Prólogo

56 4 0
                                    


"Unburn the ashes

Unchain the reactionsI'm not ready to die, not yet

Pull me out the train wreck".


— Train Wreck, James Arthur.



Vejo o fogo consumindo tudo. Era muita fumaça. Aquele pequeno quarto logo desabaria em cima de mim, e eu não teria mais nada para fazer, a não ser aceitar o meu fim.

— Papai! — gritei o máximo que conseguia.

Mas o fogo rugia implacável, devorando tudo em seu caminho. Minha voz se perdia entre as labaredas crepitantes, e o desespero me envolvia como um manto sufocante. Eu precisava encontrar uma saída, uma maneira de escapar daquele inferno ardente. Com a coragem tremendo em meu peito, avancei através da fumaça espessa, buscando qualquer brecha de luz que pudesse indicar uma rota de fuga. A cada passo, o calor se intensificava, e eu sabia que o tempo estava se esgotando. Mas não podia desistir. Não agora.

Em meio à escuridão e ao calor sufocante, vislumbrei uma figura familiar, lutando para se manter em pé. Meu coração disparou ao reconhecer meu pai, seu rosto iluminado pelo fogo que se espalhava ao redor. Antes que eu pudesse alcançá-lo, um estrondo ensurdecedor ecoou pelo espaço confinado, e um pilar em chamas veio abaixo, atingindo-o em cheio. Um grito de agonia escapou de seus lábios enquanto ele caía, imerso em chamas e escombros. Um momento de desespero absoluto me paralisou, enquanto eu testemunhava impotente a perda daquele que sempre fora meu porto seguro.

Nesse momento, meus olhos se encheram de lágrimas.

Mystic Blood (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora