Notas: este capítulo ficou grande, então dividi em dois. Mais tarde posto a continuação.
***
Na manhã seguinte, Colin foi despertado pelos persistentes rugidos que emanavam de seu estômago, um lembrete implacável da despensa que Penelope havia esvaziado no dia anterior.
Deitado na cama, olhando para o teto, ele ainda não conseguia acreditar que ela realmente havia feito aquilo. Apesar da irritação, Colin reconheceu que tinha sido uma jogada bem pensada. Deixá-lo com fome, sem dúvida, o fizera lamentar por tê-la deixado sozinha em casa. Amaldiçoou o fato de que o conhecimento íntimo que ela tinha dele permitia que atingisse diretamente onde doía.
Talvez ele precisasse ser mais cuidadoso ao lidar com ela. Apesar dela o conhecer bem, ele sentia que ainda havia nuances de Penelope a descobrir. Então ele precisava ser cauteloso, como se estivesse pisando em terreno frágil.
Seu estômago roncou novamente. A lembrança de seu desconforto faminto o incomodou enquanto ele se mexia na cama, a noite tendo oferecido pouco alívio; o sono havia relutantemente o reivindicado nas primeiras horas da manhã, uma concessão mais à fadiga do que ao repouso.
A luz do sol filtrava-se pelas cortinas, lançando um brilho suave pelo quarto, e Colin admitiu de má vontade que a insatisfação persistente da noite anterior havia se infiltrado no novo dia. Um sentimento de insatisfação reverberava no fundo de seu estômago, amplificado pela oco que o invadia. Apesar do cansaço, a noite tinha sido marcada pelas demandas implacáveis de seu estômago protestante.
Ao se sentar, os vestígios de um sono inquieto o envolvendo, Colin não conseguia ignorar a sensação de vazio em seu estômago. O cansaço persistia, um testemunho tangível do tumulto que o acompanhara durante a noite. Ele ponderou se o vazio interno refletia o vazio emocional se alargando entre ele e Penelope. Com um suspiro resignado, ele se preparou para enfrentar o dia, esperando que a fome em seu estômago não fosse paralela ao apetite persistente por uma resolução em seu casamento.
Levantando-se, ele tocou a campainha para chamar o servo. Ele havia dormido com as mesmas roupas da noite anterior. Quando se olhou no espelho, sua expressão lembrava a de um homem que havia enfrentado uma tempestade. Cabelos desalinhados, uma expressão amarga e roupas amarrotadas.
Depois de lavar o rosto na bacia de água do quarto, ele ouviu um barulho vindo do corredor, como se alguém estivesse cantando. Ele abriu a porta lentamente, encontrando Penelope saindo de seu quarto cantarolando uma melodia. Ela parecia de bom humor e já estava vestida para enfrentar o dia. O vestido azul que ela usava acentuava sutilmente sua cintura, delineando suas curvas.
— Bom dia — ele resmungou, tentando desviar a mente da imagem tentadora de suas curvas. Penelope parou, parecendo surpresa. No entanto, quando se virou para encará-lo, um sorriso travesso dançava em seus lábios.
— Oh, bom dia, Sr. Bridgerton. Dormiu bem? — ela perguntou, ajustando delicadamente o cabelo.
— Sr. Bridgerton? Bem, isso é novo. Por que me chamar assim?
— Acredito que devo respeito a você, senhor. Afinal, você é meu marido.
— Oh, realmente? Sou seu marido? — Colin não conseguiu esconder a amargura em sua voz enquanto se aproximava dela. Penelope permaneceu firme, impassível, enquanto ele parava a poucos centímetros de distância. — E seu respeito por mim inclui me privar de comida, querida esposa?
Seu sorriso se alargou.
— Oh, meu querido marido, eu presumi que você tinha saciado sua fome nas ruas ontem. Você passou o dia inteiro fora, e como não recebi notícias suas, não estava certa se você voltaria para o jantar.
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Toda rosa tem espinho
RomanceDepois de agir de forma tola e magoar Penelope com suas palavras ofensivas, Colin tenta se redimir oferecendo-lhe 'lições' que a ajudarão a conseguir um marido para a temporada. Porém, após uma reviravolta do destino, ele acaba sendo o marido escol...