11 - Mortos de volta a vida

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O momento em que a porta da Sala Precisa se abriu, revelando Regulus Black ao lado do professor Lupin, pareceu suspender o tempo. Meus olhos, assim como os de todos ao redor, arregalaram-se em choque total. Até então, tínhamos todos aceitado a dura realidade de que Regulus havia morrido no ano passado, uma perda que sentíamos profundamente.

- Vocês parecem ter visto um fantasma - Regulus disse, seu sorriso leve contrastando fortemente com a expressão de pura incredulidade que devia estar estampada no meu rosto.

Sem conseguir conter a mistura de alívio, alegria e confusão que me inundou, corri até ele, envolvendo-o em um abraço apertado enquanto as lágrimas começavam a correr livremente pelo meu rosto.

- Como você está vivo? - Eu mal conseguia articular as palavras, minha voz abafada contra o tecido da sua roupa.

Ele me abraçou de volta, com um conforto que só alguém que havia retornado do impossível poderia oferecer.

- Lupin me ajudou - ele revelou, com um sorriso agora direcionado ao professor ao seu lado. - Ele cuidou de mim, escondeu-me e me ajudou a recuperar. Foi uma longa jornada, mas estou aqui agora."

A sala, que antes estava repleta de tensão e foco, se transformou em um espaço de alívio e renovação da esperança. O professor Lupin, com sua presença tranquilizadora, complementou a explicação de Regulus, assegurando-nos de que, mesmo nas horas mais sombrias, a esperança nunca deve ser perdida e que sempre há uma maneira de combater a escuridão.

A revelação de que Regulus estava vivo não apenas abalou meu mundo de forma maravilhosa, mas também reacendeu a chama da determinação em meu coração. A sala se encheu de vozes, perguntas sendo feitas, expressões de alegria e surpresa sendo compartilhadas. Todos nós, de repente, estávamos mais unidos, nossa determinação fortalecida pela prova viva de que, contra todas as probabilidades, a esperança e a resistência são possíveis.

O reencontro foi interrompido pela voz de Pansy, trazendo-nos de volta à realidade com um tom pragmático.

- Não quero estragar o momento, mas temos ataques acontecendo, - ela lembrou, sua expressão séria cortando a atmosfera de alívio e felicidade.

O professor Lupin, mantendo sua compostura calma e autoritária, assentiu em concordância.

- Pansy tem razão- ele disse, atraindo a atenção de todos na sala. - É crucial que continuemos a agir com normalidade. Não podemos deixar que o medo ou a agitação tomem conta de nós.

Ele pausou, olhando ao redor da sala com um olhar que parecia abraçar cada um de nós individualmente.

- Mas quero que todos saibam que não é apenas a Armada de Dumbledore que está pronta para lutar. Toda Hogwarts está com vocês. Estamos juntos nisso, e juntos somos fortes. - A forma como Lupin falou, com tal convicção e serenidade, infundiu em mim uma sensação de unidade e propósito.

Apesar da gravidade da situação, a presença dele e de Regulus entre nós serviu como um lembrete tangível de que não estávamos sozinhos. Não era apenas a Armada que estava se preparando para defender Hogwarts, era toda a comunidade escolar, pronta para se unir e proteger uns aos outros contra as forças que buscavam nos dividir.

Após um momento de silêncio coletivo, Hermione foi a primeira a quebrar o gelo.

- Então, o que devemos fazer a seguir? - perguntou, sempre prática. Sua voz trouxe todos de volta à realidade da situação e à necessidade de ação.

- Primeiro, precisamos manter a vigilância e informar qualquer atividade suspeita,- respondeu Lupin, assumindo o papel de líder. - Mas sem alarmismo. Queremos manter a calma e a ordem dentro da escola.

A Marca Negra - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora