capítulo 5

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Eu estava mamando meu professor em frente ao meu prédio. A noite estava fria e silenciosa, e o prédio ao fundo parecia quase esquecido nas sombras. As luzes dos postes lançavam um brilho pálido, criando um cenário desolado e implacável. Eu não acreditava no que estava fazendo; minha boca acariciava a extensão do seu pau, minha língua circulava a cabeça rosada com um toque sutil e sedutor. Subia e descia a cabeça, o que não cabia, usava a mão. Minha garganta era surrada com o pau que invadia, e as lágrimas se acumulavam, mas eu fazia questão de não deixá-las cair. A mão grande de Dante estava firmemente enrolada no meu cabelo, forçando minha cabeça para baixo e obrigando-me a ir mais fundo. De canto de olho, vi-o com a mão livre tampando a boca e com a cabeça jogada para trás. Se alguém me dissesse que eu estaria dando tanto prazer a esse homem, eu chamaria a pessoa de louca e a internaria em um hospital psiquiátrico.

As veias engrossavam na minha boca, pulsando com a intensidade crescente de sua excitação. Ele estava prestes a gozar, e a mão em meu cabelo puxava com uma força quase possessiva. Não demorou para que o líquido quente e amargo invadisse minha boca. Engoli rápido, tentando minimizar o gosto na minha boca, mas a sensação persistia. Levantei meu rosto e o olhei, sentindo a adrenalina misturada com uma estranha sensação de desamparo.

— Gostou? — perguntei, com um tom desafiador que tentava esconder a minha própria confusão.

— Você só sugou minha alma pelo pau. — Ele disse, e eu não consegui esconder o riso, uma risada nervosa e um pouco incongruente com a situação. — Eu gostei e muito.

— Que bom, pois isso não vai rolar novamente — falei, e ele me olhou com uma expressão de surpresa e desânimo.

— Como assim, não vai rolar novamente? — Ele parecia perplexo, como se não entendesse o motivo do meu repentino distanciamento.

— Você é meu professor e amigo do meu pai. — Ele levou a mão à nuca e parecia ponderar sobre as implicações disso.

— Está certa, isso não pode acontecer novamente. — Fiz menção em abrir à porta, e ele segurou meu braço com uma gentileza inesperada. — Podemos repetir e eu vou poder lhe dar prazer também. É só tomarmos cuidado.

— Dante, é arriscado. Você pode perder tudo, e eu posso ser expulsa e não ser aceita em nenhuma faculdade. — Falei, e ele respirou fundo, como se estivesse tentando acomodar a nova realidade que eu havia imposto. — Sexo casual não vale tudo isso.

— Tudo bem. — Ele soltou meu braço, e eu abri a porta do carro. Sem me despedir, entrei no prédio e comecei a subir os lances de escadas, sentindo uma mistura de vergonha e confusão.

Hoje era sábado, três dias depois do ocorrido. Camila estava na minha casa e, sem muita escolha, resolvi contar para ela.

— VOCÊ O QUÊ? — Camila gritou tão alto que a dor no meu ouvido foi quase física.

— Cala a porra da boca! — Eu quase implorei, tentando controlar a situação.

— Que nem ela calou a sua? Pois ele calou literalmente a sua boca com porra. — Dei um tapa no braço dela, e ela levou a mão ao local avermelhado com um gesto teatral.

— Ninguém pode saber disso, nem mesmo Liam. — Falei, meu tom carregado de uma mistura de vergonha e frustração. Eu ainda não consegui digerir o que aconteceu. Eu me sentia envergonhada e perdida. Fiquei excitada em sala, flertei no apartamento dos meus pais, deixei ele usar seus dedos em mim e, no final da noite, chupei seu pau em frente ao meu prédio... não sei o que deu em mim!

— Ninguém vai saber. — Ela se aproximou e me abraçou com um gesto reconfortante. — Fique tranquila e tente esquecer isso.

— Eu estou com medo de alguém ter visto. — Falei, colocando as mãos no rosto em um gesto de desespero. — Camila, eu vou ser expulsa se alguém da faculdade tiver visto.

— Cala essa boca! Você não vai ser expulsa, sua louca. Se controla. — Ela falou, chacoalhando meu ombro com uma frustração própria. — Mas se você for, pelo menos pode dizer que mamou um pau digno de um templo.

— Eu te odeio — não consegui conter a risada com o comentário dela. A situação estava tão absurda que até suas provocações me faziam rir.

— Não odeia.

Eu encarei o portão à minha frente, com a sensação de que a vontade de dar meia-volta e ficar em casa era quase insuportável. Ainda assim, não posso faltar ao estágio, por causa de um simples incidente que envolvia meu professor. Sentada no meu lugar, escuto Liam conversando com um rapaz que eu não conhecia, mas que era visivelmente atraente. Liam andava na minha direção.

— Essa aqui é Scarlatte, minha amiga — ele falou, e eu olhei para o rapaz, avaliando-o com um interesse curioso.

— Prazer, Scarlatte, me chamo Nathan. — A voz dele era sedosa e envolvente, e ele era realmente atraente. Alguém me controla, por favor.

— Nome bonito. — Falei, tentando manter a conversa fluida e afastar meus pensamentos tumultuados.

— O seu nome também é. — Ele falou de maneira direta, sem rodeios —não só o nome, mas a própria pessoa.

— Olha, eu vou me retirar, não quero ver minha amiga flertando. — Liam falou, saindo da sala com um tom de brincadeira.

— Desculpa se pareceu que eu estava dando em cima de você — Pode dar em cima, pode dar, eu não ligo. Se quiser, eu posso ficar em cima de você, se achar melhor.

— Que isso, eu sei que não estava — mas se quiser, não vou reclamar não.

— Que bom, pois eu sou gay e não queria que imaginasse que... — Tá de brincadeira com a minha cara?

— Meu Deus, desculpa se eu pareci que estava — alguém, por favor, apareça e me salve! — É melhor mudarmos de assunto?

— Sim, eu acho melhor. — Falei, tentando me recompor.

— Como conheceu Liam? — Perguntei, mudando de assunto para algo mais leve.

— Eu dei em cima dele, mas ele falou que era hétero, apesar de que ele não tem cara de hétero. — Chupa Liam, até gay fala que você não tem cara de hétero. — Nos conhecemos há um mês.

— Que legal, mais um para dizer que ele não tem cara de hétero. — O assunto fluiu depois da pequena atrapalhada. Ele é um cara legal e a conversa foi agradável.

A volta para casa foi exaustiva. Mesmo que eu estivesse sentada no banco de trás, encostada na porta do carro e me segurando para não dormir, ainda assim eu estava cansada, não fisicamente, mas mentalmente. Acho que o cansaço mental é o pior de todos. Antes de abrir a porta do prédio, ouvi meu nome ser chamado.

— Scarlatte. — Me viro, já sabendo de quem era a voz.

— O que faz aqui, Dante? — Perguntei, tentando esconder a surpresa.

— Eu quero você. — Não consegui esconder o riso. Ele se aproximou, e eu falei, tentando manter um tom sério.

— Você quer sexo? — Perguntei, olhando nos olhos dele, tentando decifrar suas intenções.

— Quero. — Respondeu com firmeza e uma intensidade que não deixava margem para dúvidas.

— Você quer apenas sexo? — Eu precisava de confirmação clara.

— Quero apenas isso. — Ele desviou o olhar para os lados, como se estivesse tentando se certificar de que ninguém estivesse ouvindo.

— Ok, mas vamos ter regras. — Falei, me afastando dele e lhe dando as costas para entrar em meu prédio. — Vamos conversar sobre isso outro dia. Estou cansada e você deve ir embora, alguém da faculdade pode ver.

Não me dei ao trabalho de lhe dar boa noite, entrei e fechei a porta. Subi as escadas, pensativa sobre a proposta de sexo. Não aguentei e ri sozinha. Eu vou ter um relacionamento apenas de sexo com meu professor. Onde estou com a minha cabeça?

O Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora