02 - Floresta Proibida

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Conforme os dias se transformavam em semanas, nossas aulas pelos cantos de Hogwarts se tornaram mais frequentes e audaciosas. Pansy, Astoria e eu formávamos agora como um trio inseparável, cada uma trazendo suas habilidades únicas para nossa pequena sociedade de curiosas. Harry tinha fugido com frequência na última semana, Pancy vivia questionando o por que disso, enquanto eu, apenas ficava quieta com esses assuntos

- O que vocês acham da Floresta Proibida? - Astoria sugeriu, apontando para um mapa do terreno de Hogwarts. - Há rumores de que existem lugares lá que nem os professores conhecem completamente. E se Harry estiver lá? Iremos ganhar o mérito, não?

- Exato - Pansy confirmou com um aceno. - Imagine só a sonserina ganhando pontos por termos encontrado Harry lá. - eu apenas suspirei com aquilo, de alguma forma, era cansativo a insistência de Pancy em Harry algumas vezes.

- É arriscado, mas pode valer a pena. Quem sabe o que podemos encontrar lá? - Astoria disse, Pansy franziu a testa, considerando. Olhei para ambas, sentindo uma onda de medo.

- Se vamos fazer isso, precisamos estar preparadas para qualquer coisa. A Floresta Proibida não é um lugar para se entrar sem preparo. E se descobrirem, já podem arrumar as malas para a expulsão desse ano.

- Então é isso - Pansy disse, determinação em sua voz. - Vamos preparar um plano, e uma armadilha para pegar Harry na Floresta Proibida. - Astoria assentiu, um brilho de aventura em seus olhos. E eu, tentando mascarar meu crescente terror, eu estava com medo, não irei mentir, mas precisava fingir coragem.

[ ... ]

Ao adentrarmos a floresta, a escuridão nos engoliu, apagando a linha entre a realidade e os pesadelos. Sons indescritíveis enchiam o ar, enquanto figuras fugidias se moviam na periferia de nossa visão, desvanecendo sempre que tentávamos focá-las.

- Isso vai ser divertido - falou pansy enquanto caminhavamos para dentro da flores.

- Eu gostaria de ver a cara do Potter quando ele aparecer e for chamado na detenção, e nós três ganhando por dedurar aquele sangue ruim pra minerva - Elas continuavam conversando enquando eu observava a floresta ao redor, era tão silencioso, se eu pudesse sair correndo a hora era agora, por que eu aceitei participar disso mesmo?

- G-Gente - Pany olhou para o lado, e o medo se instalou rapidamente, uma presença tangível que nos olhava, sussurrando algo que não dava para ouvir. Pansy e Astoria, cada vez mais pálidas e silenciosas, seguravam suas varinhas com um desespero crescente.

Então, sem aviso, um rugido cortou o silêncio, enquanto encaravamos aquela figura um som tão aterrador que parecia capaz de congelar nosso sangue. Foi o estopim. Pansy e Astoria, tomadas pelo pânico, viraram-se e correram, desaparecendo entre as árvores antes que eu pudesse reagir.

Sozinha, a escuridão eu olhei de volta na direção aonde a figura estava, e ele tinha desaparecido, meu coração batia tão forte que temia ser ouvida por qualquer coisa que se escondesse na floresta. A sensação de abandono era avassaladora.

Perdida, cercada pela escuridão pulsante e pelo coro incessante de ruídos desconhecidos, a realidade da minha situação começou a se assentar. A Floresta Proibida, com seus segredos e terrores, tinha sido demais para nós, mas agora era apenas eu contra ela. Cada sombra parecia se mover com intenção, cada sussurro do vento carregava ameaças veladas.

Eu estava sozinha, completamente sozinha, em um lugar que não perdoava a fraqueza nem a solidão. O medo, agora meu único companheiro, sussurrava que talvez eu nunca encontrasse o caminho de volta, que a floresta me reclamaria como sua. E naquela noite, sob a cobertura implacável das árvores da Floresta Proibida, a esperança parecia tão distante quanto as estrelas ocultas pelo dossel acima.

A Marca Negra - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora