O plano de Nathan.

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Sophie entrou na sua casa e caminhou até a área externa onde encontrou seus dois familiares e seu professor de história, ela bufou.

— parece que alguém está com um péssimo humor. — o pai da garota falou e ela deu de ombros.

— eu preciso conversar com vocês. — a garota falou sem humor.

— pode falar! Nathan não é fofoqueiro. — Spencer sorriu.

— ótimo. — a ruiva revirou os olhos e encarou o mesmo que sorriu. — eu não consigo me controlar, ontem eu estava com Dua e quase mordi a mesma, eu estou sentindo uma necessidade fora do comum pelo sangue dela.

— você precisa treinar seus instintos. — Nathan se pronunciou.

— eu não sou da sua alcateia, fique na sua! — Sophie rebateu.

— ele tem razão, Sophie... você precisa treinar isso ou irá machucá-la. — o pai da garota falou.

(...)

Sophie acordou cedo no domingo, ela iria passar o dia treinando seus "instintos" com Spencer. A garota desceu até a cozinha e avistou Spencer e Nathan.

— ele vai nos ajudar. — Spencer se pronunciou rapidamente e ela bufou.

— ótimo, só vou tomar café. — a garota caminhou até o frigobar mas foi impedida pelo o homem. — se o seu cachorrinho não sair da minha frente eu vou chuta-lo, Spencer.

— você não vai tomar sangue. — o homem foi breve.

— eu te fiz um sanduíche. — Spencer empurrou o prato em direção a mesma.

— eu não me alimento faz dois dias! — a garota bufou.

— ótimo, sua sede de sangue deve estar enorme! — o homem sorriu. — espero vocês no carro.

(...)

Os três caminhavam pela floresta, Sophie não falava absolutamente nada, ela odiava Nathan.

— então? — a ruiva se pronunciou quando eles pararam.

— vamos te amarrar nessa árvore, você vai ficar presa aqui até quarta. — Nathan falou e abriu a mochila pegando as correntes de ferro.

— o que ? vocês tem problema? — Sophie bufou.

— você precisa de uma desintoxicação. — Spencer empurrou a garota na árvore e passou o pano preto na sua barriga em duas camadas.

— O que ele ta fazendo? — a garota chamou a atenção de Spencer, Nathan banhava as correntes em extrato de pilriterio.

— se você tentar quebrar as correntes, vai se machucar! — Nathan sorriu e Spencer deu espaço para o lobo que acorrentou Sophie com força.

— isso não vai me ajudar! e se alguém aparecer? — Sophie bufou.

— eu tenho um bunker próximo daqui, ninguém nunca vem aqui e aquela câmera nos ajudará a ficar de olho em você. — o homem apontou para a pequena câmera camuflada nas folhas de uma árvore.

— tchau, Soph! — Spencer sorriu para ela e os homens saíram de lá.

— malditos! — a ruiva gritou.

(...)

Sophie passou a primeira noite completamente irritada, ela xingava os homens de todas as palavras possíveis, qualquer animal que passasse perto da mesma ela tentava espantar para longe. Seu organismo começou a sentir falta de sangue no segundo dia, ela cantarolava músicas para tentar se distrair. No terceiro dia ela sentiu a desidratação, seus lábios já estavam secos e pálidos. Sua cabeça doía. A garota acordou na quarta de manhã com a claridade incomodando a mesma, quando abriu seus olhos avistou Nathan, a garota ouvia seu coração bater, bombeando sangue para as suas veias.

— Hey, Sophie! espero que não guarde mágoas de mim. — ele sorriu para ela.

— vai a merda! — ela murmurou. — eu preciso me alimentar!

— você sabe que aguenta muito mais que isso, Sophie. — o homem pegou o pequeno frasco com o líquido vermelho, os olhos dela brilharam. — é isso que você quer?

— Nathan... — o homem se aproximou e abriu o frasco passando perto do nariz da mesma, Sophie tentou estourar as correntes mas estava fraca. — merda!

— sabe, Dua foi muito caridosa em doar seu sangue. — os olhos dela queimaram. — você quer tanto isso né? não se importa de ser o sangue dela?

— tira isso daqui! — ela implorou, Nathan jogou o frasco na árvore ao lado de Sophie, aquele cheiro estava deixando ela louca.

— bom, ja que você não quer, eu vou embora! — o homem sorriu se afastando. — até logo, Sophie!

— eu te odeio. — a ruiva murmurou.

(...)

— Soph? — a garota escutou alguém chamando sua voz e abriu seus olhos com dificuldade vendo Dua.

— Dua... eu... — a morena se aproximou. — não, eu posso machucar você. — Sophie implorou.

— você não vai, Soph... eu confio em você. — Dua acariciou a bochecha da mesma levemente, os olhas da mesma se fecharam. — Nathan deixou eu te soltar.

— não faça isso, eu vou machucar você. — se desesperou.

— você não vai. — a morena caminhou até os cadeados e destrancou os mesmos.

— Dua... — a garota tirou as correntes e se aproximou de Sophie. — sai daqui!

— você não vai me machucar. — a morena pegou a pequena lâmina no seu bolso e cortou a palma de sua mão.

Os olhos de Sophie se arregalaram inalando o cheiro. A ruiva se jogou no chão.

— saia daqui agora! — ela gritou, Dua não obedeceu.

— olhe pra mim! — a morena pediu, os olhos de Sophie estavam vermelhos, suas presas amostras. — eu não tenho medo de você.

— Dua! — A voz do gêmeo foi escutada e Sophie olhou para ele desesperada.

— tire ela daqui, por favor! — a ruiva pediu e o menino jogou a mochila com algumas bolsas de sangue.

— vamos! — o garoto puxou a morena.

— mas e ela? — Dua perguntou preocupada.

— ela sabe o caminho de volta.

THE BLOODSUCKER || Dua Lipa.Onde histórias criam vida. Descubra agora