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ARIAN

— Não! Não! Não! — eu gritei repetidamente de garganta cheia e não conseguia pensar em nada mais do que Argjentina.

Ela não podia simplesmente morrer assim! Este mundo escuro precisava de um anjo como Argjentina. Eu precisava dela na minha vida, ela era a melhor e mais bela pessoa do mundo! Ela não foi autorizada a me deixar!

Eu estava tão preso no meu desespero que nem percebi como meus irmãos também invadiram o quarto do hospital e olharam para mim chocados, enquanto eu estava cheio de pânico e em lágrimas, tentando reviver Argjentina. Com respiração desesperada e mãos trêmulas, usei todas as minhas habilidades e conhecimentos para recuperar sua preciosa vida. Ignorei os sons das equipes de emergência que se aproximavam e os olhares perturbados de meus irmãos, que olhavam para mim cheios de preocupação e incerteza. Neste momento decisivo, estávamos todos unidos na busca de um milagre, um milagre que Argjentina me traria de volta.

Minhas mãos trabalharam com a precisão de um artista que completou sua obra-prima. Eu senti a luta que se enraiu em seu corpo e lutei contra ela. Cada batimento cardíaco que tentei provocar foi um batimento que encheu meu próprio coração de uma dor que era insuportável. Mas eu não desisti. Não agora. Não aqui. Eu era o melhor médico! Ela não tinha permissão para morrer sob minhas mãos, não a mulher para quem eu teria dado minha vida sem hesitação. Não a mulher que deveria se tornar a mãe dos meus filhos. Não a mulher que reviveu meu maldito coração.

— Arian... Arian.. deixe... acabou — ouvi Marco dizer com uma voz frágil, que colocou o braço ao redor do meu ombro, o que me deu arrepios. Ela não estava morta, não, eu não podia aceitar isso.

— Maldição! Você não pode fazer isso conosco, princesa, por favor, levante-se! Você não deve morrer! Você é minha irmã mais nova! Por favor, Argjentina, por favor, não nos faça isso! — ouvi Enes gritando desesperadamente quando ele invadiu a cama e agarrou a mão sem vida de Argjentina. Seu olhar desesperado permeou minha alma, enquanto lágrimas também fluíram por suas bochechas. Essa cena congelou meu sangue nas veias. Nunca antes eu tinha visto meus irmãos chorar ou nos encontrado em um estado tão emocional. Percebi dolorosamente a situação em que nos encontramos.

A força da dor se soltou do meu peito quando gritei tão alto que senti que poderia ficar surdo.

— Não me dê isso, Argjentina! Eu te amo tanto! — gritei com uma voz desesperada, enquanto meu coração corria cada vez mais rápido. Com toda a minha força, agarrei-a firmemente em meus braços e pressionei seu peito firmemente contra o meu, como se quisesse transmitir a ela meu batimento cardíaco para que o seu próprio começasse a bater.

Foi uma tentativa desesperada de mantê-los perto de mim, puxá-los de volta à vida com o poder do meu abraço. A intensidade do meu amor pulsava pelas minhas veias enquanto eu sentia seu frio na minha pele. Cada batimento cardíaco meu foi uma declaração de amor a ela, um pedido apaixonado para não sair de mim.

Meu corpo estava tremendo de medo e vulnerabilidade. Minha mente era um caos de pensamentos e memórias que se fundiram com a realidade sombria do momento. Mas no meio dessa escuridão, ela era minha única âncora, minha paz de espírito, que eu não podia perder. Os segundos pareciam uma eternidade quando eu a segurei e sincronizei minha respiração com ela. Meu batimento cardíaco parecia ficar mais alto, como se sussurrasse o nome Argjentina a cada batida. Eu queria dar a ela tudo o que eu tinha, cada fibra do meu ser, para recuperá-la.

Mas naquele momento em que senti sua presença sem vida tão perto de mim, também havia medo. O medo de que meu coração se desintegrasse em pedaços nunca deveria acordá-la novamente. O medo de que a dor da perda possa me devorar para sempre. Eu implorei a Deus para dar a ela outra chance de deixar nosso amor sobreviver. Todo o meu corpo tremeu com esse sentimento de desespero e, ao mesmo tempo, o amor incondicional que me encheu com cada respiração. Eu queria mostrar a ela o quão forte era a minha vontade, o quão profundo era o meu afeto.

𝐅𝐎𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑 𝐌𝐈𝐍𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora