Um céu real e uma terra servil dividiram uma sociedade em mundo onde há magia.
Em meio a conflitos o mundo mágico moldou-se em sua imensidão, cheio de histórias e tradições, seres mágicos convivem entre ordens e leis, ramificados por classes e famíl...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Cortando os céus do vasto deserto vermelho, Titânio usava a sua velocidade para rondar toda a área onde Sorah foi atacada por Genitor. Atento a tudo a seu redor, seus olhos avistaram ao longe um ser estranho aproximando-se, o branco de seu corpo era vibrante e seus longos cabelos esvoaçavam com o forte vento, tratava-se do ser celestial Genetriz.
A dita mãe de todos aproximou-se de Titânio e o encarava com seus olhos brancos, o jovem estava intimidado com a presença do inimigo, mas não tanto a ponto de acovardar-se e fugir, ele permanecia e parecia disposto a enfrentá-la. Por outro lado, Genetriz via ali apenas mais uma presa e desdenhava completamente do confronto:
— Estou aqui para te levar, pode ser de um jeito fácil ou do difícil, você decide.
— Acha mesmo que eu me entregaria sem lutar. — Titânio confrontou. — Eu irei te derrotar!
— Essas crianças de hoje estão muito malcriadas. — Com uma gargalhada, Genetriz torceu o pescoço ao terminar. — Uma boa surra resolve isso.
Depois de incitar que partiria ao ataque, as mãos de Genetriz passaram a emitir uma forte luz que se moldou no formato de sabres, armada ela voou alto e desceu em velocidade com a força acumulada pelo movimento deferiu um forte golpe, esse que foi bloqueado por Titânio, o jovem agilmente ergueu seu escudo o forte impacto fazia seu braço esquerdo tremer, mas o escudo era forte o suficiente para protegê-lo. Impulsionando o escudo, ele empurrou a inimiga e ficou a uma distância considerável.
— Até que meu bebezinho sabe se defender. — Genetriz contorceu o pescoço e gargalhou ao falar. — A nossa brincadeira será interessante!
Realinhando os sabres de suas mãos, Genetriz voltou a atacar, deferindo golpes ágeis o que dificultava a defesa de Titânio, mesmo assim o jovem não parecia disposto a se render e continuava defendendo-se com seu escudo. Incessantemente os ataques da celeste eram rápido e num pequeno descuido, Titânio sentiu um golpe passar raspando seu braço direito e causar-lhe um leve corte.
— Eu vejo que seu escudo não serve de nada. — Pendendo o pescoço para o lado, Genetriz apontou para o braço do jovem e comentou. — Ele não impediu que eu te acertasse e tirasse seu sangue.
Encarando o sangue escorrer de seu braço, Titânio parecia tenso e pensava consigo "eu não posso ficar apenas me defendendo, preciso armar uma investida, mesmo que ela seja rápida em algum momento eu terei a chance de revidar os golpes e para que ela não me atinja mais irei ativar uma defesa ainda mais eficaz." Abrindo os braços, ele carregou a magia e espalhou por todo seu corpo e em seguida recitou:
— "Metalon." — Em seu corpo pairou uma fina camada metálica e o revestiu como uma armadura, essa magia era uma das defesas mais eficazes, mas carregava consigo um grande consumismo de magia, que por vezes drenava totalmente seu usuário.
Diante da perigosa jogada, Titânio iria partir ao ataque para que seus esforços não fossem em vão, ele ousaria ativar mais uma magia mesmo que isso fosse comprometer toda a sua energia, pois ele precisava de alguma forma atacar sua inimiga e assim ele acionou na sequência:
— "Broca de gladio." — As garras do braço direito dele juntaram-se e formaram uma grande broca pontiaguda que começou a girar em velocidade.
Com uma forte defesa e um grande poder de ataque, Titânio estava pronto para vencer aquele confronto e então partiu ao ataque. Com a broca giratória, ele mirou a inimiga e por pouco quase a acertou, antes dominante, agora Genetriz apenas esquivava dos golpes e parecia se divertir com aquela luta.
Depois de errar vários golpes, Titânio parecia cansado e fez uma curta pausa para descansar, mas mantinha-se em alerta caso a inimiga se aproximasse. Rindo da condição do jovem, Genetriz gargalhava alto e entre as risadas seu corpo sumiu aos poucos, fato que deixou seu adversário boquiaberto.
Imediatamente os sentidos de Titânio foram acionados deixando-o alerta a qualquer barulho ou movimentação incomum, por puro impulso, ele virou seu escudo para a direita momento exato que Genetriz o atacou. O forte impacto no escudo o lançou para trás, na sequência a celeste o golpeou nas costas, seu casco de ferro o protegeu dessa vez.
Enfrentando uma forte defesa, Genetriz parecia impaciente e começou atacar seguidamente por todos os lados, usando o escudo e sua camada de metal, Titânio protegia-se como podia. Depois de alguns minutos, ele sentiu seu corpo tremer isso foi causado pela utilização de duas fortes magias em simultâneo, sua energia estava se esgotando e a inimiga estava longe de cair.
Um forte soco nas costas e a camada de metal trincou, seguido por um chute certeiro que a despedaçou, a defesa de Titânio ruía, e a medida em que sua magia era queimada a broca em seu braço direito passava a girar cada vez mais devagar até sumir por completo e voltar a forma de garras. Ofegante, ele temia que aquela luta estivesse perdida e tentava resistir o quanto podia.
Ainda invisível, Genetriz sempre esteve em vantagem na batalha, mas quando obrigou seu adversário a gastar toda a sua magia, ela percebeu que ganharia fácil e após destruir as fortes defesas dele sabia que ali sagrava-se o fim daquela batalha. Apertando-o com forte golpes, ela espancava aquele jovem sem piedade alguma e dando-lhe um forte chute na nuca viu-o desmaiar e apagar sua forma mágica.
Ressurgindo, Genetriz contorceu o pescoço enquanto via Titânio despencar dos céus, saindo vitoriosa mais uma vez, ela abriu uma risada sádica no canto da boca e em velocidade interrompeu o curso da queda do jovem e o levou consigo.
Repousando após ser tratada, Sorah dormia, apesar de inconsciente sua feição parecia perturbada e gotículas de suor escorriam pelo seu rosto, enquanto ela se contorcia seus olhos abriram-se subitamente com uma expressão de temor.
