Tempos de bonança pt2

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JingYi colocou devagar Jin Ling na cama tomando cuidado com a cabeça do rapaz, em seguida ele puxou a fita vermelha com o Gun dourado soltando os fios longos pelo travesseiro. Depois com cuidado tirou o cinto apertado e puxou as botas o mais gentil que conseguiu.

Sizhui observava esse ritual da porta do quarto sem realmente entrar.

Ele sabia o que o amigo pensava, sabia também que a maldição Lan pairava sobre o amigo desde que veio aquele mundo na família principal, ele achava uma maldição… Como você ama só uma vez?

Era… triste… Ele amava e respeitava a seita que o acolheu, os pais e tios que teve, pois lembrava ainda em suas vagas memórias de infância Lan Xichen dizendo que tudo ficaria bem e que ia brincar consigo ate WangJi se sentir bem. Amava a calmaria das montanhas e todos os ensinamentos adquiridos, amava a vida de cultivador e o modo Lan de ser, porém agora já adulto, aquela única regra o incomodava muito.

Amar somente uma vez.

Realmente já tinha até perguntado a Lan Qiren como aquela “regra” se formou e descobriu que vinha da fundadora que achou para ser um bom Lan, ter somente uma pessoa na vida assim fortalecendo suas bases e núcleo seria necessário. E todos levavam ao pé da letra assim como a fita em suas testas.

E aquela coisa parecia mesmo pesar para todos os Lan’s, e a mais sofrida era a família principal. Hanguang-Jun sofreu anos… E agora Zewu-Jun que sofria e não tinha paz. Ambos descobriram a linguagem de JingYi ainda quando estavam estudando, foi um choque enorme pro Lan e precisaram de um tempo e paciência para o confortar, porque os pais dele não foram tratados como do ramo principal por um erro do passado e eles sofreram muita discriminação ate o fim da vida. E supreendendo a eles, JingYi não quis levar aquilo ao conselho nem a Lan Qiren, ele só quis continuar a ser o Lan menos Lan da seita.

Se ele pudesse… Tirava aquelas dores que JingYi provavelmente sentia e colocaria em si, porém ele já carregava a própria dor não era? Como ele poderia amar os dois? Deveria só deixar o amigo tentar ser feliz… Mas Jin Ling… Jin Ling já os havia rejeitado, mesmo sendo ele o primeiro a os beijar naquela árvore.

O pensamento que ele brincou com ambos sempre pairava em sua mente, mas apesar de mimado, orgulhoso, impaciente, ele não tinha o sadismo para brincadeiras. Além disso, foi… Um toque tão puro para depois o mesmo sair correndo e fingir que nada aconteceu no dia seguinte e quando conversaram…

Não foi algo amistoso, os dois saíram nos tapas e quando foi tentar separar, acabou levando alguns socos também, seu sangue pela primeira vez ferveu e ele brigou com os dois não medindo força. Somente pararam quando ele sentou e chorou, os dois idiotas mesmo com sangue e narizes quebrados tentaram o consolar.

E foi assim… Não daria nada certo e a amizade continuou, o tópico esquecido.

- Sizhui? O que foi?

Ele voltou a focar no amigo quando ouviu sua voz perto e suspirou levemente. Do que adiantava amar os dois se não teria nenhum? Ele não tinha o sangue Lan e já doía, imagina para JingYi que amava o Jin.

Porque três nunca daria certo e ele faria tudo para os dois ficar bem, mas realmente era Jin Ling que nunca quis.

- Não foi nada, estava pensando em tudo.

- Acha que esse caso não terminou?

- Foi… Muito fácil entende?- comenta sentando nas almofadas ali dispostas. - O ser que possuiu Jin Ling estava só… Protegendo o líder Jiang, ou a coisa que estava nele.

- Eu não sentir nenhuma energia ressentida naquele dia- comenta sentando-se a frente do amigo. - E os discípulos estavam só dormindo.

Sizhui estava bem intrigado. Nie HuaiSang, o cultivador chefe, pareceu bem chateado e triste quando deixou a seita e deu o caso como encerrado já que a água voltou e o demônio foi eliminado.

O caso do Lagos Yeonghan (Xicheng)Onde histórias criam vida. Descubra agora