Capítulo 14

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POV OLÍVIA
Encontrei Daryl no aeroporto e ao me avistar, ele veio todo animado mostrando os bilhetes de embarque em seu celular.
-Uau, chegou cedo, aposto que mal podia esperar para viajar comigo. – Ele diz me provocando.
Às vezes, eu entrava na onda dele, deixando-o meio sem jeito com minhas respostas, o que tornava tudo muito mais divertido, depois daquele momento, trocamos olhares e rimos feito bobos, fiquei sem palavras para responder e por um instante, percebi que essa viagem foi uma ideia genial.
Dormi durante todo o voo apoiada no ombro de Daryl, sendo acordada por ele ao pousarmos em San Juan, a capital de Porto Rico. A primeira impressão ao chegar em San Juan não é tão diferente da sensação deixada no Brasil: a natureza tropical, o clima quente e úmido faz a cidade se parecer com muitas de nossas cidades. No entanto, é nas águas incrivelmente azuis dos mares, no encanto das casinhas coloridas da cidade antiga e nos ritmos e sabores da cultura caribenha que reside a singularidade deste lugar. Sempre sonhei em conhecer Porto Rico com Matt, nunca pensei em estar aqui ou em qualquer outro lugar com Daryl, mas o destino às vezes nos surpreende, e nesse caso de uma forma boa.
Daryl tinha alugado um carro no aeroporto e a caminho do destino, eu ficava encantada com a paisagem colocando a cabeça para fora da janela como uma criança animada em férias.
-Seu jeito me encanta Olívia! – Ele diz desviando o olhar da estrada por um segundo.
-Que lugar incrível! Pena que vamos embora amanhã.
-Tenho duas casas aqui, podemos voltar quando quiser! – Ele diz voltando os olhos para a estrada.
-Sério? Imagina se a Liza visse isso! – Digo com empolgação.
-Podemos trazê-la também, sem problemas!
-Isso seria demais! – Digo segurando o antebraço dele que estava na marcha do carro.
-Olívia, está cedo ainda, antes de irmos para minha casa vou te levar para experimentar alguns pratos típicos no meu lugar favorito.
-Ótimo! Estou faminta! A propósito, Daryl, vamos ficar na sua casa?
-Sim, algum problema? – Ele questiona.
Eu arregalo os olhos, e minha expressão muda um pouco.
-Não estaremos sozinhos. - Daryl diz me acalmando.
Comecei a perceber que de forma surpreendente tive muitos momentos felizes com Daryl, assim como tive com Matt quando éramos apenas amigos, a história está se repetindo.
O jeito latino de Daryl estava mais intenso do que nunca, ele até abriu um botão da camisa, exibindo a tatuagem que me chamou a atenção desde o dia que nos conhecemos. Com o vento quente bagunçando meu cabelo enquanto o carro acelerava, mergulhei em um mar de pensamentos, e então, ele quebra o silêncio com uma pergunta:
-Um centavo por seus pensamentos?
Decidi não mencionar que Matt ocupava minha mente e mudei de assunto:
-E sobre Enrico? Me conte mais sobre essa festa.
-Enrico é um amigo de infância e cedi minha casa para a festa dele, eles estão organizando tudo agora, será uma festa com tema latino. Já foi em alguma assim?
-Nunca fui. Agora estou ansiosa e curiosa.
Ele toca minha coxa com o indicador e eu rapidamente me recompus.
-Daryl, fique atento a...
-Desculpe, não foi minha intenção.
Jantamos ao anoitecer em um restaurante simples e encantador, onde Daryl era amigável e conhecia todos por lá. A comida estava deliciosa, bem típica do local e que ele me confessou sentir saudades: arroz com Pollo, Bacalaítos e, o favorito dele e de Matt: Alcapurrias, um tipo de bolinho recheado com carne. Daryl compartilhou lembranças e histórias sobre o lugar, e eu ficava cada vez mais interessada em cada palavra que saía de sua boca.
-Este lugar me faz lembrar um pouco do Brasil, aqui mato um pouco a saudade do meu país, quem sabe um dia te levo para conhecer. - Digo.
-Quero muito conhecer o seu país Olívia, com certeza será uma viagem inesquecível.
Após um breve passeio pela cidade chegamos à casa de Daryl, ela tinha uma aparência mais antiga, porém a decoração era bastante moderna. Os espaços eram amplos e bem ventilados, tanto que o vento quente bagunçava meus cabelos constantemente.
Cerca de dez pessoas estavam lá, decorando o local, mas uma delas chamou muito a minha atenção – Uma mulher incrivelmente bonita, aparentando uns quarenta e poucos anos. Seus cabelos pretos e ondulados brilhavam, revelando sua aparência bem cuidada.
Seu sorriso era acolhedor e seus olhos transmitiam uma mistura de sabedoria e doçura. Ao caminhar, sua postura era firme e confiante, deixando uma aura de mistério por onde passava, era como se a própria essência da beleza e da serenidade se manifestasse através dela, tornando-a uma figura inesquecível para todos que tinham a sorte de cruzar seu caminho.
Quando a mulher me encarou de longe, senti um arrepio, fiquei paralisada enquanto ela se aproximava de mim e Daryl logo se apressou para nos apresentar:
-Carmen, esta é Olívia, minha... amiga.
-Olívia, esta é Carmen, minha tia de coração e esposa do meu grande amigo Alejandro. Eles cuidam das minhas casas aqui em Porto Rico.
-Então... Alejandro é seu tio? – Perguntei.
-Não, ele é um grande amigo mesmo, Carmem ficou viúva do primeiro marido, ela nos conhece desde bebês e ajudou cuidar de nossa avó. Carmem é muito especial, por isso considero como uma tia de verdade.

Eu tinha uma visão ampla do Daryl muito feliz e sorridente indo conversar em espanhol com seus amigos, olhei para longe e pensei.... Porque Matt nunca fez isso comigo? Porque apesar de amá-lo eu sentia muita dor, e com Daryl eu exalava um sentimento de plenitude? E porque mesmo assim eu não paro de pensar nele?
Senti saudades do Matt, mas logo voltei o meu olhar para o Daryl ver ele ali rindo tão feliz abalou minhas estruturas e mexeu muito comigo, ele me encarou e logo parou de falar com os outros caras, ficamos nos olhando de longe por alguns segundos sorrindo um para o outro:
-Querida, seu banho está pronto.
Carmem falou comigo como se já nos conhecêssemos há muito tempo e nossa conexão foi imediata. Daryl se afastou um pouco mais ao encontrar Enrico, eles se cumprimentaram com um abraço e brindaram com dois shots de tequila.
Eu viro meu olhar para Carmem para parabeniza-la pelo cuidado com a casa e a família ortega, então ela se aproximou sussurrando em espanhol no meu ouvido:
-Estás... enamorada... de este hombre!
-Hã? Desculpe, pode falar mais devagar?
- Você está apaixonada por ele. – Ela repete em Inglês.
-O quê? Apaixonada pelo Daryl? Não senhora, somos apenas amigos.
Ela continuou me encarando, sorrindo como se indicasse que eu estava enganada.
-É... Senhora Carmem... eu posso ir para o meu quarto? Gostaria de tomar o banho que preparou e me arrumar para a festa.
-Claro, Senhorita Dias e por favor, me chame apenas de Carmem.
-Ah, sim, também pode me chamar apenas de Olívia.
Ela sorriu gentilmente, esticando o braço para irmos para o andar de cima, confesso que achei estranho ela preparar meu banho, mas não questionei, pois não conhecia os costumes deles. Enquanto caminhávamos, ela me mostrava a casa delicadamente. Ao entrar no primeiro quarto, fiquei impressionada, pois era praticamente do tamanho do meu apartamento, e logo ela revelou que eu poderia me acomodar ali.
Enquanto Carmem ajeitava as toalhas, fui até a sacada para apreciar a vista magnífica do jardim, Daryl estava perto da piscina conversando descontraído com seus amigos, então ele me viu e parou de falar no mesmo instante, ficamos nos encarando e eu acenei para ele.
Carmem generosamente me presenteou com uma rosa vermelha para colocar em meus cabelos quando estivesse pronta.
-Olívia, vermelho é a cor da paixão e as rosas exalam sensualidade.
Agradeci sorrindo e peguei a rosa. Ao entrar no banheiro, encontrei uma banheira enorme preparada por ela, com óleos perfumados e pétalas brancas. Aquela cena me deixou extasiada,
E a água morna parecia massagear meu corpo. Enquanto refletia sobre as palavras de Carmem, percebi que estava experimentando uma mistura de sentimentos, eu estava em um estado de espírito tão positivo que, se auras existissem a minha certamente estaria transparente, há muito tempo que não sentia tão em paz.
Eu escolhi um vestido branco de alcinha, o tecido era fino e ligeiramente mais casual, sequei o cabelo, calcei uma sandália de salto médio, fiz uma maquiagem suave e coloquei o presente da Carmem nos cabelos.
Enquanto descia as escadas, ouvia a alegria dos porto-riquenhos na festa, ao som contagiante da salsa. A decoração era vibrante e iluminada, com duas tendas encantadoras e almofadas no chão onde as pessoas estavam sentadas e rindo com conversas animadas.
Ao procurar Daryl meus olhos o encontraram imediatamente; ele usava uma bermuda branca e uma camisa colorida com alguns botões abertos exibindo uma bela corrente.
Carmem passou por Daryl indicando minha presença, e ele se aproximou com um sorriso satisfeito. Fiquei um pouco nervosa, minhas mãos tremiam e todos olharam para mim naquele momento.
- Com certeza, você é a mulher mais bonita da festa Olívia.
Eu sorri timidamente e retribui o elogio, ele me estendeu a mão e me conduziu até a pista de dança, onde nos juntamos a outras pessoas que dançavam ao ritmo da música. Daryl segura minha mão firmemente e nossos olhares se encontram de vez em quando trocando sorrisos cúmplices.
Depois de dançarmos um pouco, mal consegui falar com Daryl, pois sempre estávamos rodeados por muitas pessoas. Em certo momento as pessoas começaram a se concentrar perto da piscina, aguardando algum tipo de espetáculo ou dança – algo que eu não sabia o que era –, então uma música contagiante e sensual começou a tocar. Carmen e Alejandro surgiram com trajes deslumbrantes: ela com um vestido vermelho e preto, cabelos presos, segurando uma rosa vermelha, enquanto ele estava com uma roupa toda preta. Fiquei fascinada pela maravilhosa dança que eles começaram, envolta em paixão e sensualidade, era arrepiante vê-lo conduzi-la de forma tão apaixonada.
Eu estava concentrada na dança deles quando senti uma respiração próxima ao meu ouvido.
-Já tinha visto algo parecido? – Daryl sussurra;
-Não, mas estou encantada com a forma como ele a conduz... É apaixonante.
-Você é muito mais! – Ele diz.
Daryl ajustou sua posição para melhor apreciar a dança e envolveu sua mão em minha cintura, eu gentilmente segurei seus braços entrelaçando-os ao meu redor, enquanto ele sorria sem dizer uma palavra. Virei-me e nos encaramos olhos nos olhos, ele se aproximou para me beijar e fechei os olhos mostrando que desejava aquele momento, no entanto, fomos interrompidos pelos aplausos e assobios dos convidados marcando o fim da dança.
Carmem olhou para mim com uma expressão um tanto preocupada, achei isso estranho, mas resolvi não dar importância, afinal, ela era uma mulher muito misteriosa.
Logo, as pessoas chamaram Daryl e Enrico para cantar os parabéns e Carmem fez um gesto indicando que queria conversar comigo. Levou-me para um canto, segurou minhas mãos e começou a falar em inglês para que eu pudesse compreender melhor:
-Olívia, você é muito especial para os Ortega, esse triângulo amoroso vai além desta vida, seu destino está entrelaçado com eles e nada pode mudar isso minha querida. Mas devo alertá-la de que seu caminho está ligado a apenas um deles.
Carmen respira fundo e toma um gole d'água antes de continuar sua fala.
-Matt e Daryl se parecem muito fisicamente, porém são bem diferentes na personalidade, Matt é um eterno garoto assustado, mas ele tem coração puro, e somente um amor forte e verdadeiro poderá mudá-lo. Daryl, por outro lado, é mais decidido e se joga de cabeça em tudo, o que às vezes causa problemas, mas posso garantir que Daryl está mais apaixonado do que nunca. Ambos precisam lidar com o lado sombrio que permeia a família Ortega, cada um com sua própria escuridão.

Fiquei tremendo, pois nunca tinha ouvido algo assim, mas permaneci parada esperando que ela terminasse. Sua voz era suave e firme, mas com um toque de tristeza:
-Sinto muito, Olívia. Me perdoe por dizer isso, mas você ainda vai...
A voz alta de Alejandro nos interrompeu:
-Carmem! O que você está fazendo querida?
Eles falavam rapidamente em espanhol, e eu não conseguia entender direito, mas percebi que ele não gostou muito do que viu.
Embora não tenham discutido, ficou evidente que ele ficou incomodado e ela ficou sem graça.
Logo em seguida, Daryl veio ao meu encontro:
-Procurei por você depois dos parabéns. Onde estava?
-Estava conversando com Carmen, mas parece que o marido dela não gostou muito.
Daryl entendeu o que aconteceu e me explicou que Carmen costumava falar sobre o futuro e a vida das pessoas, e Alejandro não apreciava muito isso.
-Eles são pessoas simples e queridas para mim, então não leve a mal Olívia.
-Claro que não Daryl! Ela disse que eu sou especial, só fiquei sem saber o que dizer com tantos elogios.
-Só elogios? – Ele pergunta.
-Sim, e você tem razão, ela é uma mulher muito especial.
Não tive coragem de revelar o que ela realmente me disse, pois fiquei com medo de prejudicá-la.
-Ela tem razão Olívia! Você muito especial, principalmente pra mim.
-Daryl você também se tornou muito importante pra mim, eu preciso dizer uma coisa.
-Claro, meu anjo, só preciso ajudar Enrico primeiro, pois as pessoas estão se despedindo. Mas depois dançamos só nós dois, combinado?
Assenti com um sorriso nervoso observando-o afastar-se em direção a Enrico. Enquanto espero, meu coração bate forte, mas tento manter a calma para a conversa que se aproxima. Finalmente nos reencontramos em frente as tendas, com a música latina ao fundo e as luzes brilhando sobre nós, respirei fundo e disse com firmeza:
-Daryl, eu estou sentindo algo em meu coração, não sei explicar, eu... eu sinto vontade de te beijar como naquele dia da boate, você me traz tanta alegria, cada instante ao seu lado é mágico e especial, e minha vontade de estar perto de você só cresce a cada dia. Talvez eu não saiba todas as respostas, mas entendo o que estou sentindo, porém, você é irmão do Matt, e isso me impede de...
Daryl se aproxima e me beija com paixão, seus lábios tocaram os meus com intensidade, fazendo meu coração disparar. Em meio ao beijo, todas as palavras que eu estava prestes a dizer desapareceram, substituídas por um sentimento avassalador de desejo e conexão. As luzes ao redor pareciam dançar em sintonia com nossas emoções, criando um momento único.
Aquele homem havia se tornado um vício em minha vida no momento mais doloroso de abstinência, e agora seria tarde demais para eu voltar atrás.
Eu estremeci porque mesmo sem saber, esperava por aquilo e precisava do Daryl, precisava saciar meu vício.
-Não posso acreditar que você está aqui comigo, Olívia. – Ele diz logo após o beijo.
-Nem eu, se alguém tivesse previsto meu futuro alguns meses atrás, eu nunca teria acreditado, mas sim, estou aqui Daryl.
-Nunca vou te abandonar, "mi maya" – Ele revela, mostrando sua segunda língua espanhola.
-Mi Maya? Quem é Maya?
-Não é quem, Olívia, mas o quê. Maya significa Margarida em espanhol.
Daryl sorri satisfeito com meu pequeno ciúmes antes de continuar.
-Minha avó tinha muitas quando éramos pequenos. Ela sempre dizia que quando eu e Matt encontrássemos o verdadeiro amor, deveríamos cuidar dele como ela cuidava de suas "Mayas"... como verdadeiras preciosidades.
Eu sorrio para Daryl observando-o atentamente. E vendo o brilho dos olhos dele percebi que estávamos diante de algo que talvez florescesse como as preciosas margaridas de sua avó.
Daryl me abraçou por trás encostando seu queixo na curva de meu ombro, inspirou profundamente e me conduziu até uma das tendas perto da piscina; minhas bochechas coraram violentamente, mas a força magnética presente ali jamais deixaria eu me afastar dele.



POV AUTORA:
Daryl delicadamente tocou o rosto de Olívia e seus lábios se uniram novamente. Ele a conduz e a deita sobre as almofadas brancas espalhadas pela tenda. Sentindo a suavidade do toque de Daryl e a voracidade de seus lábios, Olivia coloca suas mãos na gola de sua camisa, a escorrega até os botões e começa a abri-lo, os dedos dele se entrelaçam no cabelo dela e suas mãos enormes ficam entre as coxas de Olívia, suas pernas delicadas tremem ao esperar por todo o prazer que se aproxima.
Daryl explorou cada parte do corpo de Olívia com seus lábios sedentos, ele desejava possuí-la, tê-la só para si e que aquele momento nunca mais acabasse, então sua mão força a coluna de Olívia fazendo-a se inclinar e erguer seu quadril. Daryl sorriu olhando nos olhos de Olívia, foi quando finalmente investiu seu corpo contra o dela, a apertando para que sentissem o prazer absoluto. Aquela era uma das melhores sensações que ela sentira em sua vida. Os impulsos de Daryl ficaram mais rápidos, ele se mostrava insaciável, fazendo-a soltar pequenos gemidos.
O tempo parecia estar sincronizado, então os corpos foram se acalmando e os sentimentos se entrelaçando. Daryl não conseguia parar de olhar para Olívia deitada em seu ombro, encantadora, perfeita e só sua, pelo menos naquele instante. Olívia sorriu para Daryl em agradecimento e sob o brilho suave da lua iluminando a cena, ambos se entregaram ao sono, sabendo que estavam exatamente onde deveriam estar.


POV DARYL
O dia estava amanhecendo, observo-a dormir em meus braços e solto uma risada incrédula, relembrando a noite anterior. "Finalmente consegui"penso.
Vesti-me rapidamente e ao sair da tenda, permiti que Olívia dormisse mais um pouco enquanto fui guiado pelo aroma do café de Carmem.
-Bom dia Cá. – Eu a cumprimentei pegando uma maçã da enorme cesta que ela trazia para o café.
-Bom dia meu filho, você está com fome?
Carmem entrou na cozinha eu a segui, enquanto ela esticava a toalha na mesa eu aproveitei para matar minha curiosidade:
-Carmem, sobre o que você e Olívia tanto cochicharam ontem?
-Daryl, não posso falar, Alejandro vai me matar se descobrir que estou falando disso.
-Vai nada, aquele homem é louco por você. Por favor, Carmem, me conte antes que ele chegue!
Ela me encarou profundamente com seus olhos escuros e pousou as mãos em meu ombro:
-Daryl... se afaste das corridas.
Carmem olhou para a porta e, ao ver Olivia, sorriu amigavelmente, disfarçando nossa conversa.
-Bom dia! Desculpe interromper vocês dois, mas preciso subir. – Olivia diz envergonhada.
-A casa é sua, minha flor.- Respondo.
Depois que Olívia sumiu escada acima, sussurrei para Carmem:
-Prepare uma mesa especial para a mulher da minha vida? Amanhã é o aniversário dela, quero focar apenas nisso.
-Daryl, meu filho... mais uma coisa, Matt, seu irmão... tudo isso terá suas consequências.
-Cá... é assim que minha vida funciona, estou acostumado, e como eu disse... Apenas Olívia importa agora.
Estava ansioso à espera de Olívia; Carmem tinha preparado uma linda mesa de café decorada com margaridas.
Quando finalmente Olívia chegou, seu sorriso iluminou a sala, eu a abracei e logo nos acomodamos ao redor da mesa.
-Obrigada pela gentileza Carmem, e Daryl... Você é uma das pessoas mais especiais que já conheci.
-Quero comemorar cada segundo do teu aniversário, começando hoje. – Digo servindo sua xícara de café;
Enquanto no despedimos, Carmem mais uma vez não conteve suas palavras:
-O Destino é capaz de tecer laços que nunca mais se apagarão e esse encontro não será o último.
Eu interrompo o abraço entre elas, puxando Carmem com carinho:
-Estamos atrasados Carmem, Liza e Olívia tem uma festa para organizar.
-Boa viagem "Dios los bendiga"- Disse Carmem, com um sorriso enigmático no rosto.

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