XVIII: A ascensão da décima vida

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"'Cause princesses don't cry

Don't cry, don't cry, oh

Don't cry".


- Princesses Don't Cry, AViVA.



Volto de ônibus para casa em total silêncio, com Lucas sentado ao meu lado. Acho que esse é o silêncio mais ensurdecedor que já presenciei. O ônibus para em frente a minha casa, eu desço e Lucas me segue logo atrás. Caminhamos alguns passos e quando chegamos em frente a varanda, Lucas finalmente encontra coragem para compartilhar a verdade que paira sobre nós como uma sombra ameaçadora.

- Rory, aquele homem na floresta... ele é conhecido como um demônio menor. - Ele começa, sua voz grave ecoando com uma seriedade solene em minhas costas.

Meus olhos se arregalam com surpresa e medo me viro para ele, uma sensação de pânico se apoderando de mim enquanto absorvo suas palavras.

- Um demônio? Como assim? - Minha voz sai como um sussurro, mal conseguindo acreditar no que estou ouvindo.

Lucas respira fundo, sua expressão tensa com a gravidade da situação.

- Os demônios menores são como... bem, pode ser irônico, mas eles são um pouco como os minions que servem aos vilões na animação. Eles estão sempre em busca de poderosos mestres, dispostos a fazer qualquer coisa para conseguir o que desejam. No caso desse demônio, ele serve à Dama das Chamas, a antiga Margot. Pelo menos esse sei que serve á ela. - Ele explica, suas palavras carregadas com o peso da verdade.

Meu coração acelera com o nome de Margot, uma sensação de horror se espalhando por mim enquanto percebo a gravidade do que isso significa.

- A Dama das Chamas... ela me encontrou? - Minha voz treme com medo e incredulidade.

Lucas assente sombriamente, seus olhos azuis refletindo a mesma preocupação que sinto.

- Parece que sim. E se ela está envolvida, então precisamos nos preparar para o pior. Margot é uma força a ser temida, uma ameaça que não pode ser subestimada. E se ela quer você, Rory, então devemos estar prontos para enfrentá-la, custe o que custar. - Ele murmura, sua determinação firme apesar da incerteza que paira sobre nós. Os olhos azuis de Lucas se fixam nos meus.

Uma sensação de desespero se apodera de mim enquanto absorvo a magnitude da ameaça que enfrentamos. Margot é uma figura lendária, uma entidade poderosa e perigosa que espreita nas sombras dos séculos, esperando sua chance de atacar. E agora, ela tem seus olhos postos em mim, uma presa indefesa em seu jogo sinistro de vingança. Vingança por algo que não fiz.

- O que faremos agora? - Pergunto a Lucas, minha voz trêmula com emoção.

Ele me olha com determinação, seus olhos azuis ardendo com uma chama de esperança em meio à escuridão que nos cerca.

- Vamos lutar. Vamos nos unir e enfrentar essa ameaça juntos, custe o que custar. Não podemos permitir que Margot nos vença, não podemos permitir que ela destrua tudo o que amamos. - Ele responde, sua voz firme e carregada de uma determinação sombria. Ele fica tão sexy falando assim.

Lucas pega minha mão e me convida para sentar com ele na varanda de casa, o ar da noite envolvendo-me em sua frescura reconfortante. Ao meu lado, Lucas fica em silêncio, seus olhos perdidos no horizonte distante. A tensão que havia entre nós some.

Mystic Blood (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora