Ana Flávia Castela
Point of view
_______________________________— Você? — perguntei.
O que ele está fazendo aqui?
Merda, merda, merda!
Muita merda!
— Oi. — me cumprimentou, se levantando. — Por que estava sentada no chão? — perguntou fazendo um careta de dor.
Eu não disse nada.
Só encarava o mesmo com os olhos arregalados.
Ele não estava no méxico?
Como que ele brotou aqui do nada?
Maldição contra a minha pessoa?
Quem foi o infeliz que fez a macumba?
Eu não mereço isso não.
— Está tudo bem? — perguntou me encarando.
Não. Não está nada bem.
— O que está fazendo aqui? Não estava no méxico? — perguntei definitivamente apavorada.
— Cheguei hoje. — respondeu. — Como você sabe que eu estava no méxico?
— Sua mãe me disse. — confessei, ainda paralisada pelo choque.
Eu não consigo parar de encarar ele, o menino deve achar que sou doida.
— Ah sim. — riu fraco. — Por que estava sentada no meio da calçada? Tá passando mal?
— Eu... eu estava pegando a chave que tinha caído. — disse, finalmente saindo do meu transe e conseguido me mexer. — Você não olha para onde anda? Minha canela está doendo. — admiti, passando a mão na mesma.
— Sinto muito, mas com essa vista, olhar para o chão não parecia grande coisa. E como eu saberia que teria uma pessoa pegando uma chave no chão?
Ele está debochando de mim ou é impressão minha?
— Olha aqui. — já estava pronta para insulta-lo quando a Gabriela apareceu na minha frente.
Ela estava de costas para mim, na verdade.
— Oi Gustavo, tudo bom? — se aproximou do mesmo e abraçou ele. — Quando tempo que não te vejo, está crescido, musculoso. — disse passando as mãos em seus braços. — bem moreno... Andou pegando sol?
Mas que merda ela estava fazendo?
— Ah, bom, acho que passei muito tempo no sol. — respondeu sem graça.
Ele ficou fofinho sem graça.
Não!
Ele ficou ridículo sem graça!
Melhor.
— Tá, agora responde a minha pergunta fazendo favor? — pedi.
— Qual delas?
— A primeira.
— Bom, eu só fui buscar a minha irmã, não pretendia morar lá para sempre.
— Bem que poderia. — sussurrei baixinho.
— O que? — me olhou confuso.
— Nada, ela ainda está meio tonta depois desse vexame, afinal, você não deve ser muito leve — arregalhei os olhos.
Ela estava chamando o menino de gordo na frente dele?
— Não que você seja gordo, mas a Ana Flávia é fraca e receber esse tanto de peso e músculos malhados em cima dela não é muito confortável. Você deu uma cambalhota em cima dela —ri de desespero.
Alguém cala a merda da boca da Gabriela por favor?
— Fica quieta Gabriela. — sussurrei, olhando para os três que em olhavam nervosos e o Gustavo que, me olhava com um sorriso no rosto .
Esse menino realmente gosta de mim ou ele só é simpático?
Prefiro pensar que ele só é simpático mesmo.
— Ele sabe? — perguntei para a irmã do Gustavo, Bruna.
Ela estava com o marido e a irmã mais nova, Giana, a que eu pensava estar no méxico também.
Me arrependi de ter perguntado isso porque pela cara de assustada que a Bruna fez e a cara de perdido do Gustavo, já tinha a resposta.
— Sei do que? — perguntou, transparecendo curiosidade
— Então. — ela se interrompeu.
— Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? Eu não estou entendendo nada. — ele desviava o olhar confuso entre mim e a irmã.
— Pergunta pra sua familia. — me virei e caminhei até o carro, entrando no veículo. — Vamos embora Gabriela.
— Ah claro, tchau para vocês. — se despediu e correu para dentro do carro.
— Do que ela estava falando? — ouvi o Gustavo perguntar, mas não quis
ficar para ouvir o resto, a Gabi ligou o carro e dirigiu para longe.Encostei a cabeça do vidro do carro pensativa.
— Bom, pelo menos agora você vai poder conversar com ele e ver se ele gosta mesmo de você. Se bem que depois daquele sorriso que ele te deu,
acho que a mãe dele está certa.Cravei meus olhos no dela com uma careta feia. Aquilo era para me ajudar?
— Ele nem sabe do casamento.
— Talvez a mãe dele queira fazer uma surpresa, contar para o filho que ele
vai casar com o amor da vida dele.— Você só está piorando as coisas.
— Desculpa, só estava tentando amenizar as coisas — trocou de marcha. — Olha, sei que que essa situação é complicada, mas você tem que escolher: Enfrentar os seus pais ou casar com ele. E juntar dinheiro para poder quebrar o contrato.
— Eu não tenho essa coragem, meus pais são rígidos demais. — suspirei. — E minha poupança está com vinte reais no máximo, gastei tudo naquela festa beneficente.
— É, parece que o jeito vai ser casar mesmo.
Me relaxei no banco totalmente frustrada.
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𝗖𝗮𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗷𝗮𝗱𝗼 | MIOTELA ✓
Fanfic▌'𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐉𝐀𝐃𝐎 # !! ¡¡ # ° miotela fanfiction >'× |~ 𝗦𝟰𝘁𝘃𝗿𝗻𝟯𝘆𝘀 𝗢𝗻𝗱𝗲 a mãe de Ana Flávia obriga a jovem a se casar com um desconhecido, arruinando assim todos os planos da mesma. Gustavo Mioto, que estava...