Te busco ás 20hrs, use algo confortável. Senti sua falta."

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De Volta Pra Casa - O ReencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora