Prólogo

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Notas do autor:
Um começo tímido para essa nova temporada! É muito bom estar de volta para a fanfic e poder contar essa história que tanto amo. Sinceramente, sou muito grata a todos vocês pelo carinho e apoio nos comentários.
Espero que gostem S2 Voltei para ficar
Ps: comentem! Adoro interagir com vocês.

Música: We will meet again - Frank Sinatra.

    Não fazia muito tempo que o sol havia raiado, e do lado de fora uma névoa densa, quase palpável, espalhava-se pelas ruas de Londres

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    Não fazia muito tempo que o sol havia raiado, e do lado de fora uma névoa densa, quase palpável, espalhava-se pelas ruas de Londres. Na estação de rádio mais popular da cidade, clássicos dos anos 40 ecoavam pelas casas daqueles que acordavam àquela hora, como um despertador. A casa da porta, agora azul, da rua Willoughby, estava vazia se não por dois homens: um que dormia, em paz, sem previsão para acordar, e outro que bebericava sua terceira xícara de chá de ginseng daquela manhã.

Regulus Black aconchegava-se de frente para a lareira, que só havia sido acesa porque tinha a certeza de que ninguém voltaria para a casa pelas próximas muitas horas. Tinha as pernas dobradas em cima do sofá turquesa, aconchegado em sua calça de moletom antiga, enquanto lia um livro que flutuava à sua frente. Aos pés da lareira, bem perto dele, Monstro - o elfo doméstico - desentortava uma prataria antiga que havia trazido de seu antigo lar, no largo Grimmauld. Por mais que isso não fosse explícito, por mais que Monstro não dissesse, ele dificilmente saía de perto de seu mestre com medo de que ele mais uma vez se fosse.

A campainha sonora da casa soou sem que ninguém esperasse. O elfo se levantou, prontamente, mas Regulus o impediu.

- Deixe que eu abra - falou o bruxo, apoiando o livro que antes flutuava, e sua xícara de chá vazia, em cima da mesa de centro - Pode ser o vizinho trouxa. Não queremos que ele se assuste, não é?

Com um estalar de dedos, o Elfo sumiu, e levou consigo a prataria que desentortava. Regulus se levantou e caminhou com os pés descalços até a porta de entrada e, com certa cautela, a abriu.

O homem parado à soleira da porta levantou suas sobrancelhas ao observar o rosto de Regulus. Era alto, tanto quanto um bruxo, de cabelos negros e oleosos nos ombros, nariz de anzol e olhos escuros como túneis; usava um longo casaco marrom-escuro, que encobria sua estrutura ossuda e doentia.

Ele perdeu o ar quando abriram a porta; o mundo inteiro pareceu congelar. O homem, incrédulo, encarou o amigo de longa data diante de si, uma visão que ele nunca pensou que voltaria a testemunhar. O silêncio pesava entre os dois, carregado de memórias não compartilhadas e de um passado que parecia ter sido enterrado.

- Eu não acredito - soou sua voz anasalada, como em choque - Não posso acreditar no que estou vendo. Você deveria estar morto.

O rosto de Regulus se iluminou, e ele deixou que seu sorriso tomasse proporções grandiosas. Ele abriu a porta por completo e deu um passo à frente:

- Mais vivo impossível, meu amigo - seus olhos estavam marejados - Grande, Severo!

A incredulidade no olhar de Severus Snape cedia lugar a uma mistura de choque e nostalgia, enquanto ambos se permitiam processar aquele momento. As gargalhadas começaram a brotar, por mais impossível que isso pudesse parecer, testemunhas incrédulas do peso das quase duas décadas que passaram separados. E naquele instante, em meio ao turbilhão de emoções, o abraço que se seguiu não era apenas um gesto de saudade, mas também de renascimento de uma amizade que resistira ao tempo e às adversidades da vida.

O Enigma do Protetor - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora