APELIDO CARINHOSO| 03

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Sydney | Carla
Cinco meses antes do assalto

Ontem à noite, na hora de dormir, foi engraçado.

Rio ficou meio nervoso, afinal, iria dividir cama com uma mulher que nunca viu na vida. Ele ficou do lado esquerdo e eu do direito. Fizemos uma espécie de "barragem" de travesseiros na cama, e no final, tudo deu certo.

Eu dormi perfeitamente bem, acordei e era por volta das cinco da madrugada, e agora, já são seis e meia, e eu estou esperando Nairóbi terminar o nosso café da manhã.

— Você prefere o ovo com a gema mole ou a gema mais dura? — Ela pergunta enquanto pega os ovos na geladeira.

— Eu prefiro mais durinha. — Eu falo e Denver chega na cozinha.

— Eita porra, Sydsyd gosta de coisa dura. — Ele fala e me olha igual uma criança na quinta série.

Denver fala assim que entra na cozinha, ele estava com o cabelo meio molhado, toalha no ombro, e sem camisa.

— Sydsyd? — Eu pergunto.

— Novo apelido carinhoso que eu pensei especialmente pra você! — Ele fala e eu dou risada.

— Denver, quer? — Nairóbi pergunta se referindo ao pão com ovos.

— Não, valeu. Não gosto de comer de manhã. — Ele fala e coloca a mão na barriga.

— Bom dia! — Rio fala entrando na cozinha, ao se deparar com um bolo em cima da mesa, ele vira e fala. — Nossa, que delícia. —

— Aí, Rio! Obrigada! — Denver fala e eu caio na gargalhada.

— Sai fora. — Rio fala rindo e caminhando até a geladeira.

— Poxa. Vou ter que arrumar outra então. — Denver fala e eu olho pra ele.

— Oii, Denver! — Eu falo sorrindo.

— Que safadeza. — Nairóbi fala e me entrega meu prato de café da manhã.

Nairóbi sai da cozinha, e caminha até a sala, eu vou atrás dela, e nos sentamos no sofá.

Começo a comer o meu pão, mas Nairóbi fez ele muito bem recheado, e sinceramente, eu não estava mais aguentando. O pão era simplesmente delicioso, mas, eu não costumo comer tanto de manhã.

— Nai, o pão está uma delícia, mas eu já estou quase explodindo. — Eu falo jogando a cabeça para trás.

— Passa pra cá, que eu como! — Denver fala.

Eu apenas levanto o prato e ele pega.

— Não era você que não comia de manhã? — Eu falo e apoio a minha cabeça no ombro de Nairóbi.

— Hmm, sim! Mas, esse pão está com cara de gostoso. — Ele fala e eu concordo fechando os olhos.

— Bom dia, gente! — Moscou fala chegando na sala.

— Bom dia, Moscou. — Eu falo, ainda de olhos fechados.

— Parece que tem alguém com sono. — Professor fala se sentando no sofá.

— Pior que não, eu tô é com muito tédio, isso sim. — Eu falo e ele dá risada.

— Então vamos espantar essa preguiça, Sydney! Daqui a pouco tem aula. — Ele fala e dou risada.

— Oh meu Deus, voltei para a escola. — Eu falo e ele me olha com ironia.

— Bilhões de Euros, Sydney, bilhões de euros. — Ele fala e eu sorrio, me imaginando milionária novamente.

Bem, milionária agora, só de dinheiro.

A minha verdadeira riqueza morreu quando eu tinha dez anos, meu pai. Ele sempre foi o homem da minha vida, mesmo não sendo o meu pai biológico, mas a mulher que ele jurava ser o amor da vida dele, acabou com ele.

Desde então, comecei a morar com minha mãe, nossa relação era até que boa, mas vivíamos brigando, certamente, ela preferia o meu irmão a mim.

— Sydsyd? Acorda! Estamos indo para a aula. — Denver fala me trazendo de volta a realidade.

—Ah, oi. Vamos.— Eu falo meio tonta, voltando à realidade.

Eu sou assim desde criança, desligada.

Quando chegamos na sala, professor estava anotando algo no quadro.

— Atrasada no segundo dia de aula, Sydney? — Ele fala e eu me sento.

— Já deu para perceber que ela não é a aluna exemplar. — Denver fala brincando.

— Bem.. — Professor fala tentando dar início a aula. — Nós iremos fazer com que a polícia pense que isso é apenas um simples roubo. Após dez minutos que nós entrarmos, cinco de vocês irão sair para fingir que estamos fingindo, e vocês deixaram cair uma maleta com dinheiro. Irão iniciar uma troca de tiros, mas lembrem-se sempre, é troca de tiros a queima roupa! — Professor explica enquanto nós o observamos.

— E se atingirmos um policial? — Rio pergunta.

— Isso não pode acontecer em hipótese alguma! A partir do momento que ferirmos um inocente, nós deixaremos de sermos Robin Hoods para sermos apenas um grupo de filhos da puta armado. — Professor fala e se apoia na mesa.

Eu preciso treinar mira, imagina, eu acabo acertando algum policial e o grupo me colocam na cova do leão?

AS NOSSAS ALIANÇAS | Denver & SydneyOnde histórias criam vida. Descubra agora