Capítulo 27.

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Já atualizei a página mil vezes. Parece exagero, mas tem que ser verdade.

Mas meu cérebro não consegue compreender a ideia de que ela apenas... sumiu. Sem deixar vestígios. Eu calculo mentalmente o número de dias entre hoje e  quando eu falei com ela pela última vez – e isso faz meu peito doer, percebendo quantos foram. Todos eles se misturaram neste último mês e com tudo o que aconteceu...

Eu deveria ter dito algo.

Eu poderia ter dito qualquer coisa, qualquer coisa para deixá-la saber que eu não queria dar um bolo nela.

Mas eu não fiz, e agora ela se foi.

E eu nem sei o nome verdadeiro dela.

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1 ANO DEPOIS.

P.O.V LENA LUTHOR

— Para de ficar atualizando — eu rio. — Não vai mudar em cinco segundos.

Kara me lança um olhar da bancada da cozinha, um beicinho adorável em sua boca enquanto ela olha para a tela do notebook novamente.

— Eles disseram que os resultados seriam publicados hoje.

— Certo, mas não temos ideia de exatamente que horas. Você vai enlouquecer checando obsessivamente. — Ela leva o polegar à boca para morder a unha ansiosamente, e dou um tapinha no sofá ao meu lado. — Venha aqui e sente-se comigo.

Ela está se esgotando com os resultados pendentes de sua banca de avaliação; o obstáculo final que ela tem que superar em sua longa jornada de pós-graduação. Eu entendo completamente a ansiedade dela, já que este teste dirá se todo o seu trabalho duro valeu a pena e se ela será uma terapeuta ocupacional totalmente licenciada, mas eu odeio vê-la estressada como ela está. Ela arrasta os pés quando vem da cozinha, e eu agarro seu pulso antes que ela possa passar por mim, puxando-a para o meu colo.

— Vai ficar tudo bem — asseguro-lhe, puxando seu rosto para o meu peito. — Você vai passar.

Ela faz um som frustrado.

— E se eu não passar?

— Então você irá tentar de novo. Não será o fim do mundo. Mas... não importa, já que você definitivamente passará.

— Tenho medo de falhar — ela admite calmamente. — Já recebi tanta ajuda de vocês, e se não puder começar a contribuir logo, então...

— Você não tem que contribuir — eu rio. — Eu não me importo com o que você faz. Contanto que você faça isso aqui comigo.

— Por que isso soa pervertido?

— Eu acho que você está projetando.

Ela zomba.

— Claro que estou.

— Pare de se preocupar ou eu vou ligar para Cat.

Ela geme.

— Não faça isso. Ela virá aqui.

— E?

— Ela vai trazer Fred com ela.

Eu rio.

— Bem, eles estão casados agora.

— Certo. Mas eles são muito grudados. Já se passaram três meses desde o casamento. Eles têm que parar de se beijar o tempo todo em algum momento, certo?

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