Cap. 6: Ódio ou paixão?

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_São Paulo_

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Não me surpreendo. Os estados começaram a fazer uma festa para comemorar a descoberta do não tão surpreendente, namorado do chefe Brasil. Ah, o Argentina até é legal vai, e o chefe sempre pareceu gostar do loiro aguado, como Paraná chama.

Brasileiros sempre usam de qualquer coisinha para fazer festa. E dessa vez não seria diferente.

Estava sentado bebendo um drink no barzinho que temos na empresa. Enquanto encarava os estados na pista de dança.

Logo um desses estados saiu de lá, vindo até mim e passando um braço ao redor do meu ombro.

-Oh, tchutchuca, não vai dançar não? - Pergunta o carioca.

-Não estou com vontade, obrigado - Digo seco e tiro seu braço do meu ombro.

Maldito carioca bêbado. Odeio quando ele fica assim. Rio de janeiro dá encima de mim descaradamente. E no dia seguinte quando os estados questionam ele diz que não lembra de nada e que foi tudo paranóia deles.

-Que isso boneca, fala assim não - Ele diz sorrindo de canto enquanto encara meu rosto.

-Rio, saí, você tá bêbado, odeio quando fica assim - Digo dando um passo me afastando do carioca.

-Eu num tô bêbado naum - Diz logo dando um leve arroto preso.

Reviro os olhos e tento sair de lá, mas antes o mesmo segura meu braço e me puxa, me prendendo em seus braços.

-Shhh tchutchuca... ninguém vai ver não - Diz passando um dedo no meu lábio.

-Rio, eu tô falando sério. Saí - Digo tentando me afastar dele, sem sucesso.

-Que isso boneca, pode conf- - Rio para por alguns segundos - Merda.

Ele sai correndo pra fora do salão. Suspiro já sabendo do que se tratava. Vou atrás dele e vejo o mesmo no banheiro ajoelhado em frente ao vaso vomitando.

-Eu sabia, você bebeu demais - Me aproximo dele e seguro seus dreads, tentando dar alguma ajuda.

Depois de um tempo, o mesmo se recompõe e vai até a pia, lavando a boca.

-Vem, vou te levar pro seu quarto, sem mais bebida por hoje - Ajudo ele a ir até o elevador. Logo aperto o botão do andar dos quartos.

Chegamos lá e guio o mesmo até seu quarto, ao lado do meu.

-Qualquer coisa, só me chamar viu, eu tô aqui do lado.

Caminho até a porta, mas sinto ele segurar meu pulso, o que me faz olhar diretamente para ele.

-Paulo, obrigado - Ele diz com um sorriso leve.

-De nada, Ricardo - Sorrio levemente e saio do quarto, fecho a porta e vou até meu quarto.

Assim que entro no quarto, vou direto para o banheiro e lavo o rosto uma, duas, três vezes.

O amor está no arOnde histórias criam vida. Descubra agora