Capítulo 25.

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P.O.V KARA ZOR-EL

Dias depois de falar com Iris, me sinto estranhamente menos deprimida. Ainda estou infeliz e com muita raiva de mim mesma, mas não sinto que o céu está desabando. Na maior parte do tempo. Acho que é porque escolhi me permitir sonhar acordada que ter conversado com Iris levará a algo bom para a pequena família que deixei para trás. Que em algum lugar em toda a dor elas encontrarão seus felizes para sempre.

E que não serei um fardo para ninguém. Nunca mais.

Ainda estou no sofá da Cat, mas não estou a caminho de atingir a homeostase completa, pelo menos. Tomei banho (várias vezes, obrigada) e escovei meu cabelo. Até guardei meus moletons de períodos depressivos e optei por uma roupa um pouco menos triste, leggings e uma camiseta grande, que estão limpas, devo acrescentar. Isso é uma vantagem definitiva.

Passei a maior parte do dia trabalhando em tarefas que adquiri o hábito de adiar até o último segundo para permitir mais tempo de choro, e no momento em que estou totalmente envolvida com minhas aulas – a primeira vez em semanas que faço isso antes da noite anterior a minha ida a faculdade – estou me sentindo quase como eu mesma novamente. Quase.

Eu posso ouvir Cat descendo o corredor de seu quarto enquanto eu fecho meu notebook, fechando seu roupão enquanto ela me olha por cima dos óculos.

— Olhe para você — diz ela, parecendo impressionada. — Havia uma mulher de verdade vivendo sob toda aquela fossa.

Reviro os olhos.

— Mais uma vez, estou tão feliz por ter você ao meu lado.

— Eu estou apenas brincando. Estou feliz que você se pareça mais com você. Eu estava começando a considerar chamar um exorcista ou algo assim.

— Sim, todos nós nos divertimos muito com suas piadas assombrosas.

— Disquei para aquele velho número dos Caça-Fantasmas em um momento — ela fala inexpressivamente. — Só encontrei um idiota em Kentucky.

— Não é hora de você se arrumar para o bingo?

— Eu tenho tempo. — Ela se move até a cadeira para se jogar nela, me estudando por cima dos óculos. — Você parece muito melhor. Você acha que aquela mulher ouviu alguma coisa do que você disse?

Eu dou de ombros.

— Não sei. Eu quero pensar que ela ouviu, no entanto. Faz eu me sentir melhor pensando assim.

— Você provavelmente se sentiria ainda melhor se fosse checar por conta própria.

— Não vou ter essa discussão de novo.

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