10 - Ataque

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Enquanto os meninos tomavam suas posições para a corrida, a atmosfera estava eletrizada com antecipação. Draco Malfoy se destacava, irradiando uma confiança inabalável. Eu, Ginny e Hermione observávamos ansiosas, compartilhando a excitação do momento.

Mas a competição amigável rapidamente se transformou em um cenário de horror. Assim que a corrida começou, um feitiço malicioso atingiu a vassoura de Draco, fazendo-a perder o controle e girar violentamente.

- Draco! - gritei, minha voz se perdendo em meio ao coro de gritos chocados dos outros estudantes.

O pânico se instalou quando Draco caiu desacordado, e o caos se espalhou pelo campo. Agindo por impulso, comecei a correr em direção ao local do acidente, determinada a ajudar. Mas antes que pudesse chegar muito longe, fui abruptamente puxada para o alto.

- O que você está fazendo?! - exclamei, percebendo que Theodore tinha me agarrado e me levantado em sua vassoura.

Theodore olhou para mim, seu rosto tenso, a voz saiu mais alta e ríspida do que o habitual.

- Você está louca, Anya?! É perigoso lá embaixo!

- Mas o Draco precisa de ajuda! - Minha voz estava trêmula, a imagem de Draco caindo não saía da minha cabeça.

- Os professores estão cuidando disso! - Ele praticamente rosnou, claramente nervoso, o que não era típico dele. - Não vou te deixar se machucar por imprudência.

Olhei desesperadamente para trás, tentando ver o que estava acontecendo no campo. Professores corriam em direção a Draco, que estava imóvel. Sabia que Theodore estava certo, mas era difícil aceitar.

- Por favor, Theodore, temos que fazer alguma coisa! - implorei, minha voz quebrada pela emoção.

- Anya, chega! - Sua resposta foi abrupta, a preocupação evidente em seu tom. - Não posso permitir que você se coloque em risco. Não aqui, não agora.

Apesar de cada parte de mim querer resistir, lutar contra ele e voltar, eu sabia no fundo que ele estava fazendo o que achava ser melhor para nós dois. Com lágrimas borbulhando nos olhos, finalmente assenti, permitindo que ele me levasse para longe da cena.

Conforme nos afastávamos, meus sentimentos estavam em conflito. Estava grata por Theodore estar lá para me puxar de volta, mas frustrada por não poder ajudar Draco. Aprendi que, em Hogwarts, as lições mais difíceis às vezes vêm nos momentos mais inesperados, ensinando-nos sobre o valor da precaução e a importância de tomar decisões difíceis, mesmo quando tudo em nós quer correr na direção oposta.

Assim que pousamos na Torre de Astronomia, longe do caos do campo de vassouras, a tensão entre Theodore e eu estava prestes a explodir. Eu mal conseguia conter a agitação, a preocupação por Draco consumindo cada pensamento. Sem hesitar, virei-me para Theodore, pronta para confrontá-lo.

- Por que você fez isso? Por que me tirou de lá? - Minha voz estava carregada de acusação, exigindo uma explicação.

Theodore, no entanto, não demonstrava a compaixão que eu esperava. Em vez disso, sua postura era rígida, a expressão, fria.

- Porque não sou idiota, Anya. Entrar naquele caos só teria piorado as coisas. Você precisa entender isso. - Sua indiferença só inflamou mais minha frustração.

- E deixar o Draco lá, possivelmente machucado ou pior, é melhor? Como você pode ser tão insensível? - A raiva que vinha tentando conter finalmente estourou. Theodore me encarou, sua voz elevada, tingida de irritação.

- Insensível? Estou tentando ser o único sensato aqui! Você se jogando naquela confusão não teria ajudado o Draco. Teria apenas colocado mais uma pessoa em risco. Isso é o que você quer? - Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

A Marca Negra - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora