Eu estava na sala de aula, mais especificamente na aula de Dante, e me sentei mais à frente do que o habitual. Observava-o atentamente enquanto ele dava a aula, sua postura firme, o tom de voz seguro. Nossos olhares se encontraram algumas vezes, e ele rapidamente desviava, como se estivesse lutando para manter a seriedade. Mas, naquele momento, havia algo em mim, um desejo intenso e inexplicável.
Eu usava uma saia curta, e, aos poucos, fui abrindo as pernas, de maneira discreta, porém suficiente para que ele tivesse uma visão privilegiada. Não demorou para que ele olhasse novamente na minha direção e notasse o que eu estava fazendo. Seus olhos mudaram por um instante, e eu vi quando ele afrouxou a gravata, tentando manter o controle.
Fingia inocência, mantendo uma expressão neutra, enquanto ele fazia de tudo para continuar com a aula e não desviar a atenção para mim. A tensão no ar era palpável, e eu estava me divertindo com sua reação. Cada vez que ele lutava para manter a compostura, meu sorriso interno só aumentava. Dante, sempre tão controlado, agora parecia vacilar.
Quando ele tentou continuar explicando o conteúdo, a voz dele falhou por um segundo, o que chamou a atenção da turma. Ele tossiu de leve, recompondo-se, mas eu sabia que, por dentro, ele estava travando uma guerra para não perder o controle.
— Então, como estávamos falando... — ele continuou, mas seus olhos voltaram para mim, mesmo que por um breve instante.
Eu cruzei as pernas lentamente, dando um fim ao meu pequeno jogo, mas não sem antes lançar-lhe um olhar provocante, que ele claramente entendeu. No fundo, sabia que aquilo não terminaria ali.
Assim que a aula chegou ao fim, a sala foi esvaziando aos poucos. Eu permaneci sentada, fingindo organizar minhas coisas com calma. Ele, por sua vez, estava guardando seus materiais na mesa quando me aproximei, de forma casual, como se quisesse tirar uma dúvida.
— Professor... — minha voz saiu baixa, quase como um sussurro.
Dante me olhou, com os olhos mais escuros do que o normal, carregados com algo que ele tentava a todo custo reprimir.
— Sim, Scarllette? — Ele tentou manter o tom profissional, mas o ar estava carregado demais para que isso funcionasse.
Aproximei-me ainda mais, sentindo a energia entre nós aumentar. A sala já estava vazia, e o silêncio pesava, tornando o momento ainda mais intenso.
— Eu acho que precisamos conversar... sobre o que aconteceu aqui. — Minha voz era calma, mas repleta de subtexto. Ele sabia que não era só sobre a aula.
Dante me olhou por um longo momento, como se estivesse ponderando cada palavra antes de responder. Eu sabia o que estava por vir, o dilema interno dele sempre foi perceptível para mim. Seu desejo por controle, misturado com o fogo que ele lutava para conter, tornava tudo ainda mais emocionante.
Ele passou a mão pela nuca, um gesto que só aumentou a tensão no ar.
— Scarllette… — sua voz saiu baixa e carregada de advertência, mas com um fundo de fraqueza que me deu mais coragem. — Isso não é o lugar certo para esse tipo de conversa.
Eu me aproximei ainda mais, até o ponto de sentir seu perfume, e de que apenas a mesa o separava de mim. Toquei o canto da madeira, passando os dedos por ela enquanto o olhava diretamente nos olhos, saboreando cada segundo.
— Tem certeza? — perguntei, minha voz suave, provocante. — Porque parece que a sala está completamente vazia agora... — Continuei, inclinando-me um pouco mais. Meu corpo estava a poucos centímetros do dele.
Dante respirou fundo, tentando manter a compostura. Seus olhos desceram por um segundo até as minhas pernas, e ele rapidamente desviou o olhar, lutando para manter o controle.
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O Fruto Proibido
RomanceScarlatte vive uma vida dupla entre os corredores de uma prestigiada faculdade de Direito e seu estágio em um renomado escritório de advocacia. Inteligente e determinada, ela sonha com uma carreira de sucesso, mas seus planos começam a desmoronar qu...