The Milkman (Tradução pt/br)

𝐼𝐼𝐼 - 𝐷𝑒𝑙𝑖𝑣𝑒𝑟𝑖𝑒𝑠.

「𝐹𝑟𝑎𝑛𝑐𝑖𝑠 𝑝𝑜𝑣」

Meu alarme tocou, me acordando do meu breve sono mais uma vez. Isso parecia familiar, era a mesma coisa todos os dias de trabalhos. Acorde, entregue as garrafas de leite pela cidade, volta pra casa, faça a janta, vá dormir e repita tudo de novo. É cansativo e me faz querer algo novo na minha vida, mas mesmo que eu tentasse, acabaria igual no dia seguinte.

Forçando-me a sair da cama, esfreguei os olhos, as pálpebras ainda pesadas. Eu nem sequer tive tempo para me trocar e sai do meu quarto para a cozinha apenas com as calças de pijama. Não é como se eu me incomodasse, eu vivo sozinho. Enquanto a máquina de café preparava o café, fui até o banheiro arrumar meu cabelo, pois ele sempre parecia terrivelmente bagunçado pela manhã, como resultado de me virar e revirar na cama a noite toda. Passando o pente pelos cabelos castanhos, também usei as mãos para modelá-los um pouco.

Assim que terminei, voltei para cozinha para servir o café quente, em uma caneca para que pudesse pegar minha gulosema matinal.

Dando passos lentos e sonolentos em direção à mesa da cozinha, peguei o diário matinal e coloquei minha caneca sobre a mesa, sentando-me em uma das cadeiras ao redor. Como quase todos os jornais matinais, a primeira página falava sobre vários sósias sendo pegos em algum lugar da cidade. Nunca ouve algo novo em algum ponto.. eu estava acostumado a ler a mesma merda no diário todo semana. Com um breve suspiro, larguei o diário e me concentrei em terminar de tomar meu café para começar as entregas do dia.

Por volta das 8h, eu já estava vestindo meu uniforme. Abotoei minha camisa e arrumei a gravata borboleta no pescoço. Prendi o cinto na cintura e me certifiquei de que meu uniforme estava perfeito antes de calçar meus mocassins e sair para o corredor com as chaves do carro nas mãos. Era bem cedo, então eu não esperava encontrar ninguem enquanto descia as escadas. Porém, quando o elevador chegou ao primeiro andar, eu praticamente caminhei para Selenne, que estava prestes a entrar no elevador ao mesmo tempo que eu saí. Saí do caminho bem a tempo e vi a modelo se virar, peço desculpas com um sorriso tímido antes de entrar no elevador, ela me da um sorrisinho novamente, parecendo elegante como sempre.

Certo... As irmãs Sverchzt. Elas estavam me expulsando cada vez que via uma delas ou as duas mulheres juntas. Meu reflexo sempre foi pensar que uma delas fosse um sósia. Elas pareciam idênticas e eu esquecia que eram gêmeas.

Esquecendo o encontro inesperado com minha vizinha do primeiro andar, saí do prédio e fui direto para o meu carro, que estava estacionado em frente ao prédio. Assim que o carro começou a andar, comecei a dirigir em direção à oficina, onde ia todas as manhãs para pegar minha bóia de leite e começar a dirigir pela cidade para começar a entregar as garrafas de leite aos meus clientes.

Assim que cheguei, estacionei meu carro entre os carros dos outros funcionários e peguei a chave da minha camionete antes de entrar e ligar o motor.

Disse a mim mesmo que este seria um ótimo dia, como sempre disse para mim todos os dias para me animar. Eu não tinha o melhor emprego do mundo, mas pelo menos poderia viver uma vida normal... se é que poderíamos chamar assim. Dirigindo pelas tranquilas rua do primeiro bairro, observei cada endereço de casa por onde passava, certificando-me de parar nos endereços certos.

《Bom dia. Aqui está sua entrega.》
《Bom dia, senhorita. Seu delivery de leite.》
《Bom dia, senhor. Aqui está sua entrega.》

Era sempre as mesmas palavras saindo da minha boca, e o mesmo sorriso forçado e olhar cansado em em meus olhos. As vezes, depois de cinco ou seis entregas, estacionava o veículo na beira da estrada e descansava os olhos por um tempo, tentando me mantar positivo ao longo do dia.

Em algum momento, inevitávelmente entreguei ao Dr. Afton suas caixas semanais de leite. Muitas vezes eu tinha um intervalo de 6 minutos ou mais a cada vez, enquanto ele falava comigo sobre sua semana, como se ainda fôssemos bons vizinhos. Ja fazia muito tempo desde o falecimento da sua noiva, mas o pobre homem parecia nunca ter se recuperado. Depois de passar mais de 10 minutos ouvindo o Dr. Afton falar hoje, voltei para minha bóia de leite e continuei com o longo dia de entregas novamente.

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