Cap. 16 : O fogo voltou a queimar por você

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_Paraná_

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   Estava andando pelo corredor em direção ao meu quarto.

   Meus olhos estavam pesados e cansados, eu estava exausto depois da festa que tivemos, só queria minha cama logo.

   O corredor surpreendentemente estava vazio e silencioso. O que ajudou já que minha cabeça parecia querer explodir.

   Finalmente cheguei no quarto e abri a porta rápido, entrando dentro do cômodo e fechando a porta. Me jogo de cara na cama e respiro fundo. Eu deveria ligar pra Catarina pra me trazer um remédio, mas antes que pudesse tirar o celular do bolso eu acabo pegando no sono.

   Acordo com uma forte batida na porta. Levantei em um pulo pelo susto, logo bufo, quem ousa me acordar a essas horas?!

   Caminho até a porta e a destranco, logo abrindo e dando de cara com ninguém mais ninguém menos que Rio grande do Sul.

-Que é? - Digo coçando os olhos pelo sono.

-Posso conversar com você? - Ele pergunta descendo os olhos pelo meu corpo.

-Agora? - Solto um bocejo.

-Sim, agora.

   Abro espaço para ele entrar. O loiro adentra meu quarto e eu fecho a porta.

-Fala rápido, tô morrendo de sono - Deito de costas na cama e o gaúcho se senta ao meu lado.

-Você fica uma fofura assim... - Ele diz baixo.

-Que? - Pergunto por não ter escutado direito.

   Analiso o loiro, que permaneceu em silêncio sem me responder. Quando eu ia reclamar e pedir para ele falar logo o que veio fazer aqui, sinto um peso encima de mim e quando percebo era Rio grande do Sul me prendendo contra a cama.

   Entro em completo choque.

-O que você tá faz- - Ele tampa minha boca.

-Shh... só fica quietinho Philipe - Ele diz tirando a mão da minha boca e se aproximando aos poucos.

   Sinto a mão pesada do loiro na minha cintura, logo apertando o local com força. A mão dele era grande e extremamente quente, o que ocasionou em um tímido gemido sair dos meus lábios.

-Sul... - Sussurro olhando nos olhos do loiro.

-Paraná... Paraná... PARANÁ!

   Acordo em um pulo, ofegante e confuso com tudo. Olho ao redor no quarto e suspiro aliviado ao ver que não tinha nenhum loiro barbudo ali.

-Paraná se você não abrir essa porta agora, eu juro que... - Ouço a voz de Catarina do outro lado da porta do quarto.

-Tô indo! - Respondo me levantando.

   Vou até a porta e a abro, vendo uma Santa Catarina esbanjando raiva, com o rosto completamente vermelho de ódio.

-Tô a um tempão te chamando e você dormindo! - Ela diz puxando minha orelha.

O amor está no arOnde histórias criam vida. Descubra agora