02 - Descendente da Luz

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     O brilho no olhar do bebê em seu colo era o principal propósito para fugir daquele céu, um olhar tão puro não poderia ser corrompido pelo mal que acendia naquele lugar

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     O brilho no olhar do bebê em seu colo era o principal propósito para fugir daquele céu, um olhar tão puro não poderia ser corrompido pelo mal que acendia naquele lugar.

     O bater de asas mais ágil possível, Selene continuava a ser perseguida de perto pelos três guardas. Com uma manobra para o alto em velocidade buscava as nuvens, aquele mar de algodão ainda não é capaz de confortar a dor que a moça sentia e logo bate as asas depressa em direção a terra. Os três guardas ao perceberem a rota da moça cursam o mesmo caminho.

     Sobrevoando as arvores da floresta, Selene tomava cuidado para não esbarrar nos galhos das arvores, vendo a distância de seu alvo aumentar o guarda com asas de dragão sugere:

     — Ela está cada vez mais distante, temos que tomar alguma providência.

     — Que tal magia de paralisação? - Propôs outro guarda.

     — Ela e o bebê podem se ferir, e com isso o rei Lennon iria nos punir.

     — Será muito pior se ela escapar!

     Com base nas consequências, os guardas optaram por usar magia para impedir à fuga, erguendo as mãos ao alto invocaram, "imóvel", essa ativação provocaria a paralisação da parte do corpo que atingisse.

     Uma onda flamejante de cor roxa passou próximo à Selene, que ao ver uma sequência da mesma magia vindo em sua direção tratou de ziguezaguear pelo ar, desviando assim da grande leva de magia. Essa intensa movimentação a distraiu por um momento e causou um choque com um galho alto de uma arvore fazendo-a perder o controle do voo.

     Enquanto tentava reequilibrar-se no ar, Selene teve uma de suas asas atingidas por um feixe de magia, a assa começou a parar de bater e ficou imóvel, era impossível se manter no ar com apenas uma asa o que causou a queda da jovem no interior da floresta.

     Buscando proteger a criança, Selene usou seu corpo como escudo, se debatendo nos galhos foi de encontro ao solo e mesmo sentindo dores, rapidamente levantou-se e continuou fugindo a pé. Numa área conhecida da floresta caminha cautelosamente até adentrar um vilarejo isolado.

     Caminhando até a varanda de um casebre de madeira, a jovem beija a bochecha da criança e levemente a coloca na porta de uma pequena casa, era uma despedida entre mãe e filha e em seguida veio a angustiante partida. Torcendo para que desse tudo certo na vida daquele ser, Selene começou a correr distanciando-se o mais rápido possível dali.

     No interior da floresta um encontro, Selene deu de cara com um dos guardas, sentindo os movimentos de sua assa voltar, a jovem tentou fugir zarpando voo, um segundo guarda a interceptou ao falar:

     — Princesa, seu pai jamais permitirá sua fuga.

     — Eu sei, estou aqui desobedecendo ao dono do mundo. — Selene respondeu de forma ríspida.

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