_Rio de janeiro_
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Depois de beber mais um copo inteiro de caipirinha, decidi que realmente precisava de um ar, então me afastei dos outros e fui em direção a porta, saindo para a área externa do resort. Tinham poucas pessoas ali, a maioria ou estava se pegando ou estava vomitando.
Por mais que não parecesse, eu estava um pouco sóbrio, tipo, tenho consciência tá ligado.
Caminhei por mais um tempo na calçada, até ver em um banco São Paulo, ele estava de costas mas mesmo assim eu reconhecia ele.
Ia chegar provocando o moreno, até ouvi-lo fungar, quando percebi que ele estava chorando, me aproximei rapidamente. O moreno não havia percebido minha presença já que escondia o rosto nas próprias pernas enquanto chorava. Uma onda forte de compaixão caiu em mim naquele momento.
Toco o ombro do moreno que logo levanta a cabeça e olha pra mim. Afastei o cabelo de seu rosto, vendo mais lágrimas escorrendo. Não proferi uma palavra, eu sabia que não precisava, meu rosto preocupado dizia e ao mesmo tempo acolhedor dizia tudo.
Me sentei no banco e abri os braços. O paulista não demorou a me abraçar e se aconchegar no meu peito. Apenas abraço ele e o puxo para mais perto.
Fiquei ali parado olhando o céu por longos minutos, sem dizer uma palavra, nada, apenas deixei que Sandro chorasse e me abraçasse o quanto quisesse.
Depois de mais alguns minutos, ouço finalmente sua respiração se acalmar.
Ele se afasta um pouco, ainda no meu abraço e me olha nos olhos, seu rosto estava úmido, e seus olhos vermelhos e inchados.
-O-obrigado... - Ele diz baixo, mas foi de uma altura suficiente para eu conseguir ouvir.
-Tá tudo bem - Toco seu rosto e acaricio sua bochecha.
O moreno se aconchegou novamente nos meus braços, deitando sua cabeça no meu ombro e ficando ali por um tempo enquanto minha mão, agora acariciava suas costas.
-Quer conversar? Sei que não sou a sua pessoa favorita no mundo mas...eu tô aqui - Digo calmamente, um tom suave na voz, não queria fazer Sandro chorar denovo - Você sabe que eu sempre tô aqui, eu sempre tô aqui pra você quando precisar, paulista.
Sandro se mexeu um pouco, indo com o rosto mais para frente, tocando o nariz no meu pescoço.
-Eu gosto de alguém, mas essa pessoa não dá a mínima pra mim - Ele diz em um tom de voz um tanto mais alto do que antes, ainda era baixo, mas não era um sussurro.
Fiquei surpreso com a declaração, o paulista gosta de alguém? Isso me surpreende de certa forma.
Por algum motivo senti um leve aperto no peito, mas decidi ignorar.
-E quem é? - Pergunto parando de acariciar as costas do mesmo.
Sandro se afasta novamente, ele passa as mãos no cabelo e suspira.
-Essa pessoa me odeia, e ele prefere mulheres - Ele diz arrumando a franja para voltar a cobrir seu olho.
Processo a informação por alguns segundos, até arquear a sobrancelha e olhar o moreno.
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O amor está no ar
FanfictionUma história sobre os estados brasileiros, como serão as experiências deles em um mundo repleto de amor e paixão? Será que todos vão achar o que procuram? ou alguns terão seu coração partido? é uma boa pergunta. inspirado no universo das artes da @...