Capítulo 3

1K 155 37
                                        

RENATO

Assim que entramos na casa depois de cumprimentar todos , meu pai foi para o escritório com o pai do André.

Fiquei sentado em um sofá no canto da sala e vi o André me olhando as vezes . E é claro que a Carina via também e me olhava com raiva.

_Carina! Disse meu pai de dentro do escritório ela sorriu debochada apra mim e foi para o escritório.

_Trabalhou muito no solo menino ?Perguntou dona Alice para mim ,com um olhar triste para mim e eu só confirmei com a cabeça.

Sei que ela sofre o inferno nas mãos do marido ,mas é o tipo de mulher que não consegue se livrar do mal que a cerca , mas tenho certeza que faz isso pelo André.
Minha irmã entrou e foi para o escritório , e logo ouvi a voz do meu pai alto assim como do Sérgio pai do André ele me olhava apavorado ,parecia que estava tremendo.

_André .Disse o pai dele brabo .

_ Renato .Disse meu pai com uma voz que só ouvia quando ele ia me espancar. Fui até o escritório a passos contidos assim como o André. Parei ele no corredor antes do escritório . 

_ Aconteça o que acontecer eu te amo muito. Disse para ele olhando em seus olhos marejados.
Entramos e nossos pais andavam de um lado para o outro .

_ Me explica isso André! Disse o pai dele mostrando o celular da Carina onde tinha uma foto do André e eu nos beijando.

_Pai calma eu posso explicar !Disse ele.

_Sim seu Sergio eu vi o André empurrar para longe meu irmão que agarrou ele. Disse a Carina e eu fiquei incrédulo vendo brotar um olhar mortal do meu pai para mim.

_Isso é verdade André? Perguntou o pai dele para o mesmo , que me olhou nos olhos e depois desviou.

_ É sim pai!

_É sim !O que garoto? Seja específico?

_ A Carina falou a verdade pai .Disse ele sem me encarar e eu fiquei incrédulo.
Foi como se o chão tivesse sumido debaixo dos meus pés, as palavras dele ecoavam na minha cabeça, mas fui tirado dos meus pensamentos com meu corpo indo de encontro ao chão e eu me protegendo com as mãos para não cair de barriga no chão .
Meus rosto doía muito  já que estava com a pele do rosto queimada do sol , vi o Sergio alisando a mão.
_Eu peço perdão por isso compadre, prometo dar o corretivo que ele merece. Disse meu pai furioso, e meu corpo se tremeu todo  por saber o que me aguardava.

_Vamos para casa !Disse meu pai me empurrando com força para fora do escritório. 

_ Vamos embora, e sem conversa no caminho !Disse meu pai para minha mãe e minha irmã já na sala .Entramos no carro e eu olhei para a casa dos pais do André e vi ele olhando para o chão.

Meu coração estava quebrado por dentro, decepção me dominava e tristeza. Como que vou fazer com o bebê agora sozinho?

Fiquei desesperado quando vi minha mãe e minha irmã descer do carro, e ele arrancar comigo dentro do carro.

Vi o céu se iluminar com mais um relâmpago que era a única luz presente ,além da dos faróis da caminhonete do meu pai pela estrada cercada de árvores ao redor .Árvores tão altas que parece nem existir estada entre elas.

_Pai eu posso explicar para o senhor! Disse a ele, que nem me respondeu simplesmente me deu um tapa forte no rosto no mesmo lado onde tinha levado o tapa do pai do André me fazendo do sentir o gosto metálico do sangue na boca .
_Não me chama de pai, veadinho nojento! Disse ele para mim.

Fiquei em silêncio contendo minhas lágrimas. Minha esperança era ele me deixar fora da cidade e me mandar embora.

Mas minha esperança se foi quando ele saiu da rua principal entrando entre as árvores. 

NathanOnde histórias criam vida. Descubra agora