Cap. 2: Carona

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_Sergipe_

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   Oii! Você já devem me conhecer, eu sou Sergipe, alguns me chamam de Gipe ou Gipinho, então podem me chamar assim se preferirem.

   O RS já deve ter explicado que estamos em final de mês, ou seja, reunião no distrito federal.

   O que posso dizer sobre isso? Que eu estou hiper mega atrasado! Eu acabei perdendo a hora, e a Bahia e o Pernambuco me deixaram pra trás! Meu deus o que eu vou fazer?!

   Envio uma mensagem no grupo do nordeste, torcendo para que pelo menos um dos estados nordestinos ainda não tivessem saído. Largo o celular na cama e comecei a andar desesperado pelo quarto. Ouço uma notificação e corro até o celular, escorregando no meio do caminho e caindo, mas não dei importância e apenas peguei o celular, vendo uma mensagem do potiguar.

📱:

Nordestinos

Você: alguém ainda não saiu???? Preciso de carona!

Potiguar 🏝️🐫: eu te dou carona Gipinho, daqui a pouco passo aí


   Suspirei aliviado. Ia agradecer muito ao potiguar depois.

   Peguei minhas coisas, que se basearam em uma mochila e uma bolsa de carteiro, onde normalmente coloco meus documentos de trabalho e anotações que irei precisar nas reuniões.

   Me sento no sofá da sala e começo a brincar com Serginho, meu caranguejo de estimação, queria poder levá-lo comigo, mas ele não gosta de viajar. Então iria deixar ele na casa da minha avó, que ficava no caminho, então acho que o potiguar não iria se importar em dar uma paradinha rápida.

   Depois de alguns minutos, ouvi uma buzina na frente de casa. Abri levemente a cortina e vi que era Rio grande do Norte em seu carro. Fechei novamente a cortina e juntei minhas coisas, junto de uma pequena malinha que eram as coisas do Serginho. Coloquei o caranguejo no ombro e sai de casa, tranco a porta e vou até o carro. Rio grande do Norte aperta um botão e o porta malas se abre, vou até lá e coloca a mochila e a bolsa de carteiro. Fecho o porta malas e caminho até a porta do carro, abro e entro, ficando ao lado do potiguar, que estava usando suas mesmas roupas de sempre, regata branca, bermuda jeans, suas sandálias de jesus, e óbvio, sua bandana, algo que não poderia faltar de forma alguma.

-Oi potiguar! - Digo com um sorriso no rosto, logo tirando Serginho do meu ombro e o colocando no colo.

-Oi Gipinho, como você tá? - Ele diz com um sorriso gentil no rosto.

-Eu tô bem, e você? - Assim que respondo, coloco meu cinto e volto a olhar o moreno ao meu lado.

-Eu tô bem - Ele responde, e quando percebe que eu me acomodei, finalmente dá partida no carro.

-Se importa se a gente der uma passadinha na minha vó? Preciso largar o Serginho lá, juro que vai ser rápido - Olho para a estrada.

-Claro, rua ribeiro número 246 né? - Ele pergunta sem tirar os olhos do trânsito.

-Isso - Digo um pouco confuso e logo decido perguntar - Como sabe onde minha vó mora?

-Você me levou lá ano passado Gipinho, teve reunião na sua casa e eu fiquei pra te ajudar a limpar as coisa - Ele diz e não demora para continuar - Você tava sem rodo então fomos até a sua vó buscar um.

O amor está no arOnde histórias criam vida. Descubra agora