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Maratona 6/6 ✔️

Ana Flávia CastelaPoint of view _______________________________

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Ana Flávia Castela
Point of view
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Querem mais tempo para namorar?─ falou o Murilo assim que passou pela porta com uma lanterna em mãos.

Revirei os olhos e caminhei em sua direção.

─ Por que demorou tanto? ─ perguntei assim que cheguei perto dele. ─ Eram cinco minutos, não uma hora.

─ Sinto muito, mas começou a trovejar e a chover, a luz acabou e esquecemos de vocês. ─ contou. Olhei para ele com os olhos semicerrados.

Que desculpa mais merda.

Revirei o olhos e sai dali, mas antes roubei a lanterna que ele segurava.

Achei todos na sala sentados no sofá enquanto conversavam, tinha velas espalhadas pela casa toda e umas lanternas. Fiquei surpresa em saber que eles não tinham um gerador, afinal, dinheiro para isso não faltava.

─ Podemos ir embora? ─ perguntei, trazendo a atenção de todos até mim.

─ A chuva está forte Ana Flávia, é perigoso pegar a estrada essa hora e com essa chuva. ─ respondeu a Jussara. O jeito doce dela falar, a calma que ela tem me irritava as vezes.

─ E o que vamos fazer? Dormir aqui? ─ fui sarcástica.

─ Exato. ─ arregalhei os olhos.

─ Oi? O que? Como assim? Dormir aqui? ─ me apavorei, isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto.

Isso está fora de cogitação!

─ A Jussara e o Marcos chamaram a gente para ficar aqui, eu e o seu pai concordamos, a estrada está muito perigosa. ─ disse minha mãe. Ela tinha um olhar sinico, não duvido nada que tudo isso tenha sido planejado por todos eles.

Não que eles tinham o poder de fazer chover, mas eles poderiam ter feito a dança da chuva, sei lá. Eu sabia que não poderia fazer nada, eles não
deixariam eu ir sozinha com a Gabriela.

Odeio admitir isso, mas eles tinham razão, parece que o mundo está caindo lá fora, ir embora agora seria muito perigoso.

Suspire levemente frustrada e me sentei do lado da minha prima.

[...]

02:30

Duas da manhã e essa sede da porra!

Olhei para o lado e vi que o jarro de água que tinha enchido já estava vazio. Merda! Eu bebi tudo.

Me levantei da cama devagar para não acordar a Gabriela e caminhei até a cozinha. A chuva estava mais calma, os trovões tinham acabado e o silêncio da madrugada me fazia bem.

𝗖𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗷𝗮𝗱𝗼  | MIOTELA ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora