Roier o olha confuso.
— Uma carta? – o maior concorda com a cabeça.
— Sim, nessa carta dizia... ah, na real eu to com ela aqui – ele tira a carta do bolso do moletom e entrega para roier.
"Mãe bagi, eu to indo salvar os pais daquela porra de prisão >:D, então não se preocupe comigo, eu vou voltar com eles!"
A cada palavra que roier lia o mesmo tinha uma expressão diferente, quando ele termina de ler ele olha para o loiro, e a única coisa que o menor conseguiu fazer foi puxa-ló para um abraço.
Cell ficou meio sem reação ao receber aquele abraço, foi como se ele... precisasse daquilo?
— Vão conseguir encontrar ele... eu tenho certeza – roier sussurrou.
— Eu sei.
O loiro sai do abraço, mesmo não querendo, aquilo fez o sentir em casa, roier era sua casa, seu abrigo para se esconder da chuva de facas que o perfuravam profundamente a cada segundo.
Roier inclina a mão até a de cellbit e faz um leve carinho.
— Como foi ver ela depois de tanto tempo?
Cell da um sorriso triste.
— Foi estranho, quando eu olhei nos olhos dela eu senti um buraco negro dentro de mim, um vazio enorme, quando eu olhei pra ela eu revivi tudo denovo, e isso me dava uma ansiedade do caralho, e ao mesmo tempo raiva, parecia que meu coração ia rasgar meu peito e sair andando.
Ele faz uma pausa e respira fundo.
— Ouvir a voz dela chamando meu nome foi como uma poesia, uma poesia que ao mesmo tempo que eu queria escutar, eu não queria escutar, olhar minha própria irmã e sentir que ta olhando pra uma desconhecida é um sentimento extremamente ruim... você não tem ideia.
Roier olhava atenciosamente para cell, olhando diretamente para ele. O moreno da um sorriso, feliz por cellbit ter se aperto com ele, mesmo falando pouco, a única coisa que o mesmo queria era agarrar o loiro e fugir com ele pra longe daquele inferno, pra longe daquela bagunça.
— Seus olhos brilham quando você fala dela.
Cellbit revira os olhos.
— Não exagera também.
Roier ri e puxa o loiro pela cintura, acolhendo ele em um abraço igual a um gatinho, cell coloca seus braços ao redor da cintura de roier e encosta a cabeça no peito do mesmo, soltando um suspiro de alívio.
Cellbit olha para cima e vê o rosto gentil de roier, que havia um sorriso, um sorriso que o derretia em mil formas diferentes, ele nunca tinha olhado para o mesmo de tão perto, que até percebeu uma coisa que nunca havia notado, os lindos olhos castanhos de roier, um castanho avermelhado. Vermelho vibrante.
Ao ver aqueles olhos o encarando ele automaticamente avançou nos lábios do moreno, deixando o mesmo até surpreso, porém não negou de se afundar naquele beijo intenso.
Como ele conseguia ter um beijo tão quente sendo que o toque dele é tão frio?
O moreno da um mordida no lábio de cellbit, fazendo o felino soltar um gemido, o mesmo sai do beijo. Ele encara roier com raiva, roier olhava pra ele com um sorriso travesso nos lábios.
— Vai se fuder seu otario – ele da um empurrão em roier e tenta sair de perto, mas o mesmo impede.
— Vamo junto? – roier se inclina na direção de cellbit.
A boca de cellbit estava saindo um pouco de sangue por conta da mordida.
— Desde quando seus dentes são afiados? Puta que pariu... – ele dizia enquanto passava a mão na boca.
— Um beijinho pra sarar mais rápido?
— Vai ter que dar muito mais que um beijo, pendejo.
Cellbit puxa roier pelo colarinho, ele não faz nada, apenas olha diretamente nos olhos de roier, como se ele estivesse secando toda a alma do mesmo. Roier não desviou o olhar, apenas encarou de volta com o clássico sorriso de canto, mas olhar naqueles olhos de oceano lhe dava um frio na barriga, era quase insuportável olhar para o loiro sem avançar nos lábios do mesmo.
O felino revira os olhos e coloca os braços ao redor do pescoço de roier, o abraçando calorosamente.
— Valeu... – cell sussurra.
Roier coloca as mãos na cintura de cellbit.
— Não precisa agradecer gatinho – roier também sussurra, causando um arrepio no híbrido.
Ao sentir a voz suave e ao mesmo tempo um pouco rouca muito próxima de seu ouvido cell arrepia, arrepiando ambos sua pele e sua calda, como se ele tivesse levado um choque.
O mexicano percebeu a calda de cellbit se arrepiando, ele ri, e para provocar mais um pouco ele aperta a cintura do maior, que soltou um suspiro de surpresa, que quase soou como um gemido ao sentir a pressão em sua cintura.
Roier ri novamente ao ouvir cell o suspiro de cellbit, que soou quase um gemido, cellbit solta o pescoço do moreno e o encara com uma cara séria, que para roier era umas das coisas mais engraçadas.
— Idiota.
— Sé que te gustó.
— Seu-
Cell é cortado com os lábios de roier colado nos seus, ao sentir o calor da boca do mexicano sob a sua ele literalmente derreteu.
A sensação era inexplicável e única, uma mistura de sentimentos, roier tinha um beijo único, e cellbit tinha que se sentir lisonjeado por recebê-lo, na verdade ambos.
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amor entre celas - guapoduo
Fanfictionnovos prisioneiros em Alcatraz, oque poderia dar errado? (final em aberto) tenha uma boa leitura!