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Nunca estive tão nervosa em toda a minha vida.
Estou esperando por esse dia há semanas, desde que decidimos nos encontrar pessoalmente. É ridículo que eu tenha tanto medo de um encontro na minha idade e, no entanto, verifiquei meu cabelo três vezes, mudei de roupa pelo menos cinco.
Minhas mãos coçam para tocá-la e estou desesperada para ouvir sua voz, ouvi-la de verdade. E hoje finalmente posso.
Eu verifico minha aparência mais uma vez no espelho do corredor, pulando quando meu telefone tocando no balcão da cozinha me distrai. Eu franzo a testa quando percebo quem está ligando – não há absolutamente nenhuma razão para a irmã de Helena estar me ligando.
O pavor se instala em meu estômago. Algo pode estar errado com Lori?
Eu atendo a chamada, trazendo-a ao meu ouvido com a respiração suspensa. "Iris?"
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P.O.V LENA LUTHOR
Lori não diz uma palavra durante todo o caminho para casa. Eu disse a ela três vezes desde que saímos que sinto muito por não ter atendido sua ligação; não consigo nem descrever o quanto me sinto um fracasso como mãe sabendo que ela passou horas sozinha sem ninguém para confortá-la. Isso me deixou com um nó no estômago desde o momento em que a vi sentada naquele corredor parecendo mais desolada do que nunca.
Ela também permanece quieta quando chegamos em casa, subindo dois lances de escada em direção ao seu quarto enquanto afirma estar cansada, e eu luto comigo mesmo se devo ou não dar-lhe espaço ou implorar para ela falar comigo. Neste ponto, não tenho ideia se a decisão que eu tomar vai melhorar as coisas, se é que vai melhorar, mas no fim decido que ela já passou bastante tempo sozinha hoje.
Eu a sigo até seu quarto e a ajudo a tirar os sapatos enquanto ela se senta na beira da cama, olhando para mim com olhos distantes. Sento-me ao lado dela depois de ajudá-la a se acomodar sob as cobertas, notando suas olheiras.
— Lori, sinto muito — digo a ela novamente, desejando ter alguma maneira de consertar isso. — Eu deveria estar lá. Eu me sinto horrível por você ter passado por aquilo sozinha.
Lori dá de ombros.
— Tudo bem.
— Não está, Lori — enfatizo, inclinando-me para pressionar minha mão em seu cabelo. — Eu deveria proteger você. É meu trabalho garantir que você nunca se sinta assim, e não fiz um bom trabalho. Vou fazer tudo o que puder para garantir que nunca mais eu erre assim.
— Eu não estou com raiva de você — ela me diz baixinho.
Eu balanço minha cabeça.
— Eu ficaria com raiva de mim, se eu fosse você.
— Eu não estou — ela me garante. — Prometo.
— Mas você não está bem — insisto. — Fale comigo. Deixe eu ajudar.
Ela se aninha em seu travesseiro, fechando os olhos e apertando-os com força enquanto as lágrimas se acumulam lá.
— Cat estava mal — diz ela lamentavelmente. — Eu não sabia o que fazer. Achei que ela fosse morrer.
— Oh, querida. — Eu rastejo cuidadosamente sobre ela, deitando atrás dela em sua cama e puxando-a contra meu peito para segurá-la com força. Ela se vira para enterrar o rosto ali, e eu descanso minha bochecha contra seu cabelo. — Você foi incrível, Lori. Hoje foi assustador. Muito mais assustador do que qualquer coisa que você deveria ter que passar. Mas você foi ótima. Tão ótima. Você salvou a vida de Cat. Você percebe?
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