Você está apaixonada?

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Ana Flávia Mioto CastelaPoint of view_____________________________

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Ana Flávia Mioto Castela
Point of view
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— Mãe, eu vou sair agora. — avisei, tirando a ideia de me levar para o salão da cabeça dela.

Ela tinha acabado de chegar alegando que meu cabelo estava ridículo e eu precisava ir urgentemente ao cabeleireiro. Mas não vou.

O Gustavo me fez um surpresa ontem, me devolveu uma coisa que eu sentia muita falta e eu não posso agradecer ele faltando no primeiro dia após todo o bololo.

Tenho que ir e não vai ser um cabelo desarrumado que vai me impedir.

— Para onde? — pergunta ela, com curiosidade.

A minha vontade é esfregar na cara dela que o Gustavo não é o cara que ela achava que era e ele deixou — não que ele tenha que permitir que eu faça alguma coisa. — eu voltar a dar minhas aulas, ele não se importa, diferente dela.

Mas não fiz isso. Eu não quero outra briga com minha mãe, só quero paz e tranquilidade. Não quero ela discutindo comigo e nem com ele. E também não dúvido nada que ela fale que eu que forcei a ele a deixar, do jeito que ela é...

— Fazer uma coisa mais interessante e importante do que ficar sentada num salão se emperiquitando.

— Garota, não testa a minha paciência! — gritou, apontando o dedo no meu rosto. — Livros... você não vai para a...

— Sim, eu vou. Algum problema? — cruzei os braços, encarando a figurando na minha frente com a postura reta.

— Claro que sim. Milhões de problemas. Você ainda não entendeu que seu marido não vai permitir você beijando outros caras? Ana Flávia, isso é traição Você não vai voltar para aquele teatro. Nunca. — gritou, e tenho certeza que a vizinhança toda escutou.

— Mas por quê não? Eu acho incrível o papel que ela faz lá, ajudar aquelas crianças de graça é uma atitude muito nobre. E é só teatro dona Michele, eu não me importo dela beijar outros alunos, é só beijo técnico. — o Gustavo me defendeu enquanto caminhava até nós. — E a gente precisa ir logo, seus alunos devem está esperando.

Eu vi o semblante da minha mãe mudar a cada palavra que o Gustavo dizia, acho que ela não esperava essa atitude dele.

— Então vamos, a minha conversa com a minha mãe já terminou. — disse e  ajeitei meus livros na minha mão.

O olhar de ódio em seus olhos voltou, parece que a qualquer momento vai explodir e a vítima fatal sou eu.

Mas só lhe lancei um sorriso amarelo e me despedi, dando meia volta e saindo de casa. Ao lado do Gustavo.

— Obrigada por me defender. — agradeci a ele assim que entrei no carro e coloquei o cinto.

— Não foi nada. Eu não podia ficar ouvindo ela falar aquelas coisas para você e ainda usar a desculpa que eu não permitiria, o que não é verdade. Você é livre para fazer o que quiser, eu não vou proibir você de nada, afinal, esse casamento é só fingimento.

𝗖𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗷𝗮𝗱𝗼  | MIOTELA ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora