pronta pra nos dar netinhos.

1.3K 98 34
                                    

Ana Flávia Mioto CastelaPoint of view ______________________________

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ana Flávia Mioto Castela
Point of view
______________________________

Dia seguinte, segunda-feira.

Após todo o ocorrido, eu fui para o meu quarto e não sai mais de lá. Eu não sei se o Gustavo voltou, se ele dormiu fora de casa, isso não me interessava.

A única coisa que passava na minha cabeça era essa merda de casamento. Por que eu levei fé quando minha mãe e a Jussara disseram que ele gostava de mim? Por que eu não conversei com ele? Tudo poderia ter sido tão diferente, eu não precisaria estar nessa casa agora se tivesse feito alguma coisa útil.

Sei que tinha o contrato, mas se os dois, eu e o Gustavo quebrassemos, o que aconteceria? O valor abaixava?

Eu não sei, mas juntos poderiamos ter feito alguma coisa para tudo isso ter tomado um rumo diferente. Eu não sei porque acreditei na minha mãe.

Me digam, como uma mãe pode fazer isso com própria filha?

Eu odeio ela. Odeio.

Agora eu estava descendo para tomar o meu café, tinha acabado de acordar e nem tinha visto a cara do Gustavo ainda.

Ao chegar na sala, a única pessoa que eu encontrei foi a Rebeca que estava na cozinha. Fui até ela.

— Bom dia. — cumprimentei.

— Bom dia dona Ana. — falou com um sorriso simpático. — O café da manhä já está pronto e servido, eu coloquei duas xícaras mas só depois me falaram que o Gustavo não estava em casa. Você quer que eu tire?

— Ele não está em casa? — perguntei, recebendo um olhar confuso. Fechei os olhos brevemente, não quero ter que explicar para ela o porquê deu não saber se ele dormiu aqui ou não. — É, claro que ele não está. Não precisa tirar, vai que ele chega. — ela assentiu e me direcionei até a mesa de café.

Quando acabei, coloquei minha xícara em cima da pia e fui até o sofá. Em cima da mesinha de centro, tinha um livro de romance, provavelmente era do Gustavo pois eu não tinha trazido nenhum livro.

Peguei ele e me sentei no sofá, começando a ler.

[...]

Já tinha lido metade do livro, faltava pouco para terminar mas a porta foi
aberta e eu vi o Gustavo entrando.

Ele vestia a mesma roupa de ontem, a cara estava meio amassada e cabelo bagunçado, parecia que tinha acabado de acordar.

— Oi. — cumprimentou mesmo cabisbaixo, coçando o cabelo.

— Oi. — respondi, fingindo que ainda estava lendo.

Eu tenho um péssimo defeito. Quando estou lendo, ninguém pode falar um a comigo pois eu já me desconcentro toda. E isso aconteceu agora.

𝗖𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗷𝗮𝗱𝗼  | MIOTELA ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora