XIV: Ele perguntou sobre mim!

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"I'm in a field of dandelions

Wishing on every one that you'll be mine, mine".


— Dandelions, Ruth B.



Acordo de manhã com o sol delicadamente invadindo meu quarto. O dia promete ser agradável, sinto isso no ar fresco que entra pela janela entreaberta. As flores do jardim começam a desabrochar, suas cores vivas anunciando a chegada da primavera. Olho através da janela e vejo as montanhas ao redor da cidade brilhando com a neve que ainda as cobre.

Desço as escadas e sigo o aroma doce que vem da cozinha. Minha mãe está lá, com um sorriso caloroso no rosto, preparando um bolo no forno de barro.

— Bom dia, mãe. Esse cheiro está delicioso! — Eu a cumprimento, animada.

— Bom dia, querida. Fico feliz que goste. Vai ser a sobremesa perfeita para hoje à noite — ela responde, com um brilho nos olhos.

Após o café da manhã, saio de casa e corro pelos campos verdes que se estendem à nossa frente. A grama continua molhada do sereno da manhã, e os raios de sol dão um brilho especial a tudo ao meu redor. É um daqueles momentos que me fazem sentir verdadeiramente viva.

De repente, vejo uma sombra se movendo à minha frente.

— O que é isso? — Eu murmuro para mim mesma, meu coração acelerando.

Então, ele salta em cima de mim.

Por um momento, tudo parece parar. Fecho os olhos, esperando pelo pior. Mas, em vez disso, sinto algo macio e úmido contra minha pele.

— Ei, amigo, você me pegou de surpresa! — Eu rio, percebendo que é apenas, Lincoln, meu urso de estimação.

Ele continua a me lamber, e eu me sinto aliviada.

— Você me assustou, seu grandalhão! Mas obrigada por me lembrar de que você é apenas um "ursinho de pelúcia" gigante — eu brinco com ele, acariciando sua cabeça.

Ele responde com um grunhido brincalhão. As horas passam voando.

— Filha! O almoço está pronto! — Ouço minha mãe me chamar.

O sol está alto no céu quando finalmente termino de brincar com Lincoln nos campos verdejantes em frente à nossa modesta casa de campo. Volto para casa, ainda sorrindo com a diversão que tive durante a manhã.

Ao entrar pela porta da frente, encontro minha mãe na cozinha, colocando os talheres de ouro a mesa.

— Onde esteve? Preocupei-me que tivesse se perdido — diz ela, com uma expressão de alívio em seu rosto.

— Apenas passei um tempo nos campos, mãe, brincando com Lincoln. Você sabe como é, aproveitando o ar fresco da manhã — respondo, tentando esconder minha animação de rolar na grama minutos atrás.

Enquanto almoçamos juntas, compartilho com ela as aventuras que tive no campo, rimos juntas das travessuras do dia.

— Sempre encontra uma maneira de se meter em alguma confusão. Mas fico feliz que tenha retornado inteira — diz ela, com um sorriso maternal.

Depois do almoço, ajudo minha mãe com os afazeres domésticos antes de me recolher ao meu quarto para descansar. Enquanto me aconchego na cama de dossel, reflito sobre os eventos do dia e me sinto grata pela vida tranquila que temos aqui no campo.

Mystic Blood (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora