36 - Era Grindelwald

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Chegamos ao terceiro andar, a atmosfera mudando conforme nos aproximávamos do antigo quarto do meu pai. O corredor estava silencioso, as portas fechadas e empoeiradas, como se guardassem segredos há muito esquecidos.

- Então, é aqui que a mágica acontece - comentou Mattheo, fazendo uma reverência exagerada para a porta do quarto de meu pai.

- Literalmente, - acrescentei, sentindo um arrepio percorrer minha espinha. Abri a porta devagar, revelando um quarto antigo e bem preservado, com móveis de época e uma camada fina de poeira cobrindo tudo.

- Vamos procurar por qualquer coisa que pareça relevante, - instruiu Theodore, sempre prático. - Livros, papéis, qualquer coisa que possa nos dar mais informações.

Enquanto todos começavam a vasculhar o quarto, Pansy puxou um livro pesado de uma estante, soltando um pequeno espirro com a nuvem de poeira que se levantou.

- Achei que a casa de vocês fosse limpa com mágica, - ela comentou, meio rindo.

- Nem toda mágica pode evitar a poeira, - respondi, abrindo uma gaveta e encontrando alguns papéis amarelados. Astoria, investigando um velho baú no canto, lançou um olhar para Draco.

- Viu alguma coisa interessante aí, Draco? Ou está só fingindo que está ajudando? - ela perguntou.

- Estou apenas garantindo que você não encontre algo perigoso sozinha, Astoria. Alguém precisa cuidar dos imprudentes. - Draco fez uma careta enquanto respondia, mas não conseguiu esconder um leve sorriso.

- Imprudente é o seu sobrenome, - retrucou ela, revirando os olhos. Lorenzo, que estava observando um mapa antigo pendurado na parede, olhou para trás e riu.

- Vocês dois são como um casal de velhos brigando. - Ele falou.

Enquanto todos riam e continuavam a buscar pistas, Mattheo se aproximou de um grande armário antigo.

- Vamos ver o que temos aqui, - disse ele, abrindo as portas com um floreio dramático. Dentro, havia uma coleção de objetos antigos e, no fundo, uma caixa trancada.

- Olha só o que temos aqui, - disse ele, o sarcasmo presente em cada palavra. - Uma caixa misteriosa. Isso deve ser bom.

- Podemos abrir? - Pansy perguntou, se aproximando. Theodore pegou sua varinha e murmurou um feitiço de abertura. A caixa se abriu com um clique suave, revelando uma série de documentos e um diário. Meu coração disparou ao ver o diário, imaginando o que ele poderia conter sobre o plano de meu pai.

- Esses papéis podem ser importantes, - disse Theodore, examinando os documentos. Pansy se aproximou e pegou o diário, folheando rapidamente as páginas.

- Isso parece ser o diário do seu pai, Anya. Pode ter todas as respostas que estamos procurando.

- Vamos examinar tudo isso aqui mesmo, - sugeri, sentindo uma mistura de nervosismo e excitação. - Pode ser a chave para entender o que está acontecendo e como podemos parar meu pai.

Com todos concordando, sentamo-nos no chão em um círculo, espalhando os documentos e o diário entre nós. Cada um de nós pegou algo para ler, mergulhando nas palavras escritas há tanto tempo.

- Sempre quis passar meu fim de semana lendo os delírios de um psicopata. - Mattheo falou e deu um longo suspiro, enquanto Draco revirou os olhos, mas não conseguiu esconder um sorriso.

- Pelo menos estamos fazendo algo. - Ele disse, e Astoria lançou um olhar para Pansy.

- Vamos ver o que mais encontramos aqui. - Ela disse enquanto todos começavam a ler e examinar os documentos, um silêncio tenso tomou conta do quarto. Sabíamos que estávamos à beira de descobrir segredos que poderiam mudar tudo.

A Marca Negra - Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora