suddenly 30 · jaeyong

vinte e quatro

Ah o amor. Quando você sabe, querendo ou não acaba sofrendo. Aquelas pontadas no coração, por mais que sejam por bons motivos, podem acabar te confundindo na hora do sofrimento e você continua agindo como um tolo, só esperando quando vai acabar.

Felizmente não tenho essa confusão. Não que meu relacionamento com Jaehyun seja mil maravilhas, nenhum é, mas a gente se vira.

Lembram do apartamento? Cá estamos nele. A faculdade nem foi um bicho de sete cabeças, nem uma fadinha da floresta também.

Formados, empregados, satisfeitos. Foi uma longa caminhada por uma boa causa. A nossa causa. Engraçado, o peixe ainda não veio.

Indo para 2023

Acordei, tenho quase certeza de que não tô em casa. Meu Deus, será que me drogaram? Ah não, é em casa, a minha casa. Minha?

-Yoonoh! - Espero não ter gritado muito alto. - Que porra, quem que fez essa droga de muralha da China? - Perguntei jogando o travesseiro e os cobertores pra fora da cama.

Yoonoh não estava no quarto, me restou procurar pela casa. Saí abrindo de porta em porta o corredor, nem sinal. Ouvi meu nome ser chamado da cozinha e atravessei a casa correndo.

Nem vi o que ele tinha nas mãos, só pulei nele abraçando-o com meus braços e pernas. Ouvi o típico som de porcelana se partindo, provavelmente o que era uma caneca caindo no chão.

-Taeyong? Tá tudo bem? - Tinha muito estranhamento em sua voz.

-Yoonoh, eu voltei, voltei pra nós, bebê.

-O que? Você tá zuando, né? - Tentou me pôr no chão, o que que aquele monstro fez com ele?

-Não tô zuando. Sou eu, Jeong Taeyong. - Afastei um pouco pra olhar em seus olhinhos lindos.

-Prova. - Cruzou os braços. Minhas pernas estão fortes.

-A gente nunca conseguiu arrumar o Jeffrey, nosso aniversário de casamento é dia vinte e três de setembro e o de namoro é dia vinte e cinco de novembro, e qual é o motivo da separação da cama?

Ele nada respondeu, mas seus olhinhos se encheram de lágrimas e a próxima coisa que recebi foi um nós dois caindo no chão igual a caneca por causa do beijo que ele me deu.

-Você não faz ideia da falta que fez. - Ele disse soluçando.

-Já chorei por saudades de você. - Comentei passando a mão em seu cabelo.

-Quase me joguei da sacada com um cigarro na boca. - Ouçam o ai que ele deu por causa de um tapa naquela cabeça linda.

-Você prometeu que ia parar, nem fazia isso mais depois do sexo.

-Foi necessário, isso tava me esgotando.

-Só vou deixar passar porque eu em certo ponto não tava aqui e seu Jaehyun de lá me beijou.

-Sabia que isso era real, que filho da puta. Você correspondeu?

-Bati nele.

-Bom garoto. - Murmurou afundando o rosto novamente no meu peito. - Fico feliz em te ver em corpo, alma e coração. - Sorri e deixei um beijinho no topo de sua cabeça.

-Te amo, Jae.

-Também te amo, hyung.

~fim