Capítulo 8

597 46 7
                                    

O coração de Colin martelava em seu peito, uma mistura de alívio e fúria o inundando. Quando Eloise correu para seu quarto para informá-lo sobre a partida de Penelope, ele saiu correndo da casa sem pensar duas vezes, pulando em sua própria carruagem. A perspectiva de nunca mais ver Penelope o assustava de uma maneira que enviava uma sensação arrepiante e aterrorizante por todo o seu corpo.

Ele instou o cocheiro a correr o mais rápido possível, seguindo o veículo dela à frente. Quando surgiu a oportunidade, instruiu o cocheiro a se posicionar na frente da carruagem dela, impedindo-a de continuar. Agora, ele a encarava, todas as emoções que sentia borbulhando à superfície.

— O que diabos você pensa que está fazendo, Penelope? — Ele repetiu a pergunta.

— Colin, eu posso explicar... — Ela parou de falar, parecendo incerta sobre o que dizer.

— Sério? Você pode explicar isso? — Ele retrucou, sua fúria mal contida. A ideia de que ela escolheu fugir ao invés de se casar com ele alimentava sua raiva. A perspectiva de nunca mais vê-la o enfurecia, quase se transformando em uma realidade horrível. Sob a superfície de sua frustração estava o medo cru de um futuro sem ela. Por mais preocupado que estivesse com o problema de Whistledown, isso não se equiparava ao desejo de sua ausência de sua vida.

Ele respirou fundo, tentando suprimir qualquer palavrão que estava ameaçando escapar. Penelope tinha o poder de evocar emoções que ele nunca imaginou experimentar. Fúria entrelaçada com preocupação, tristeza e um desejo inexplicável de silenciar seus lábios contra os dela.

— Vamos conversar em minha carruagem. — Ele começou rapidamente a reunir os pertences de Penelope, carregando-os em direção ao seu veículo, chamando: — Venha! 

A autoridade em sua voz deixou pouco espaço para protesto, obrigando-a a seguir em silêncio. Abandonando a carruagem dela, Colin instruiu seu cocheiro a retornar para casa.

Dentro da carruagem, uma tensão palpável pairava no ar enquanto o veículo navegava pelas ruas de paralelepípedos. Tendo deixado Londres para trás quando alcançou Penelope, a jornada de volta para Mayfair prometia ser um trecho considerável.

— Então, suponho que Eloise te informou sobre minha partida? — Penelope quebrou o ensurdecedor silêncio.

A frustração de Colin borbulhava sob a superfície, e ele não conseguia conter a raiva que tingia suas palavras.

— Claro que ela me contou! Por que diabos você fugiu assim, Penelope?

— Eu achei que fosse a melhor decisão para todos — ela respondeu com um tremor na voz.

A raiva de Colin se inflamou, e ele elevou a voz:

— Você precisa parar de tomar decisões unilaterais sob o pretexto de considerar a todos, Penelope! Você não pode simplesmente fugir de tudo. — Ela tentou interromper, mas Colin prosseguiu, sua frustração palpável. — Você acha que fugir assim resolve alguma coisa? Só cria mais problemas.

— Desculpe...

— Você tem ideia de como eu reagiria a isso? Obviamente, você não pensou em me informar sobre essa fuga, uma decisão que nos afeta a ambos!

— Eu deixei uma carta... — ela falou, sua voz mal audível.

— Uma carta! Uma maldita carta! Que gesto atencioso da sua parte! — A raiva, agora misturada com sarcasmo, permeava as palavras de Colin. — Devo expressar minha gratidão por isso, então?

— Eu só não queria que você tivesse que romper o noivado, Colin. Eu acreditava que estava te poupando de um fardo, de um problema de minha própria criação.

Toda rosa tem espinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora