Temos que resolver

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- O senhor…

Wei Wuxian riu da cara do jovem filho quando planou com a espada no final da cidade de Yunmeng, era para eles irem de barco mais demoraria dias, por isso, mesmo sem Sizhui entender ele alugou uma espada enquanto passava e agora encarava a face do rapaz.

- Jiang Cheng...- comentou o chamando para o ar. Não poderia falar aquilo tão alto.

Surpreso o Lan o seguiu rapidamente e quando estavam longe o Wei voltou a conversar com o filho… A sensação de anos no vazio e sem aquele eco no peito estava se desfazendo e ainda estranho, mas estava se habituando.

-Jiang Cheng refez o meu núcleo… Ele devolveu o meu núcleo… E ainda...- suspirou tocando suas mangas. - Ainda fez algo para protegê-lo da energia ressentida.

O mais novo abriu a boca em choque. Então por isso notou uma leve diferença enquanto ele tocava Chenqing naquele momento… Ele não esperava por isso…

- Mestre Wei isso é incrível… Sandu ShengShou pode fazer muito…

- E é isso que tenho medo...- murmura. -Eu já pude fazer muito com o amuleto Estigio… E ninguém entendeu… Tenho medo desses hipócritas tentarem tirar proveito novamente.

- Mas o líder Jiang não é inocente Mestre Wei, ele sabe da maldade do mundo.

- Eu sei… Mas ele pode ainda ser influenciado...- murmura. As sombras que seu irmão estava deixando, ainda poderia engoli-lo… E aquele homem… Aquele rosto… Eles precisavam urgentemente resolver aquilo também.

Wei Wuxian hoje conseguia enxergar um pouco o lar que cresceu e nomeá-lo tóxico.

Logico que não lhe faltou comida, roupas, amor de algum lado e carinho. Porém nas viagens com Lan WangJi ele conheceu muitas famílias e muita coisa clareou em sua mente em alguns anos. Ele foi um bom irmão a Jiang Cheng, porem não o melhor do mundo. Ambos erraram feio, mas a pressão foi muito de todos os lados.

Madame Yu jogou suas frustrações no mais novo e o moldou de uma forma dura, porem ele sabia que o Jiang poderia ser doce e suave se desejasse e torcia que ele ainda tivesse tal faceta escondida perante a armadura que ele colocava todos os dias.

- O senhor e Jin Rulan podem cuidar de protegê-lo, estarão com ele- o rapaz ditou calmo.

- Você também é da família. Creio que agora vocês possam se conhecer melhor. Jiang Cheng é rude, mas tem um bom coração.

- Eu acredito!- sorriu leve. - Como está sendo? Tem poucos dias.

- Eu ainda me sinto estranho, porém é como andar de cavalo!- sorriu. - Vamos apostar quem chega primeiro! Três… Dois… Um… Já!

O Lan sorriu e aumentou a velocidade, porém no fim deixou o mais velho ganhar porque o ver feliz era bom. Aquele sorriso no rosto do mais velho aquecia o seu coração de uma forma enorme.

Levou algumas horas até alcançarem a cidade e depois irem a montanha fazendo o restante do caminho a pé.

Assim que passaram os portões o Wei suspirou refletindo que realmente o que poderia dizer ao Lan já que gritou que não precisava mais dele em sua vida se fosse o controlar.

Isso nunca aconteceu, ele não queria ter feito nada daquilo, mas a atitude do Lan estava terrível e ele não suportou ao sentir que Lan WangJi ia tirá-lo de Yunmeng a força.

- O senhor brigou tão sério assim com ele?- perguntou baixo.

- Sim, não foi fácil para mim, mas algo está errado. Lan Zhan sempre foi verdadeiro em suas escolhas e emoções. Porém eu deveria ter percebido que tinha algo errado desde ha um tempo.

O caso do Lagos Yeonghan (Xicheng)Onde histórias criam vida. Descubra agora