Sentindo uma mistura de nervosismo e excitação, Penelope trocara de roupa para uma delicada camisola e estava sentada em seu quarto, aguardando ansiosamente a entrada de Colin, que havia tirado um momento para trocar de roupa após um banho refrescante. A intensidade do dia o deixara um pouco sujo das ruas.
O breve intervalo tranquilo proporcionava-lhe um santuário para reunir seus pensamentos e se preparar para a intimidade compartilhada que os aguardava. No entanto, os segundos pareciam se arrastar, deixando-a dividida entre a etiqueta de permanecer sentada ou seguir o conselho de sua mãe - de deitar-se na cama e deixar seu marido fazer seu dever.
Contra o conselho de sua mãe, Penelope resistiu a ser excessivamente passiva naquele momento. Incerta sobre as ações específicas a tomar, ela abrigava a confiança de que o desejo seria seu guia no reino da intimidade conjugal.
Desejo.
Isso a consumia quando se tratava de Colin. Desde o primeiro beijo, ela se tornara agudamente sintonizada com as reações de seu próprio corpo em sua presença. Um desejo ardente por ele a impulsionava, e ela ansiava para que esta noite transcendesse as imperfeições. Ela entendia que, após abordar os problemas pendentes entre eles, tais momentos poderiam se tornar escassos. Assim, ela desejava fervorosamente que esta noite perdurasse como uma lembrança intocada, repleta de paixão e anseio.
A porta se abriu lentamente, revelando Colin, cujo olhar buscava o dela.
— Pen? Está tudo bem? — ele perguntou ao se aproximar.
O suspiro de Penelope se perdeu ao observar a aparência de Colin. Ele estava vestido com uma calça folgada e uma simples camisa de tons suaves, uma visão que ela nunca testemunhara antes. Seus olhos se arregalaram com uma surpresa agradável ao notar a extensão exposta de seu pescoço, não mais oculto pelas apertadas gravatas que ele frequentemente usava. Seu olhar desceu ao longo da pele de seu pescoço, observando que os cordões da camisa estavam soltos em seu peito, revelando os pelos castanhos que adornavam seu torso. A vestimenta casual revelava um lado dele que ela não havia vislumbrado, fazendo um rubor caloroso subir por suas bochechas diante da imagem inesperada e íntima.
Ela tentou sorrir, mas sua voz não conseguiu esconder o nervosismo:
— Estou um pouco ansiosa.
Colin pegou sua mão com um toque delicado, encorajando-a a se levantar.
— Não há nada a temer, — ele assegurou gentilmente. — Não precisa se preocupar demais.
— Eu sei... é só… — ela murmurou, seu olhar descendo para seus dedos entrelaçados. — Temos muito o que discutir, e sei que as coisas não estão ideais agora. Mas espero que esta noite possa ser pelo menos boa para você.
Sua doçura e sinceridade deixaram Colin momentaneamente sem fôlego. O peso de uma conversa iminente sobre sua história compartilhada pesava sobre ele. No entanto, manter o foco em pensamentos racionais tornava-se cada vez mais desafiador na presença de Penelope.
Envolta em uma camisola branca, ela destacava graciosamente as curvas de seu corpo, traçando os contornos de seus quadris e seios fartos. Dúvidas giravam em sua mente, questionando a viabilidade de qualquer pensamento lógico quando Penelope estava diante dele de maneira tão cativante.
Consciente das ambiguidades persistentes entre eles, Colin reconheceu a multiplicidade de tópicos que exigiam atenção. Antes de ceder aos desejos, um diálogo necessário aguardava. Apesar de saber disso, ele resistiu. Não queria conversar. Enfeitiçado pelo desejo, ele acariciou ternamente o queixo delicado dela entre seus dedos, direcionando o rosto dela para o seu.
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Toda rosa tem espinho
RomanceDepois de agir de forma tola e magoar Penelope com suas palavras ofensivas, Colin tenta se redimir oferecendo-lhe 'lições' que a ajudarão a conseguir um marido para a temporada. Porém, após uma reviravolta do destino, ele acaba sendo o marido escol...