Cap. 12: Declaração de bêbado

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_Rio grande do Norte_

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A festa estava rolando solta. Países e Estados se divertindo e conversando entre si, isso que ainda nem havia chego o aniversário do chefe Brasil ainda.

Eram 23:00 e a maioria das pessoas daquela festa já estavam levemente bêbados, o que não surpreende ninguém.

Rio de janeiro, Ceará, Paraíba, Santa Catarina, Brasil, Colômbia e França faziam uma competição de virar shots.

Eu até poderia estar no meio daqueles bêbados, mas estava concentrado em admirar meu loirinho que estava sentado na banqueta do bar, completamente deslumbrante em uma regata branca com estampa de ondas, uma bermuda jeans e um tênis branco. Seu cabelo estava muito bem alinhado, e nossa, seus braços expostos por conta da regata mostravam seu porte físico de um surfista profissional, o que ele de fato era. O jovem estava tão concentrado conversando e bebendo com Maranhão que nem deve ter notado o tanto que suas costas queimaram por conta do meu olhar.

Eu estava com o cotovelo apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão, eu tinha um sorriso bobo no rosto enquanto encarava de longe o loiro. Até que sinto uma mão tocar meu ombro.

Me viro, finalmente saindo do transe, e dou de cara com meu irmão, suas bochechas estavam levemente, levemente mesmo, coradas por conta da bebida, Roberto não se embebeda fácil.

-Tenta disfarçar pelo menos - Ele diz puxando uma cadeira e sentando ao meu lado.

-Como assim? - Pergunto confuso.

-Qual é tchê, você tá babando olhando pro surfista - Ele diz antes de dar um gole em seu copo, que eu tenho quase certeza estar cheio com chopp.

Sinto meu rosto corar levemente. Desvio o olhar do homem e volto a olhar para Sérgio.

-De que adianta, ele olharia para todos menos para mim - Digo levemente cabisbaixo.

-Se você não tivesse essa sua fama de galinha - Ele responde analisando com cuidado meu rosto - Ou, olha pra mim

Olho para o sulista, que logo põe a mão na minha bochecha.

-Lembre-se, a mamãe sempre nos disse.

"-O amor verdadeiro é aquele que ambas as partes amam incondicionalmente, mas lembre-se, almas gêmeas nem sempre são casais"

Dizemos juntos, o que me fez sorrir.

-As vezes, tenho certeza de que você é minha alma gêmea maninho - Sul diz com um sorriso gentil, um sorriso sincero, algo que não costumo ver com frequência, ele apenas mostra esse sorriso quando lembra de nossa mãe.

-Eu tenho certeza disso - Respondo sorrindo de volta.

-Eu amo você guri - Ele diz encostando a cabeça no meu ombro.

-Também amo você, Sul - Respondo deitando minha cabeça na dele.

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Já eram 01:30 da manhã. A maioria dos estados e países seguiam ainda a todo vapor, tirando alguns que já haviam ido para seus quartos dormir.

O amor está no arOnde histórias criam vida. Descubra agora